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sábado, 16 de abril de 2016

Tratamento do Câncer de Reto segundo Estadiamento



A cirurgia é geralmente o principal tratamento para o câncer de reto não disseminado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser realizadas antes ou após a cirurgia.

Estágio 0

Neste estágio, o tumor não se desenvolveu além do revestimento interno do reto. Remover ou destruir o tumor é tudo o que é necessário. O paciente também pode ser tratado apenas com uma polipectomia, excisão local ou ressecção transanal.

Estágio 1

Neste estágio, o tumor se desenvolveu através das camadas do reto, mas não se espalhou para fora da parede do próprio reto.

O estágio 1 inclui os tumores que faziam parte de um pólipo. Se o pólipo é completamente retirado, sem vestígios de doença nas bordas, não serão necessário tratamentos adicionais. Se o tumor do pólipo era de alto grau ou se havia células cancerígenas nas bordas do pólipo, pode ser recomendada a cirurgia. A cirurgia também pode ser recomendada se o pólipo não foi completamente removido ou se foi retirado em fragmentos, o que torna difícil a avaliação de suas bordas.

Para outros tipos de câncer do estágio 1, a cirurgia é geralmente o principal tratamento. Dependendo da localização do tumor dentro do reto pode ser realizada uma ressecção anterior baixa, uma proctectomia com anastomose coloanal ou uma ressecção abdominoperineal. A terapia adjuvante não é necessária após estes procedimentos, a não ser que o cirurgião veja que a doença estava mais avançada do que previsto antes da cirurgia. Se a doença se encontra num estágio mais avançado, geralmente é administrada uma combinação de quimioterapia e radioterapia.

Para alguns tipos de estágio 1, outra opção é a retirada pelo ânus, sem uma incisão abdominal. Se o tumor tem características de ser de alto risco, outra cirurgia, como aquela realizada para o tratamento de tumores em estágio 2, pode ser recomendada. Em alguns casos, a quimioirradiação adjuvante é recomendada para pacientes que fazem essa cirurgia . O 5-FU é o mais utilizado.

Se o paciente não tiver condições físicas para realizar a cirurgia, pode ser tratado com radioterapia endocavitária ou braquiterapia. No entanto, isso não foi provado ser tão eficaz quanto a cirurgia.

Estágio 2

Muitos destes tumores se desenvolveram através da parede do reto e podem se espalhar para os tecidos adjacentes. Entretanto, ainda não se disseminaram para os gânglios linfáticos.

Os tumores em estágio 2 são normalmente tratados com cirurgia, juntamente com a químio e a radioterapia. A maioria dos médicos indica a radioterapia, junto com a quimioterapia antes da cirurgia (tratamento neoadjuvante), e em seguida quimioterapia adjuvante após a cirurgia, geralmente, num total de 6 meses de tratamento. A quimioterapia administrada com a radioterapia é geralmente 5-FU ou capecitabina. A quimioterapia após a cirurgia pode ser o esquema FOLFOX, 5-FU e leucovorina, CapeOx ou capecitabina em monoterapia, baseado no que é mais adequado às condições físicas do paciente.

Se a terapia neoadjuvante diminuir suficientemente o tumor, uma ressecção retal transanal pode ser realizada em vez de uma ressecção anterior baixa mais invasiva ou uma ressecção abdominoperineal. Isto pode permitir ao paciente, evitar uma colostomia. Um problema com o uso deste procedimento é que ele não permite que o cirurgião veja se a doença se espalhou para os gânglios linfáticos ou pela pelve. Por este motivo, este procedimento, geralmente não é recomendado.

Estágio 3

Neste estágio, os tumores se espalharam para os nódulos linfáticos próximos, mas não para outros órgãos.

Na maioria das vezes, a radioterapia é administrada junto com a quimioterapia antes da cirurgia. Isto pode reduzir o tumor, tornando a cirurgia mais eficaz para tumores maiores. Esse procedimento também reduz a chance de uma recidiva na pelve.

A administração da radioterapia antes da cirurgia também tende a menos complicações do que após a cirurgia. O tumor de reto e os linfonodos próximos são então removidos, geralmente por ressecção anterior, proctectomia com anastomose coloanal ou ressecção abdominoperineal, dependendo da localização do tumor no reto.

Em casos raros em que o tumor atingiu órgãos próximos, pode ser necessária uma exenteração pélvica. A radioterapia e a quimioterapia são geralmente parte desse tratamento. Assim, como no estágio 1, muitos médicos preferem administrar a radioterapia junto com a quimioterapia antes da cirurgia, pois diminui a chance de uma recidiva na pelve e tem menos complicações do que a radioterapia após a cirurgia. Este tratamento também torna a cirurgia mais eficaz para os tumores maiores.

Após a cirurgia, a quimioterapia é administrada, geralmente por cerca de 6 meses. Os esquemas mais comuns incluem FOLFOX, 5-FU e leucovorina ou capecitabina. Seu médico pode recomendar o que melhor se adequar ao seu estado de saúde geral. Às vezes, a quimioterapia também é administrada antes da irradiação e cirurgia.

