RESENHA
Segundo
a lei nº 8080/90 que regulamenta os serviços do sistema único de saúde, no
ano de 1900, chamado Século Novo foi anunciado pelo governo o século da
ciência, do progresso da eletricidade, da engenharia e da medicina. Nesse mesmo
ano predominava as epidemias principalmente de imigrantes que chegavam a São
Paulo, a maioria foi trabalhar nas fazendas de café com regimes escravistas
ditados pelos fazendeiros, com salários baixos, atrasos de pagamentos, moradias
precárias e geralmente não havia escolas ou assistências médicas. A saúde era
considerada uma “Vergonha Nacional”.
A
medicina só beneficiava a classe alta, e classe baixa ou pobre era apenas
beneficiada pela ciência empírica, realizadas pelas benzedeiras e pelas obras
filantrópicas (obras de caridade realizadas pelas ordens religiosas: as
freiras). Nas Casas de Misericórdia, as dificuldades eram tantas que afastaram
alguns imigrantes das fazendas de café e se dirigiam para a cidade de São Paulo,
atraídos pelo crescimento urbano e pela industrialização.
Nesse
mesmo século ocorreram várias epidemias como a febre amarela, a varíola, a
cólera, e a meningite, que atingiam a cidade de São Paulo e diversas cidades
brasileiras levando a uma decadência que Oswaldo Cruz foi nomeado diretor do
Instituído Oswaldo Cruz, o qual produzia as vacinas que eram administradas
obrigatoriamente para erradicar as epidemias.
De
1900 - 1930 muitos não aceitavam essa forma de vacinação obrigatória, inclusive
os militares, e população que reagiram contra a ditadura, assim surgiu à
revolta da vacina “abaixo a ditadura sanitária”. O governo revida até a
derrota.
O
Dr. Herinque Rivas tenta provar que a doença não se transmite com o convívio
com os doentes, convivendo com pessoas infectadas e não é contagiável. Assim o
Dr. Henrique Rivas termina as obras de Saneamento Básico do Porto de Santos
erradicando as epidemias deixando o governo satisfeito, pois o comercio e a
indústria crescia pelos investimentos dos imigrantes.
Ainda
nesse ano volta à epidemia da Gripe Espanhola que a população trata como
castigo dos céus os médicos não sabem o que fazer e o governo nada resolvem e
morre mais de cinco mil pessoas em São Paulo.
De
1930 - 1945 são criadas as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS). E
promulgada a lei Eloy Chaves, que muitos consideravam a precursora da
Previdência Social que eram beneficiados pelos trabalhadores e pela União como
o Ministro da Justiça relata: “Ser uma força eruptiva das greves gerai, como
legislador, preferindo diminui as questões sociais”. Ele ainda continua: que os
trabalhadores terão direitos a Assistência Médica e aposentadoria, após alguns
anos de trabalho aposenta-se dignamente. São as leis: da sindicalização,
jornadas de trabalho de oito horas, férias remuneradas, salários mínimo e
criação do Ministério da Saúde.
Dr.
Geraldo que estava nos EUA volta para o Brasil e cria o Centro de Saúde. Que é
social e educativo contrapõe a higiene obsoleta e o espírito policial de outras
épocas. Transformando os médicos sanitaristas e as educadoras sanitárias,
substituindo-se os guardas, inspetores e delegados. A família torna a célula
mater da sociedade é o centro dessa ação.
Surge
a guerra em São Paulo bombardeado no governo de Prestes os tenentes querem
reformar o país a revolta chega ao Rio de Janeiro e Getulio Vargas toma posse
como presidente em meio a muito entusiasmo do povo carioca.
Getúlio
proclama o decreto dizendo que o seu governo será voltado pros mais pobres e
desprovidos. Mais isso não aconteceu quem foi privilegiado com esse governo foi
à classe operarias e os industriais.
Getúlio
Vargas anuncia o recente decreto centralizando e uniformizando as estruturas de
saúde assim o povo aplaude e ao mesmo tempo cobra a constituição prometida em
1930. Assim são criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). Para
restitui os IAPs serão descontraídos uma quantia mínima dos salários dos
trabalhadores para terem direitos depois de algum tempo a aposentadoria e
atendimento médico. Foi instituídas pessoas de sua confiança para administrar o
dinheiro publico para depois ressarcir as aposentadoria e assistência médica.
