TRABALHOS DE TRABALHOS DE ENFERMAGEM

domingo, 3 de agosto de 2014

Histórias e Contos

Oásis


Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive neste lugar ?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ? – perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui –replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
– Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
– Cada um carrega no seu coração o  ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.

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As estações (autor desconhecido)
Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.
O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono.
Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.
O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.
O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…
O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…
Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas.
Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza do Verão, a expectativa do Outono.
Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.
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A carroça
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
- Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!
Perguntei a ele:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
- Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!
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Maneiras de amar (Osho)
O rio passa ao lado de uma árvore, cumprimenta-a, alimenta-a, dá-lhe água… e vai em frente, dançando. Ele não se prende à árvore.
A árvore deixa cair suas flores sobre o rio em profunda gratidão, e o rio segue em frente.
O vento chega, dança ao redor da árvore e segue em frente. E a árvore empresta o seu perfume ao vento…
Se a humanidade crescesse, amadurecesse, essa seria a maneira de amar.
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Uma lição
Um famoso palestrante começou um seminário segurando uma nota de 20 dólares.
Numa sala, com 200 pessoas, ele perguntou:
– Quem quer esta nota de 20 dólares?”
Mãos começaram a se erguer. Ele disse:
– Eu darei esta nota a um de vocês, mas, primeiro, deixem-me fazer isto!
Então ele amassou a nota. E perguntou, outra vez:
– Quem ainda quer esta nota?
As mãos continuaram erguidas.
– Bom – ele disse – e se eu fizer isto?
E ele deixou a nota cair no chão e começou a pisá-la e esfregá-la. Depois pegou a nota, agora imunda e amassada, e perguntou:
– E agora? Quem ainda quer esta nota?
Todas as mãos permaneceram erguidas.
– Meus amigos, vocês todos devem aprender esta lição: Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês ainda irão querer esta cédula, porque ela não perde o valor. Ela ainda valerá 20 dólares.
Essa situação também se dá conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos sujos, por decisões que tomamos e/ou pelas circunstâncias que vêm em nossos caminhos. E assim, ficamos nos sentindo desvalorizados, sem importância. Porém, creiam, não importa o que aconteceu ou o que acontecerá, jamais perderemos o nosso valor ante o Universo. Quer estejamos sujos, quer estejamos limpos, quer amassados ou inteiros, nada disso altera a importância que temos. A nossa valia. O preço de nossas vidas não é pelo que fazemos ou sabemos, mas pelo que SOMOS! Somos especiais….
VOCÊ é especial. Muito especial…. Jamais se esqueça disso!
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Lições Importantes que a Vida Ensina…
Durante meu segundo mês na escola de enfermagem, nosso professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última que era: “Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?”
“Sinceramente, isso parecia uma piada”. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.
– “É claro!” – respondeu o professor – “Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples ‘alô “.
Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorothy.
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A magia da comunicação
“Havia um cego que pedia esmola à entrada do Viaduto do Chá, em São Paulo. Todos os dias passava por ele, de manhã e à noite, um publicitário que deixava sempre alguns centavos no chapéu do pedinte. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase:
”Cego de nascimento. Uma esmola, por favor”.
Certa manhã, o publicitário teve uma idéia: virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite, depois de um dia de trabalho, perguntou ao cego como é que tinha sido seu dia. O cego respondeu, muito contente:
– Até parece mentira, mas hoje foi um dia extraordinário! Todos que passavam por mim, deixavam alguma coisa. Afinal, o que é que o senhor escreveu no letreiro?
O publicitário havia escrito uma frase breve, mas com sentido e carga emotiva suficientes para convencer os que passavam a deixarem algo para o cego. A frase era:
“Em breve chegará a primavera e eu não poderei vê-la”.
Na maioria das vezes não importa O QUE você diz, mas COMO você diz.
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Aprendendo com os erros
O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.
-Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz, levando mais um tombo.
-Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.
-E como lidar com eles?
– Como deveria lidar com seus tombos- respondeu o mestre- Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.
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A história das moscas
Parte 1
Contam que, certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater, e afundou…
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater, a se debater por tanto tempo que, aos poucos, o leite ao redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu, com muito esforço, subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvimos esta primeira parte da história como um elogio à persistência que, sem dúvida, é uma habilidade que nos leva ao sucesso.
Parte 2
Tempos depois a mosca tenaz, por descuido ou acidente caiu no copo. Começou a se debater, na esperança de que no devido tempo, se salvaria. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
- Tem um canudo ali, nade até lá e suba pelo canudo!
A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, e continuou a se debater, até que, exausta afundou no copo cheio de água.
“Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão.”
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O Quadro
Um homem havia pintado um lindo quadro…
No dia de apresentá-lo ao publico, convidou todo mundo para vê-lo…
Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, enfim, uma multidão.
Afinal, o pintor além de um grande artista, era também muito famoso.
Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro.
Houve caloroso aplauso…
Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa…
O Cristo parecia vivo.
Com ouvido junto à porta, ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discurso e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte.
Porém, um curioso observador, achou uma falha no quadro…
A porta não tinha fechadura.
E intrigado, foi perguntar ao artista…
– Sua porta não tem fechadura!
– Como se fará para abri-la?
– É assim mesmo. Respondeu-lhe o artista.
– Esta é a porta do coração humano… Só se abre pelo lado de dentro.
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O Náufrago
Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo. E este único sobrevivente foi parar numa ilha deserta e fora de qualquer rota de navegação. E ele agradeceu novamente. Com muita dificuldade e os restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva e de animais.
O tempo foi passando e a cada alimento que conseguia, ele agradecia. Um dia, voltando depois de caçar e pescar viu que seu abrigo estava em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Desesperado, ele se revoltou e gritava chorando: “O pior aconteceu! Perdi tudo. Deus por que fez isso comigo?” Chorou tanto que adormeceu profundamente, cansado.
No dia seguinte, bem cedo, foi despertado por um navio que se aproximava. “Viemos resgatá-lo”, disseram. “Como souberam que eu estava aqui?”, perguntou. “Nós vimos o seu sinal de fumaça”, responderam eles.
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Ajuda
Um menino pequeno estava se esforçando para mover um pesado armário, mas o móvel não cedia. Ele empurrava e puxava com toda sua força, mas não conseguia movê-lo nenhum centímetro. O pai, que ali chegava, parou para observar os esforços vãos do filho. Finalmente perguntou:
“Filho, está usando toda a sua força?”
“Sim, estou!” gritou o garoto, exasperado.
“Não”, disse calmamente o pai, “você não está. Não me pediu para ajudá-lo.”
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Os navios e a vida
Certa vez, um homem sábio foi às docas para observar os navios entrarem e saírem do porto. Percebeu que, quando um navio saía para o alto mar, todas as pessoas no cais festejavam e desejavam boa viagem. Enquanto isso, um outro navio entrou no porto e atracou. De maneira geral, foi ignorado pela multidão.
O sábio dirigiu-se às pessoas, dizendo: “Você estão olhando as coisas ao contrário! Quando um navio parte, não se sabe o que virá pela frente, ou qual será o seu fim. Portanto, na verdade não há motivo para celebrar. Porém quando um navio entra no porto e chega ao lar em segurança, este é um motivo para fazê-los sentir alegria.”
A vida é aquela viagem e nós somos o navio. Quando nasce uma criança, festejamos. Quando uma alma volta para casa, pranteamos. Porém se víssemos a vida na terra da mesma maneira que o sábio via o navio, talvez pudéssemos dizer: “O navio terminou sua jornada, enfrentou as tempestades da vida, e finalmente entrou no porto. E agora está seguro em casa…
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Ter e Ser
Um pai, em uma situação muito confortável de vida, resolveu dar uma lição a seu filho ensinando o que é ser pobre. Ficaria hospedado por alguns dias na casa de uma família de camponeses. O menino passou três dias e três noites vivendo no campo.
No carro, voltando para a cidade, o pai lhe perguntou: “Como foi sua experiência?” “Boa.” respondeu o filho, com o olhar perdido à distância.
“E o que você aprendeu?”, insistiu o pai.
O filho respondeu:
“Que nós temos um cachorro e eles têm quatro. Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas. Que importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim , enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los. Nosso quintal chega até o muro.
O deles chega até o horizonte. Compramos nossa comida e esquentamos em microondas, eles cozinham em fogão à lenha. Ouvimos CD’s, Mp3, eles ouvem a sinfonia de pássaros, sapos, grilos, tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho trabalhando sua terra. Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes… Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos. Vivemos conectados ao celular, ao computador, sempre plugados, neuroticamente atualizados. Eles estão “conectados” à vida, ao céu, ao sol, à água, ao campo, animais, às suas sombras, à sua família.”
O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou: “Obrigado, pai, por ter me ensinado o quanto somos pobres! “
Nós temos olhos para enxergar, ouvidos para escutar, mas falta a humildade em nossa mente e coração para poder sentir.
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Como mudar o mundo
Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias e dias no seu laboratório à procura de respostas.
Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário querendo ajudar o pai. Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de ficar ali, atrapalhando-o. Mas, como o menino era persistente, o pai teve de arranjar uma maneira de entretê-lo no laboratório. Foi, então, que reparou num mapa do mundo que estava na página de uma revista. Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois apresentou o desafio ao filho:
- Filho, você vai me ajudar a consertar o mundo! Aqui está o mundo todo partido. E você vai arrumá-lo para que ele fique bem outra vez! Quando você terminar, me chame, ok?
O cientista estava convencido que a criança levaria dias para resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído. Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já chamava por ele:
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!
O pai não queria acreditar, achava que era impossível um miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de uma imagem que ele nunca tinha visto antes. Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate digno de uma criança daquela idade. Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado da página, havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para eu consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que tinha consertado o mundo.
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História de uma Gota de Chuva
Uma gota de chuva caiu de uma nuvem de primavera e, vendo a grande extensão do mar, sentiu vergonha. “Onde está o mar e onde estou eu?”, refletiu. “Comparada com ele, na verdade, eu não existo”.
Enquanto se julgava assim, com desdém, uma ostra a tomou em seu regaço e o Destino lhe deu forma em sua trajetória, de maneira que uma gota de chuva se converteu, finalmente, em uma famosa pérola real.
Foi exaltada porque foi humilde. Chamando à porta da extinção, tornou-se existente.
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Seguindo a corrente
Um velho homem bêbado, acidentalmente. caiu nas terríveis corredeiras de um rio que levavam para uma alta e perigosa cascata.
Ninguém jamais tinha sobrevivido àquele rio. Algumas pessoas que viram o acidente temeram pela sua vida, tentando desesperadamente chamar a atenção do homem que, bêbado, estava quase desmaiado.
Mas, miraculosamente, ele conseguiu sair salvo quando a própria correnteza o despejou na margem em uma curva que fazia o rio.
Ao testemunhar o evento, Confúcio comentou para todas as pessoas que diziam não entender como o homem tinha conseguido sair de tão grande dificuldade sem luta:
“Ele se acomodou à água, não tentou lutar com ela. Sem pensar, sem racionalizar, ele permitiu que a água o envolvesse. Mergulhando na correnteza, conseguiu sair da correnteza. Assim foi como conseguiu sobreviver.”
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Concentração
Após ganhar vários torneios de Arco e Flecha, o jovem e arrogante campeão resolveu desafiar um mestre Zen que era renomado pela sua capacidade como arqueiro.
O jovem demonstrou grande proficiência técnica quando ele acertou em um distante alvo na mosca na primeira flecha lançada, e ainda foi capaz de dividi-la em dois com seu segundo tiro.
“Sim!”, ele exclamou para o velho arqueiro, “Veja se pode fazer isso!”
Imperturbável, o mestre não preparou seu arco, mas em vez disso fez sinal para o jovem arqueiro segui-lo para a montanha acima.
Curioso sobre o que o velho estava tramando, o campeão seguiu-o para o alto até que eles alcançaram um profundo abismo atravessado por uma frágil e pouco firme tábua de madeira. Calmamente caminhando sobre a insegura e certamente perigosa ponte, o velho mestre tomou uma larga árvore longínqua como alvo, esticou seu arco, e acertou um claro e direto tiro.
“Agora é sua vez,” ele disse enquanto ele suavemente voltava para solo seguro.
Olhando com terror para dentro do abismo negro e aparentemente sem fim, o jovem não pôde forçar a si mesmo caminhar pela prancha, muito menos acertar um alvo de lá.
