A festa de acolhida da JMJ Rio2013 reuniu mais de um milhão de
pessoas na praia de Copacabana, com a presença do Papa Francisco. Jovens
de várias delegações participaram da cerimônia e entregaram presentes
ao Santo Padre.
O Papa, em seu discurso, pede aos jovens que
tenham fé, “queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido
e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a
cada uma de vocês: «bote fé» e a vida
terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; «bote
esperança» e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já
não será escuro, mas luminoso; «bote amor» e a sua existência será como
uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque
encontrará muitos amigos que caminham com você. «Bote fé», «bote
esperança», «bote amor»!”, enfatizou.
E desafia a todos, “hoje,
queria que nos perguntássemos com sinceridade: em quem depositamos a
nossa confiança? Em nós mesmos, nas coisas, ou em Jesus?”. Apesar da
chuva e do tempo ruim, os fiéis estavam firmes e muito animados.
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Leia na íntegra:
«É bom estarmos aqui!»: exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória.
Queremos
também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos
nós, hoje, é bom estar aqui juntos unidos em torno de Jesus! É Ele que
nos acolhe e se faz presente em meio a nós, aqui no Rio. Mas, no
Evangelho, escutamos também as palavras de Deus Pai: «Este é o meu
Filho, o Eleito. Escutai-O!» (Lc 9, 35). Então, se por um lado é Jesus
quem nos acolhe, por outro também nós devemos acolhê-lo, ficar à escuta
da sua palavra, pois é justamente acolhendo a Jesus Cristo, Palavra
encarnada, que o Espírito Santo nos transforma, ilumina o caminho do
futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para caminharmos com
alegria (cf. Carta enc. Lumen fidei, 7).
Mas o que podemos fazer?
«Bote fé». A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do
Brasil inteiro com este apelo. «Bote fé»: o que significa? Quando se
prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então "bota" o sal;
falta o azeite, então «bota» o azeite... «Botar», ou seja, colocar,
derramar. É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que
ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e
merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: «bote fé» e a vida terá
um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; «bote esperança» e
todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será
escuro, mas luminoso; «bote amor» e a sua existência será como uma casa
construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará
muitos amigos que caminham com você. «Bote fé», «bote esperança», «bote
amor»!
Mas quem pode nos dar tudo isso? No Evangelho, escutamos a
resposta: Cristo. «Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-O»! Jesus é
Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa
vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos
olhos, «a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos» (Carta
enc. Lumen fidei, 18). Por isso, hoje, lhes digo com força: «Bote
Cristo» na sua vida, e você encontrará um amigo em quem sempre confiar;
«bote Cristo», e você verá crescer as asas da esperança para percorrer
com alegria o caminho do futuro; «bote Cristo» e a sua vida ficará cheia
do seu amor, será uma vida fecunda.
Hoje, queria que nos
perguntássemos com sinceridade: em quem depositamos a nossa confiança?
Em nós mesmos, nas coisas, ou em Jesus? Sentimo-nos tentados a colocar a
nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a
nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o
dinheiro, com o poder. Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o
poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas,
no fim de contas, são eles que nos possuem e nos levam a querer ter
sempre mais, a nunca estar saciados. «Bote Cristo» na sua vida, deposite
n’Ele a sua confiança e você nunca se decepcionará! Vejam, queridos
amigos, a fé realiza na nossa vida uma revolução que podíamos chamar
copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos
imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança. Aparentemente
não muda nada, mas, no mais íntimo de nós mesmos, tudo muda. No nosso
coração, habita a paz, a mansidão, a ternura, a coragem, a serenidade e a
alegria, que são os frutos do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22) e a nossa
existência se transforma, o nosso modo de pensar e agir se renova,
torna-se o modo de pensar e de agir de Jesus, de Deus. No Ano da Fé,
esta Jornada Mundial da Juventude é justamente um dom que nos é
oferecido para ficarmos ainda mais perto de Jesus, para ser seus
discípulos e seus missionários, para deixar que Ele renove a nossa vida.