A
oposição ao ver esse projeto como forma de arrecadar o dinheiro para as indústrias
o povo reivindica, pois sabem que quem não contribuir não terá esse direito.
O Presidente Getúlio Vargas deu um golpe no
poder com a constituição de 1934 que foi substituída por outra outorgada por
ele, decretando estado de risco; o adiantamento das eleições, o fechamento do
Congresso Nacional, e o anúncio do advento do Estando Novo.
Decretou
também a criação do Ministério do Trabalho, o Sistema Previdenciário formado do
IAPs que se constituem mais moderno do mundo. Assim surgiu o SESP (Serviço de
Saúde Publica) financiado pelos americanos, que em troca da extração da
borracha na Amazônia. O SESP tem como objetivo a assistência médica para as
epidemias como a malária, varíola, febre amarela, mau de chagas entre outras.
Esse serviço tem ações de prevenir, é uma questão social onde a saúde pública
busca atingir vários lugares percorrendo até o interior do país, para combater
as epidemias.
Getúlio
Vargas é disposto, nesse período houve eleições e Dutra assume como Presidente
e Carlos Prestes para o senado em São Paulo, nessa mesma época houve avanços na
saúde do país, com a existência de laboratórios.
Os médicos especialistas brasileiros tomam modelo
americano dos centros de a saúde baseados em grandes hospitais, onde há médicos
de diversas especialidades, com grande quantidade de equipamentos e diversos
medicamentos são desenvolvidos.
Em
1945-1950 Vargas decreta a criação da Petrobrás e da ênfase ao Ministério da Saúde,
visando fortalecer as ações da à saúde pública e da medicina preventiva, bem
diferente da assistência médica individual, dentro delas os médicos
especialistas defendem programas verticais do tipo de doença: tuberculose e
lepra. Daí pra construir leprosários para leprosos, sanitários para
tuberculoses e hospícios para loucos.
Sendo
que aos que criticam esse modelo e que proporem outros modelos como Centro de
Saúde, com maior aproximação da medicina, com as condições sociais do povo.
Pessoas como Manoel Pessoa, Manoel Nuteles e Doutor Josué de Castro com a
questão da fome; Dr. Mario Magalhães da Silveira do Ministério da Saúde propõem
que o mesmo esteja junto com outras pessoas e que tenha a criação do Sistema de
Saúde pública para todos em redes locais em uma visão municipalizada.
1950
– 1956 É assassinado Carlos Lacerda o deputado que era inimigo do presidente,
que o acusava de ser o governo mais corrupto do país. Vargas sofreu pressões, e
suicidou-se, Assumindo a presidência em 1956; Juscelino Kubitschek, com
programa de governo chamado Plano De Metas. Esse governo estimulou a vinda de
diversas empresas estrangeiraras do ramo automobilístico e de eletrodomésticos;
criação de hidrelétricas, como as Furnas de Minas gerais e a Construção de
Brasília. Essas obras foram feitas com investimento de empréstimos aumentando a
dívida externa, causando a baixa dos salários mínimos e aumentando o custo de
vida. Na questão da saúde Juscelino aumenta os números de IAPs.
De
1956-1960 há uma nova eleição e Jânio Quadro é eleito Presidente da República
que tinha como meta combater a inflação e a corrupção, Na questão saúde Jânio
quadro Com os IAPs construiu novos hospitais, mesmo que algumas não estavam
satisfeitas com o atendimento médico que o IAPs podia oferecer. Assim surgiu a
medicina em Grupo. Empresas que tinham como finalidade prestar serviços médicos
privados aos empregados das empresas privadas. Buscando ter como vantagens uma
melhor seleção de mão de obras e de ter empregados que faltassem menos. Esse é
o futuro da Assistência Médica!” As Empresas Médicas mais adotou medidas
polêmicas Atal que menos de 6 meses renunciou o cargo e entra João Goulart
conhecido como Jango que assumiu a ditadura e fez a Unificação dos IAPs e criou
o INPS.Esse Governo realizou obras gigantescas que impulsionou o país.
Assim
iniciou o Movimento Popular diante da censura, tortura e arrocho salarial do
Governo castelo Branco. Reuniu-se a classe Média e Rural para reivindicarem.
Essa
política de arrocho salarial levou a classe média e operária a uma verdadeira miséria.