“Você tem muita perícia com seu arco,” o mestre disse, percebendo a dificuldade de seu desafiante, “mas você tem pouco equilíbrio com a mente que deve nos deixar relaxados para mirar o alvo.”
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Sem Mais Questões
Ao encontrar um mestre Zen em um evento social, um psiquiatra decidiu colocar-lhe uma questão que sempre esteve em sua mente:
“Exatamente como você ajuda as pessoas?” ele perguntou.
“Eu as alcanço naquele momento mais difícil, quando elas não tem mais nenhuma questão para perguntar,” o mestre respondeu.
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Transformação
O colunista Sydney Harris (EUA) acompanhava um amigo à banca de jornal.
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydy sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
– Ele sempre te trata com tanta grosseria?
– Sim, infelizmente é sempre assim.
– E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
– Sim, sou.
– Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
– Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somos nossos “próprios donos”. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não são os ambientes que nos transformam… somos nós que transformamos os ambientes…
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Torne-se Oceano
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
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O rio da vida
Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas.
Em certo ponto de seu percurso, notou que a sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar. Olhou, então, para Deus e protestou:
– Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso e o Senhor me obriga a atravessar um pântano sujo como esse!
Deus respondeu:
– Isso depende da sua maneira de encarar o pântano. Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele. Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, a umidade as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano. Aí você se transformará em mar…
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A Humanidade
Dalai Lama
Perguntaram a Dalai Lama:
“O que mais te surpreende na Humanidade?”
E ele respondeu:
“Os homens…
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde…
Porque pensam ansiosamente no futuro e, por isso, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro…
E porque vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido!”
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A Aranha
Um conto Tibetano fala de um estudante de meditação que, enquanto meditava em seu quarto, pensava ver uma assustadora aranha descendo à sua frente. A cada dia a criatura ameaçadora retornava cada vez maior em tamanho. Tão terrificado estava o estudante que finalmente foi ao seu professor para relatar o seu dilema:
“Não posso continuar meditando com tal ameaça sobre mim,” disse ele tremendo de pavor.” Vou guardar uma faca em meu colo durante a meditação, de forma que quando a aranha aparecer eu possa matá-la!”
O professor advertiu-o contra esta idéia:
“Não faça isso. Faça como eu lhe digo: leve um pedaço de carvão na sua meditação, e quando a aranha aparecer, marque um ‘X’ em sua barriga. Depois disso venha até mim.”
O estudante retornou à sua meditação. Quando a aranha novamente apareceu, ele lutou contra o impulso de atacá-la e em vez disso fez como o mestre sugeriu.
Então correu para a sala de dele, gritando:
“Eu a marquei na barriga! Fiz o que me pediu! O que faço agora?”
O professor olhou-o e falou:
“Levante a túnica e olhe para sua própria barriga.”
Ao fazer isso, o estudante viu o “X” que havia feito.
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Sem Problema
Um praticante Zen foi à Bankei e fez-lhe esta pergunta, aflito:
“Mestre, Eu tenho um temperamento irascível. Sou às vezes muito agitado e agressivo e acabo criando discussões e ofendendo outras pessoas. Como posso curar isso?”
“Tu possuis algo muito estranho,” replicou Bankei. “Deixe ver como é esse comportamento.”
“Bem… eu não posso mostrá-lo exatamente agora, mestre,” disse o outro, um pouco confuso.
“E quando tu a mostrarás para mim?” perguntou Bankei.
“Não sei… é que isso sempre surge de forma inesperada,” replicou o estudante.
“Então,” concluiu Bankei, “essa coisa não faz parte de tua natureza verdadeira. Se assim fosse, tu poderias mostrá-la sempre que desejasse. Quando tu nasceste não a tinhas, e teus pais não a passaram para ti. Portanto, saibas que ele não existe.”
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Beladona
O discípulo disse ao mestre: – Tenho passado grande parte do meu dia vendo coisas que não devia ver, desejando coisas que não devia desejar, fazendo planos que não devia fazer.
O mestre convidou o discípulo para um passeio. No caminho, apontou uma planta e perguntou se o discípulo sabia o que era.
O Discípulo respondeu:- Beladona. Pode matar quem comer suas folhas.
- Mas não pode matar quem apenas a contempla. Da mesma maneira, os desejos negativos não podem causar nenhum mal se você não se deixar seduzir por eles.
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Sons Inaudíveis