Querido
jovem: «bote Cristo» na sua vida. Nestes dias, Ele lhe espera na
Palavra; escute-O com atenção e o seu coração será inflamado pela sua
presença; «Bote Cristo: Ele lhe acolhe no Sacramento do perdão, para
curar, com a sua misericórdia, as feridas do pecado. Não tenham medo de
pedir perdão a Deus. Ele nunca se cansa de nos perdoar, como um pai que
nos ama. Deus é pura misericórdia! «Bote Cristo: Ele lhe espera no
encontro com a sua Carne na Eucaristia,
Sacramento da sua presença, do seu sacrifício de amor, e na humanidade
de tantos jovens que vão lhe enriquecer com a sua amizade, lhe encorajar
com o seu testemunho de fé, lhe ensinar a linguagem da caridade, da
bondade, do serviço. Você também, querido jovem, pode ser uma testemunha
jubilosa do seu amor, uma testemunha corajosa do seu Evangelho para
levar a este nosso mundo um pouco de luz.
«É bom estarmos aqui»,
botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele
nos dá. Queridos amigos, nesta celebração acolhemos a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Com Maria, queremos ser discípulos e missionários. Como Ela, queremos
dizer «sim» a Deus. Peçamos ao seu coração de mãe que interceda por nós,
para que os nossos corações estejam disponíveis para amar a Jesus e
fazê-lo amar. Ele está esperando por nós e conta conosco! Amém.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Na Integra Do Discurso Do Papa Francisco De Despedida Do Rio De Janeiro
Queridos Amigos!
Dentro de
alguns instantes, deixarei sua Pátria para regressar a Roma. Parto com a
alma cheia de recordações felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão
oração. Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil,
este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso.
Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades
do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens
no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à
adversidade dos moradores de Varginha. Tenho a certeza de que Cristo
vive e está realmente presente no agir de tantos e tantos jovens e
demais pessoas que encontrei nesta inesquecível semana. Obrigado pelo
acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso
começo a sentir saudades.
De modo
particular agradeço à Senhora Presidenta, por ter-se feito intérprete
dos sentimentos de todo o povo do Brasil para com o Sucessor de Pedro.
Cordialmente agradeço a meus Irmãos Bispos e seus inúmeros colaboradores
por terem tornado estes dias uma celebração estupenda da nossa fé
fecunda e jubilosa em Jesus Cristo. Agradeço a todos os que tomaram
parte nas celebrações da Eucaristia e nos restantes eventos, àqueles que
os organizaram, a quantos trabalharam para difundi-los através da
mídia. Agradeço, enfim, a todas as pessoas que, de um modo ou outro,
souberam acudir às necessidades de acolhida e gestão de uma multidão
imensa de jovens, sem esquecer de tantas pessoas que, no silêncio e na
simplicidade, rezaram para que esta Jornada Mundial da Juventude fosse
uma verdadeira experiência de crescimento na fé. Que Deus recompense a
todos, como só Ele sabe fazer!
Neste clima de
gratidão e saudades, penso nos jovens, protagonistas desse grande
encontro: Deus lhes abençoe por tão belo testemunho de participação
viva, profunda e alegre nestes dias! Muitos de vocês vieram como
discípulos nesta peregrinação; não tenho dúvida de que todos agora
partem como missionários. A partir do testemunho de alegria e de serviço
de vocês, façam florescer a civilização do amor. Mostrem com a vida que
vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada
ser humano, e apostar em Cristo e no seu Evangelho. Foi Ele que viemos
buscar nestes dias, porque Ele nos buscou primeiro, Ele nos faz arder o
coração para anunciar a Boa Nova nas grandes metrópoles e nos pequenos
povoados, no campo e em todos os locais deste nosso vasto mundo.
Continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do
mundo inteiro: através deles, Cristo está preparando uma nova primavera
em todo o mundo. Eu vi os primeiros resultados desta sementeira; outros
rejubilarão com a rica colheita!