O êxodo rural trouxe para a cidade populações pobre fazendo aumentar ainda mais
as doenças e a mortalidade infantil. Foram abandonados programas importantes
como o de saneamento básico.
De
Brasília o Governo unifica todo Sistema Previdenciário e a Petrobrás e outros
órgãos do Sistema de Saúde com o nome de Previdência Social de Instituto
Nacional INPS
Esse
novo instituto tem como meta concentrar todas as contribuições previdências
vinda dos trabalhadores e do comércio para gerir aposentadorias e pensões com
direitos a assistência médica para os contribuintes.
È
um Governo ditador, gerador de massacres humanos.
Esse
governo nessa era de crescimento investe na abertura da transamazônica, na
ponte Rio Niterói e na usina de Itaipu. Mais a saúde continua através do NPS a
iniciativa privada construindo grandes hospitais ampliando o grande número de
leitos para atenderam aos contribuintes da previdência social. O Governo
federal estende esse projeto ao trabalhador do campo, mas as demais obras não
são fiscalizadas e assim aumenta a corrupção.
Reúnem-se
então o MOVIMENTO POPULAR, formado por mulheres da comunidade de base, alguns
estudantes, alguns sanitaristas que estão preocupados com a situação da saúde. Eles
reivindicam a Construção de Centros de Saúde, de creches, discutem também a
questão dos ônibus e a carestia. O povo alega que falta tudo, inclusive posto
de saúde.
Assim
o povo vai às ruas, as praças, enfrente as Igrejas e protestam com faixas e autos
falantes encima de carros.
Suas
reivindicações começam a acontecer com a conquista de Centros de saúde. O povo
busca maior organização do Movimento elegendo Conselhos Populares para avançar
na luta reunindo-se: trabalhadores da saúde, Professores e estudantes.
Assim
o Governo Federal tomou a iniciativa de Criar o SINPAS (sistema nacional de
previdência de assistência social) que possa reunir todos os órgãos de
assistência medica na INAS; todos os órgãos de aposentadoria e pensões no INPS;
a administração dos recursos financeiros passa ser controlado pelo IAPAS.
Em
1979 e 1980 Lula defende a classe operária e o povo continua reivindicando nas
ruas com o lema “A força é a nossa união”.
De
1981 a 1990 O Movimento Popular vai ganhando forças, porém, o Sistema
previdenciário está na falência o IAPAS não tem recursos para manter a
assistência médica através do INAPS, nem do INPS. Assim as medidas que foram
tomadas foram o aumento das contribuições e a diminuição dos benefícios. Mais
uma vez o povo volta às ruas. A ditadura está caindo mais o Congresso Nacional
não aceita as Diretas Já e o Governo é disputado por Tranquedo Neves e Paulo Maluf.
A Saúde nesse governo continuou falida, pois a economia não crescia, mais os
contribuintes aumentavam, além da falência da previdência social.
Em
1980 Houve nesses meados a Democratização do Brasil onde o Ministério da saúde
organizou a 7ª Conferência nacional com o tema “Serviços Básicos de Saúde”,
ampliando o debate sobre a descentralização da saúde. Essas conferências eram
realizadas pelo Movimento Popular dos trabalhadores. Dessa Conferência surge o
PREVE SAÚDE, que pretendia estender as ações em saúde nos serviços de base a
partir desse plano surge o plano de programas de Ações Integradas de Saúde
(AIS), que possibilitava aumento e quantidade de atendimento.
Na
8ª Conferência de Saúde foi aprovada a “Reforma Sanitária”. E o Presidente
nesse mesmo ano cria o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS)
Dando
sequência a Assembleia Nacional dos Constituintes aprovou a nova Constituição
Brasileira, incluindo pela primeira vez o artigo da saúde Art.196 “Saúde é direito
de todos e dever do estado”. O SUS é criado e aprovado pela Constituição
Federal, que reconhece o direito universal á saúde para toda população.
A
Organização e funcionamento dos serviços do SUS regulamentam a participação da
comunidade na gestão e das transferências intergovernamentais de recursos e
Implantação do Sistema de informações Hospitalares e o sistema laboratoriais.
A
Base do SUS rege na Lei n.8.080 de 19/09/1990 doutrina SUS que dispõe da
participação da Comunidade na Gestão do Sistema único de saúde (SUS) e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde e
da outras providências.
Assim
o povo se reunindo e se organizando conseguiram criar programas e projetos que
beneficiam a todos.
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