 

Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande Mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o Mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o Mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir. Então disse o príncipe:
- Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus…
E ao terminar o seu relato, o Mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu à ordem do Mestre, pensando:
- Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta…
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo… Mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao Mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou:
- Esses devem ser os sons que o Mestre queria que eu ouvisse…
E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria Ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o Mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.
Paciente e respeitosamente, o príncipe disse:
- Mestre, quando prestei atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite…
O Mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
- Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor, entender o que está errado e atender às reais necessidades de cada um.”

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O Deva e o Buda
O Buda estava um dia no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, quando lhe apareceu um Deva (espírito da natureza) em figura de brâmane e vestido de hábitos brancos como a neve, e entre ambos se estabeleceu o seguinte diálogo:
O Deva:
– Qual é a espada mais cortante?

Ao que Buda respondeu:
– A palavra raivosa é a espada mais cortante.

- Qual é o maior veneno?
– A inveja é o mais mortal veneno.

- Qual é o fogo mais ardente?
– A luxúria.

- Qual é a noite mais escura?
– A ignorância.

- Quem obtém a maior recompensa?
– Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.

- Quem sofre a maior perda?
– Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.

- Qual é a armadura mais impenetrável?
– A paciência.

- Qual é a melhor arma?
– A sabedoria.

- Qual é o ladrão mais perigoso?
– Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.

- Qual o tesouro mais precioso?
– A virtude.

- Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?
– Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.

- O que atrai?
– O bem atrai.

- O que repugna?
– O mal repugna.

- Qual é a dor mais terrível?
– A má conduta.

- Qual é a maior felicidade?
– A libertação.

- O que ocasiona a ruína no mundo?
– A ignorância.

- O que destrói a amizade?
– A inveja e o egoísmo.

- Qual é a febre mais aguda?
– O ódio.

O Deva então faz sua última pergunta:
– O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?

Buda respondeu:
– O benefício das boas ações.

Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.
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A Arte do Silêncio
Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que era inocente.
O rapaz foi solto e, após muito sofrimento e humilhação, processou o vizinho.
No tribunal, o vizinho disse ao juiz:
- Comentários não causam tanto mal…
E o juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel.
Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa. Amanhã, volte para ouvir sentença!
O vizinho obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo! – respondeu o homem.
O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
Ao que o juiz respondeu:
- “Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de um homem, espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado.”
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Espinhal
Certa vez um homem interrogou o rabino Joshua ben Karechah:
- Por que Deus escolheu um espinhal para falar com Moisés?
O rabino respondeu:
- Se ele tivesse escolhido uma oliveira ou uma amoreira, você teria feito a mesma pergunta. Mas não posso deixá-lo sem uma resposta: por isso digo que Deus escolheu um mísero e pequeno espinhal para ensinar que não há nenhum lugar na terra onde Ele não esteja presente.
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Oásis
Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive nesse lugar ?
- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? – perguntou  o ancião.
- Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – Estou satisfeito de haver saído de lá.
- A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui –Replicou o velho.
No mesmo dia, outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
- O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- Cada um carrega no seu coração o meio e os sentimentos que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
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Milagre Autêntico
Um homem apresentou-se a um mestre e lhe disse:
- Meu anterior mestre faleceu. Ele era um homem santo capaz de realizar muitos milagres. Que milagres  tu és capaz de realizar?
- Eu quando como, como; quando durmo, durmo – respondeu o mestre.
- Mas isso não é nenhum milagre, eu também como e durmo.
- Não. Quando tu comes, pensas em mil coisas; quando dorme, fantasias e sonhas.
Eu somente como e durmo. Isto é um milagre.
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De Passagem
Um viajante chegou a uma humilde cabana, onde se dirigiu pedindo água e pousada. Quando chegou, foi recebido por um monge que lhe ofereceu acolhimento. Ao reparar na simplicidade da casa e, sobretudo, na ausência de mobília, curioso indagou:
- Onde estão os teus móveis?
- Onde estão os teus? – devolveu o monge.
- Estou aqui só de passagem – respondeu o andarilho
- Eu também…
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Ajuda
Um menino pequeno estava se esforçando para mover um pesado armário, mas o móvel não cedia. Ele empurrava e puxava com toda sua força,mas não conseguia movê-lo nenhum centímetro. O pai, que ali chegava, parou para observar os esforços vãos do filho. Finalmente perguntou:
“Filho, está usando toda a sua força?”
“Sim, estou!” gritou o garoto, exasperado.
“Não”, disse calmamente o pai, você não está. Não me pediu para ajudá-lo.
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A escola dos bichos
Rosana Rizzuti
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo.
O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.
E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas… cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa,
Coelho”. Ele saltou lá de
cima e “pluft”… coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
Sabe de uma coisa?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são.
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Construa com Sabedoria
Valtair Freitas
Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
“Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você”.
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.
O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.
Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.
Você é o carpinteiro.
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
Alguém disse que “A vida é um projeto que você mesmo constrói”.
As atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanhã.
Construa com Sabedoria!
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Inferno e céu coletivo
Mestre e discípulo foram até uma região onde havia fartura de arroz, mas os habitantes daquele lugar possuíam talas em seus braços, o que os impedia de levarem o alimento à própria boca. No meio daquela fartura, passavam fome e eram fracos e subnutridos!
- Veja! – Disse o Mestre – Isto é o inferno coletivo.
Em seguida, o Mestre guiou o Discípulo para uma região próxima e mostrou que nela também havia fartura de arroz e as pessoas também tinham os braços atados a talas, mas eram saudáveis e bem nutridas, pois uma levava o arroz à boca do outro, em um processo de interdependência e cooperação mútua.
- E isto é o Céu coletivo.
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Buda e a Flor de Lotus
Buda reuniu seus discípulos, e mostrou uma flor de lótus – símbolo da pureza, porque cresce imaculada em águas pantanosas.
- Quero que me digam algo sobre isto que tenho nas mãos – perguntou Buda.
O primeiro fez um verdadeiro tratado sobre a importância das flores.
O segundo compôs uma linda poesia sobre suas pétalas.
O terceiro inventou uma parábola usando a flor como exemplo.
Chegou a vez de Mahakashyao. Este aproximou-se de Buda, cheirou a flor e acariciou seu rosto com uma das pétalas.
- É uma flor de lótus – disse Mahakashyao. Simples e bela.
- Você foi o único que viu o que eu tinha nas mãos – disse Buda.
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Viver como as flores
Era uma vez um jovem que caminhava ao lado do seu mestre. Ele perguntou:
- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes, outras mentirosas… Sofro com as que caluniam…
- Viva como as flores! – advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? – perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores – continuou o mestre – apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas…
Não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora… Não se deixe contaminar por tudo aquilo que o rodeia… Assim, você estará vivendo como as flores!
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Lenda Cherokee do rito de passagem da juventude
O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. O filho se senta sozinho no topo de um montanha por toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. O menino está naturalmente amedrontado.
Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.
Finalmente…
Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele.
… Ele estava a noite inteira protegendo seu filho dos perigos…
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Os Quatro Elementos
“Seja terra”, disse o mestre. “A terra recebe os dejetos de homens e animais e não é perturbada por isto; muito pelo contrário, transforma as impurezas em adubo, e fertiliza o campo.”
“Seja água”, disse o mestre. “A água limpa a si mesma, e limpa tudo aquilo que toca. Seja água em torrente.”
“Seja fogo”, disse o mestre. “O fogo faz a madeira podre transformar-se em luz e calor. Seja o fogo que queima e purifica.”
“Seja vento”, disse o mestre. “O vento espalha as sementes sobre a terra, faz o fogo arder com mais brilho, empurra as nuvens – para que a água caia sobre todos os homens.”
“Se você tiver a paciência da terra, a pureza da água, a força do fogo, e a justiça do vento, você está livre.”
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O Círculo da Tolerância
Um famoso senhor com poder de decisão, gritou com um diretor da sua empresa, porque estava com ódio naquele momento.
O diretor, chegando em casa, gritou com sua esposa, acusando-a de que estava gastando demais, porque havia um bom e farto almoço à mesa.
Sua esposa gritou com a empregada que quebrou um prato.
A empregada chutou o cachorrinho no qual tropeçara.
O cachorrinho saiu correndo, e mordeu uma senhora que ia passando pela rua, porque estava atrapalhando sua saída pelo portão.
Essa senhora foi à farmácia para tomar vacina e fazer um curativo, e gritou com o farmacêutico, porque a vacina doeu ao ser-lhe aplicada.
O farmacêutico, chegando à casa, gritou com sua mãe, porque o jantar não estava do seu agrado.
Sua mãe, tolerante, um manancial de amor e perdão, afagou-lhe seus cabelos e beijou-o na testa, dizendo-lhe:
“Filho querido, prometo-lhe que amanhã farei os seus doces favoritos.
Você trabalha muito, está cansado e precisa de uma boa noite de sono.
Vou trocar os lençóis da sua cama por outros bem limpinhos e cheirosos para que você descanse bem. Amanhã você sentir-se-à melhor.”
E abençoou-o, retirando-se e deixando-o sozinho com os seus pensamentos…
Naquele momento, rompeu o círculo do ódio, porque esbarrou com a tolerância, a doçura, o perdão e o amor…
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