O meu
pensamento final, minha última expressão das saudades, dirige-se a Nossa
Senhora Aparecida. Naquele amado Santuário, ajoelhei-me em prece pela
humanidade inteira e, de modo especial, por todos os brasileiros. Pedi a
Maria que robusteça em vocês a fé cristã, que é parte da nobre alma do
Brasil, como também de muitos outros países, tesouro de sua cultura,
alento e força para construírem uma nova humanidade na concórdia e na
solidariedade.
O Papa vai
embora e lhes diz “até breve”, um “até breve” com saudades, e lhes pede,
por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este Papa precisa da
oração de todos vocês. Um abraço para todos. Que Deus lhes abençoe!
Na ìntegra o discurso do Papa Francisco aos voluntários, no RioCentro.
Queridos voluntários, boa tarde!
Não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé.
Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que "há maior alegria em dar do que em receber" (At 20,35).
O serviço que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o "caminho preparado" para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor.
A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!
Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação significa caminhar na direção da realização jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um.
Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está "fora de moda"; está fora de moda? na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é "curtir" o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, "para sempre", uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã.
Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de "ir contra a corrente". Tenham a coragem de ser felizes!
O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais necessitados.
Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro --eu tinha 17 anos-- quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer "sim" a Deus. N'Ele está a alegria!
Queridos jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10).
Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir? Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês.
Não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé.
Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que "há maior alegria em dar do que em receber" (At 20,35).
O serviço que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o "caminho preparado" para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor.
A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!
Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação significa caminhar na direção da realização jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um.
Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está "fora de moda"; está fora de moda? na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é "curtir" o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, "para sempre", uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã.
Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de "ir contra a corrente". Tenham a coragem de ser felizes!
O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais necessitados.
Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro --eu tinha 17 anos-- quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer "sim" a Deus. N'Ele está a alegria!
Queridos jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10).
Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir? Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês.
NA ÍNTEGRA DIRCUSO DO PONTÍFICE EM COPACABANA
Queridos jovens,
Acabamos recordar a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: 'Francisco, vai e repara a minha casa'. E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: 'Repara a minha casa. Mas qual casa?' Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a face de Cristo.
Também hoje o Senhor continua precisando dos jovens para a sua Igreja. Queridos jovens, o senhor precisa de vocês. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje nos chama. Não a todos e sim a cada um de vocês, individualmente. Escutem essa palavra nos seus corações. Ele vos fala.
Acredito que podemos aprender algo com o que aconteceu nos últimos dias. Tivemos que cancelar por mau tempo o evento no Campus Fidei Guaratiba. Não estaria o Senhor querendo nos dizer que o verdadeiro campo da fé, não é um ponto geográfico, mas sim nós mesmos? Sim. É verdade, cada um de nós e de vocês. Eu e vocês todos aqui somos discípulos missionários. O que quer dizer isso? Que nós somos o campo da fé de Deus.
Por isso mesmo, a partir da imagem do campo da fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira imagem é o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.
Primeiro. O campo como lugar onde se semeia.
Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo. Algumas sementes caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). O próprio Jesus explicou o sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus que é semeada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23).
Hoje, de modo especial, Jesus está semeando. Ao aceitar a palavra de Deus, nos tornamos o campo da fé. Por favor, deixe que a palavra do Senhor entre nas suas vidas. Deixe que entre em seus corações, germine, cresça. Deus faz tudo, mas vocês têm que permitir que Ele trabalhe nesse crescimento. Jesus nos diz que as sementes que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e entre espinhos não deram fruto. Acredito que, com muita sinceridade, podemos nos perguntar: 'Qual terreno somos ou queremos ser?' Talvez sejamos como o caminho: ouvimos o Senhor porém nos deixamos tumultuar por tantos apelos superficiais? E eu lhes pergunto, agora me respondam silenciosamente: ‘serei eu um jovem atordoado ou como o terreno pedregoso? Acolhemos Jesus com entusiasmo mas somos inconstantes e diante das dificuldades não ter a coragem de ir contra a corrente'. Respondam silenciosamente. 'Terei eu valor ou serei eu um covarde?' Ou será que somos como um terreno espinhoso? As palavras negativas sufocam a palavra de Deus? Tenho o costume de jogar dos dois lados, ficar de bem com Deus e com o Diabo? Será que quero receber as sementes de Jesus e de vez em quando regar os espinhos e o que cresce de mau nos meus corações?