Estágio 4

Neste estágio, a doença se espalhou para outros órgãos e tecidos, como o fígado ou pulmões. As opções de tratamento neste estágio dependem de quanto a doença está disseminada.

Se existe uma chance de que todo o tumor possa ser removido, e existem apenas alguns tumores no fígado ou pulmões, as opções de tratamento incluem:
  • Cirurgia para remover a lesão do reto e tumores distantes, seguida por quimioterapia e em alguns casos, por radioterapia.
  • Quimioterapia seguida por cirurgia para retirar a lesão do reto e os tumores distantes, geralmente seguidos de quimioterapia e radioterapia.
  • Quimioterapia e radioterapia, seguida por cirurgia para retirar a lesão do reto e os tumores distantes, seguidos de quimioterapia.

Estas abordagens podem aumentar a sobrevida do paciente e, em alguns casos, podem até curá-lo. A cirurgia para remover o tumor do reto normalmente seria uma ressecção anterior, proctectomia com anastomose coloanal ou ressecção abdominoperineal, dependendo de sua localização no reto.

Se o único local de disseminação da doença é o fígado, o tratamento é feito com quimioterapia por infusão na artéria hepática. Isso pode diminuir o tamanho do tumor de forma mais eficaz do que a administração por via intravenosa ou oral.

Se a doença está disseminada e não pode ser completamente removida por cirurgia, as opções de tratamento vão depender se o tumor está bloqueando o intestino. Se estiver, a cirurgia pode ser necessária imediatamente. Caso contrário, o tumor provavelmente será tratado com quimioterapia. Algumas das opções incluem:
  • FOLFOX: leucovorina, 5-FU e oxaliplatina.
  • Folfiri: leucovorina, 5-FU e irinotecano.
  • CapeOX: capecitabina e oxaliplatina.
  • Qualquer uma das combinações acima, com bevacizumab ou cetuximab.
  • 5-FU e leucovorina, com ou sem bevacizumab.
  • Capecitabina, com ou sem bevacizumab.
  • FOLFOXIRI: leucovorina, 5-FU, oxaliplatina e irinotecano.
  • Irinotecano, com ou sem cetuximab.
  • Cetuximab.
  • Panitumumab.
  • Regorafenib.

A escolha do esquema a ser utilizado pode depender de vários fatores, como tratamentos já realizados anteriormente e seu estado de saúde geral para tolerar o tratamento.

Se a quimioterapia reduzir os tumores, em alguns casos, pode ser possível considerar a cirurgia para tentar remover todo o tumor. A quimioterapia também pode ser administrada novamente após a cirurgia.

Os tumores que não diminuem com a químio e os avançados que estão causando sintomas não são susceptíveis de cura e o tratamento visa apenas aliviar os sintomas e evitar complicações a longo prazo, como hemorragia ou obstrução intestinal. Esses tratamentos podem incluir uma ou mais das seguintes características:
  • Ressecção cirúrgica do tumor.
  • Cirurgia para criar uma colostomia e ignorar o tumor.
  • Utilização de um laser especial para destruir o tumor dentro do reto.
  • Colocação de um cateter no reto para mantê-lo aberto, o que não requer cirurgia.
  • Radioterapia e quimioterapia.
  • Quimioterapia isolada.

Se tumores no fígado não podem ser removidos cirurgicamente, pode ser possível destruí-los por criocirurgia, ablação por radiofrequência, fotocoagulação ou outros métodos não cirúrgicos.

Recidiva do Câncer de Reto

Recidiva significa que o câncer voltou após o tratamento. A recidiva pode ser local ou pode afetar outros órgãos.

Se a recidiva for local, se possível é realizada a cirurgia. Em alguns casos, pode ser administrada a radioterapia intraoperatória ou posteriormente. A quimioterapia também pode ser feita. Se a doença recidivou em outro órgão, o tratamento depende se o tumor pode (ou não) ser removido cirurgicamente.

Se o tumor pode ser removido, a cirurgia é realizada. A quimioterapia neoadjuvante pode ser administrada antes da cirurgia. A químio também pode ser feita após a cirurgia. Quando o tumor está no fígado, a quimioterapia pode ser administrada pela artéria hepática diretamente no fígado.

Se o tumor não pode ser removido por cirurgia, a quimioterapia é a primeira opção de tratamento. O esquema utilizado dependerá dos medicamentos utilizados anteriormente e do estado de saúde geral do paciente. A cirurgia pode ser uma opção se o tumor reduziu bastante. Isto seria seguido por mais quimioterapia. Se o câncer não reduzir com a químio, uma nova combinação de medicamentos devem ser considerados.

Assim como no estágio 4, a cirurgia ou outras abordagens podem ser realizadas ​​em algum momento para aliviar os sintomas e evitar complicações a longo prazo, como hemorragia ou obstrução intestinal.

Esses tumores podem ser difíceis de serem tratados, de modo que é importante conversar com seu médico sobre a possibilidades de participar de estudos clínicos com novos tratamentos.

Fonte:
American Cancer Society (27/02/2015)

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