Hoje, entretanto, tenho a certeza que a semente pode cair numa terra boa, como ouvimos nesses testemunhos. Como a semente caiu em boa terra. A pessoa diz que é uma calamidade: 'não sou boa terra, estou cheia de espinhos, Santo Padre'. Sim, isso pode acontecer. Mas deixe um pedacinho de terra boa, e permitam que ali caia a semente da palavra e verão que ela vai germinar, sim. Eu sei que vocês querem ser terra boa. O cristão quer ser isso, um cristão de verdade, não cristãos de fachada, mas sim autênticos. Sei que querem ser cristãos autênticos. Não cristãos de nariz empinado, pessoas que só parecem cristãos, mas não fazem nada. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento.
Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. É assim ou estou errado? Se é assim, façamos o seguinte. Todos em silêncio, olhando para dentro, para seus corações, e cada um fale com Jesus que quer receber a semente. Olhe Jesus. 'Jesus, tenho pedras, tenho espinhos, mas tenho esse cantinho de boa terra. Semeie aqui'. E em silêncio, permitem que Jesus plantem sua semente em boa terra. Lembrem-se desse momento. Cada um sabe o nome da semente que foi plantada agora. Deixem que frutifique. Deus vai cuidar dela.
Segundo. O campo como lugar de treinamento.
Além de ser um lugar de semeadura, o campo é um lugar de treinamento. Jesus nos pede que nós o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que 'joguemos no seu time'. Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Sim ou não? Pois bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo diz aos cristãos: 'Todo atleta se privam de tudo. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!' (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Algo maior que a Copa do Mundo!
Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz. E nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. É o que Jesus oferece. Mas ele pede que paguemos a ingresso. Jesus pede que treinemos para estar 'em forma', para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, dando testemunhos de fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é um diálogo diário com Deus que sempre nos escuta.
Agora vou perguntar. 'Eu rezo? Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio?' Deixe que o Espírito Santo fale aos seus corações. 'Será que faço isso?' Pergunte a Jesus: 'O que quer que eu faça? O que quer da minha vida?' Isso é treinar. Conversem com Jesus. E se cometerem um erro, um deslize, não temam. 'Jesus, olha o que eu fiz, o que faço agora?' Mas sempre fale com Jesus, nos bons e maus momentos, não tema. Essa é a oração. Assim vai se treinando o diálogo com Jesus. E também através dos sacramentos, que fazem crescer em nós o amor de Jesus, através do amor fraterno, do saber ouvir, perdoar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Esses são os treinamentos para se seguir Jesus: a oração, os sacramentos e o serviço ao próximo. Vamos repetir: oração, sacramentos e ajuda aos demais.
Terceiro. O campo como canteiro de obras.
Como vemos aqui, como tudo isso foi construído. Os jovens caminharam e construíram juntos a Igreja. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a palavra de Deus, quando se 'sua a camisa' procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história, em conjunto. Fizeram assim como São Francisco: construir e reparar a Igreja.
Eu pergunto, então: Querem construir a Igreja? Estão animados? E amanhã, será que vão se esquecer que hoje disseram 'sim'?. Ah, assim estou gostando. Todos somos parte da Igreja. Mais do que isso, nos transformamos em construtores da Igreja e protagonistas da História. Jovens, por favor, sejam protagonistas, não fiquem na fila da História, não fiquem para trás. Vão lutando, construindo um mundo de paz, solidariedade, amor. Joguem sempre na linha de frente, no ataque!
São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós somos uma pedrinha da construção. Se faltar essa pedrinha, quando chover, vai se formar uma goteira e a casa vai alagar. Cada um desse pedacinho deve cuidar da segurança e da unidade da Igreja. E vai construir uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas? Não, Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: 'Ide e fazei discípulos entre todas as nações'! Nesta noite, respondamos-lhe: 'sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus!'
Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Repitam isso. Agora é com vocês. 'Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo'. Quero que pensem nisso, vocês disseram isso juntos, afinal. No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias e vejo muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixam que outros sejam protagonistas, sejam vocês. Vocês têm o futuro nas mãos. Por vocês, é que o futuro chegará. Peço que vocês também sejam protagonistas, superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às inquietações sociais políticas que se colocam em diversas questões do mundo. Peço que sejam construtores do mundo. Envolvam-se num mundo melhor. Por favor, jovens, não sejam covardes, metam-se, saiam para a vida. Jesus não ficou preso dentro de um casulo. Saiam do casulo. Saiam às ruas como fez Jesus.
Mas, fica a pergunta: por onde começar? A quem vamos pedir que se comece isso ou aquilo? Um dia perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que deveria mudar na Igreja, por onde começaria a mudar, ela respondeu: você e eu! Ela tinha muita garra e sabia por onde começar. Hoje, peço então a Madre Teresa e repito as palavras dela: começamos por mim e por você. Por favor, cada um, faça essa mesma pergunta: 'se tenho que começar por mim mesmo, por onde devo começar?' Abram seus corações para que Jesus possa falar por onde devem começar.
Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu 'sim' a Deus: 'Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra' (Lc1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra.ASSIM SEJA!
Acabamos recordar a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: 'Francisco, vai e repara a minha casa'. E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: 'Repara a minha casa. Mas qual casa?' Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a face de Cristo.
Também hoje o Senhor continua precisando dos jovens para a sua Igreja. Queridos jovens, o senhor precisa de vocês. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje nos chama. Não a todos e sim a cada um de vocês, individualmente. Escutem essa palavra nos seus corações. Ele vos fala.
Acredito que podemos aprender algo com o que aconteceu nos últimos dias. Tivemos que cancelar por mau tempo o evento no Campus Fidei Guaratiba. Não estaria o Senhor querendo nos dizer que o verdadeiro campo da fé, não é um ponto geográfico, mas sim nós mesmos? Sim. É verdade, cada um de nós e de vocês. Eu e vocês todos aqui somos discípulos missionários. O que quer dizer isso? Que nós somos o campo da fé de Deus.
Por isso mesmo, a partir da imagem do campo da fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira imagem é o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.
Primeiro. O campo como lugar onde se semeia.
Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo. Algumas sementes caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). O próprio Jesus explicou o sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus que é semeada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23).
Hoje, de modo especial, Jesus está semeando. Ao aceitar a palavra de Deus, nos tornamos o campo da fé. Por favor, deixe que a palavra do Senhor entre nas suas vidas. Deixe que entre em seus corações, germine, cresça. Deus faz tudo, mas vocês têm que permitir que Ele trabalhe nesse crescimento. Jesus nos diz que as sementes que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e entre espinhos não deram fruto. Acredito que, com muita sinceridade, podemos nos perguntar: 'Qual terreno somos ou queremos ser?' Talvez sejamos como o caminho: ouvimos o Senhor porém nos deixamos tumultuar por tantos apelos superficiais? E eu lhes pergunto, agora me respondam silenciosamente: ‘serei eu um jovem atordoado ou como o terreno pedregoso? Acolhemos Jesus com entusiasmo mas somos inconstantes e diante das dificuldades não ter a coragem de ir contra a corrente'. Respondam silenciosamente. 'Terei eu valor ou serei eu um covarde?' Ou será que somos como um terreno espinhoso? As palavras negativas sufocam a palavra de Deus? Tenho o costume de jogar dos dois lados, ficar de bem com Deus e com o Diabo? Será que quero receber as sementes de Jesus e de vez em quando regar os espinhos e o que cresce de mau nos meus corações?
Hoje, entretanto, tenho a certeza que a semente pode cair numa terra boa, como ouvimos nesses testemunhos. Como a semente caiu em boa terra. A pessoa diz que é uma calamidade: 'não sou boa terra, estou cheia de espinhos, Santo Padre'. Sim, isso pode acontecer. Mas deixe um pedacinho de terra boa, e permitam que ali caia a semente da palavra e verão que ela vai germinar, sim. Eu sei que vocês querem ser terra boa. O cristão quer ser isso, um cristão de verdade, não cristãos de fachada, mas sim autênticos. Sei que querem ser cristãos autênticos. Não cristãos de nariz empinado, pessoas que só parecem cristãos, mas não fazem nada. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento.
Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. É assim ou estou errado? Se é assim, façamos o seguinte. Todos em silêncio, olhando para dentro, para seus corações, e cada um fale com Jesus que quer receber a semente. Olhe Jesus. 'Jesus, tenho pedras, tenho espinhos, mas tenho esse cantinho de boa terra. Semeie aqui'. E em silêncio, permitem que Jesus plantem sua semente em boa terra. Lembrem-se desse momento. Cada um sabe o nome da semente que foi plantada agora. Deixem que frutifique. Deus vai cuidar dela.
Segundo. O campo como lugar de treinamento.
Além de ser um lugar de semeadura, o campo é um lugar de treinamento. Jesus nos pede que nós o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que 'joguemos no seu time'. Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Sim ou não? Pois bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo diz aos cristãos: 'Todo atleta se privam de tudo. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!' (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Algo maior que a Copa do Mundo!
Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz. E nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. É o que Jesus oferece. Mas ele pede que paguemos a ingresso. Jesus pede que treinemos para estar 'em forma', para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, dando testemunhos de fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é um diálogo diário com Deus que sempre nos escuta.
Agora vou perguntar. 'Eu rezo? Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio?' Deixe que o Espírito Santo fale aos seus corações. 'Será que faço isso?' Pergunte a Jesus: 'O que quer que eu faça? O que quer da minha vida?' Isso é treinar. Conversem com Jesus. E se cometerem um erro, um deslize, não temam. 'Jesus, olha o que eu fiz, o que faço agora?' Mas sempre fale com Jesus, nos bons e maus momentos, não tema. Essa é a oração. Assim vai se treinando o diálogo com Jesus. E também através dos sacramentos, que fazem crescer em nós o amor de Jesus, através do amor fraterno, do saber ouvir, perdoar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Esses são os treinamentos para se seguir Jesus: a oração, os sacramentos e o serviço ao próximo. Vamos repetir: oração, sacramentos e ajuda aos demais.
Terceiro. O campo como canteiro de obras.
Como vemos aqui, como tudo isso foi construído. Os jovens caminharam e construíram juntos a Igreja. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a palavra de Deus, quando se 'sua a camisa' procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história, em conjunto. Fizeram assim como São Francisco: construir e reparar a Igreja.
Eu pergunto, então: Querem construir a Igreja? Estão animados? E amanhã, será que vão se esquecer que hoje disseram 'sim'?. Ah, assim estou gostando. Todos somos parte da Igreja. Mais do que isso, nos transformamos em construtores da Igreja e protagonistas da História. Jovens, por favor, sejam protagonistas, não fiquem na fila da História, não fiquem para trás. Vão lutando, construindo um mundo de paz, solidariedade, amor. Joguem sempre na linha de frente, no ataque!
São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós somos uma pedrinha da construção. Se faltar essa pedrinha, quando chover, vai se formar uma goteira e a casa vai alagar. Cada um desse pedacinho deve cuidar da segurança e da unidade da Igreja. E vai construir uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas? Não, Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: 'Ide e fazei discípulos entre todas as nações'! Nesta noite, respondamos-lhe: 'sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus!'
Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Repitam isso. Agora é com vocês. 'Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo'. Quero que pensem nisso, vocês disseram isso juntos, afinal. No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias e vejo muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixam que outros sejam protagonistas, sejam vocês. Vocês têm o futuro nas mãos. Por vocês, é que o futuro chegará. Peço que vocês também sejam protagonistas, superando a apatia e oferecendo uma resposta cristã às inquietações sociais políticas que se colocam em diversas questões do mundo. Peço que sejam construtores do mundo. Envolvam-se num mundo melhor. Por favor, jovens, não sejam covardes, metam-se, saiam para a vida. Jesus não ficou preso dentro de um casulo. Saiam do casulo. Saiam às ruas como fez Jesus.
Mas, fica a pergunta: por onde começar? A quem vamos pedir que se comece isso ou aquilo? Um dia perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que deveria mudar na Igreja, por onde começaria a mudar, ela respondeu: você e eu! Ela tinha muita garra e sabia por onde começar. Hoje, peço então a Madre Teresa e repito as palavras dela: começamos por mim e por você. Por favor, cada um, faça essa mesma pergunta: 'se tenho que começar por mim mesmo, por onde devo começar?' Abram seus corações para que Jesus possa falar por onde devem começar.
Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu 'sim' a Deus: 'Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra' (Lc1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra.ASSIM SEJA!
Na íntegra o discurso do Pontífice no Palácio Guanabara
“Senhora Presidenta,
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome,para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: ‘A paz de Cristo esteja com vocês!’
Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’.
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens ‘botam fé’ em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.
Os pais usam dizer por aqui: ‘os filhos são a menina dos nossos olhos’. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”
Ilustres Autoridades,
Irmãos e amigos!
Quis Deus na sua amorosa providência que a primeira viagem internacional do meu Pontificado me consentisse voltar à amada América Latina, precisamente ao Brasil, nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro. Dou graças a Deus pela sua benignidade.
Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome,para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: ‘A paz de Cristo esteja com vocês!’
Saúdo com deferência a Senhora Presidenta e os ilustres membros do seu Governo. Obrigado pelo seu generoso acolhimento e por suas palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela minha presença em sua Pátria. Cumprimento também o Senhor Governador deste Estado, que amavelmente nos recebe na Sede do Governo, e o Senhor Prefeito do Rio de Janeiro, bem como os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto ao Governo Brasileiro, as demais Autoridades presentes e todos quantos se prodigalizaram para tornar realidade esta minha visita.
Quero dirigir uma palavra de afeto aos meus irmãos no Episcopado, sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor.
O motivo principal da minha presença no Brasil, como é sabido, transcende as suas fronteiras. Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’.
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variegadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens ‘botam fé’ em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos.
Ao iniciar esta minha visita ao Brasil, tenho consciência de que, ao dirigir-me aos jovens, falarei às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações.
Os pais usam dizer por aqui: ‘os filhos são a menina dos nossos olhos’. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”
RESENHA DO FILME MUITO ALÉM DO PESO
Segundo
o filme, Muito além do peso, a obesidade começou nos Estados Unidos depois da
Guerra Mundial. Antes as pessoas preparavam seus próprios alimentos. Mais
depois da guerra vieram muitas tecnologias como: geladeiras, caminhões e
alimentos processados que precisavam ser investidos de forma e rentável. E
começando pelos EUA e se espalhando por todo o mundo os alimentos
industrializados foram tomando conta de todos independentes de classe social e
cultura. Chegando aos lugares mais longínquos da terra.
A obesidade atinge de forma alarmante as
crianças e por conseqüência teremos uma geração obesa.
Segundo os
especialistas a obesidade é uma das maiores pandemias modernas, relacionadas a
outras pandemias como: a diabete tipo II doenças cardiovasculares, hipertensão,
doenças renais e pulmonares.
O excesso de peso ocasiona estresse,
depressão, câncer, artrite e trombose, colesterol alto, triglicéres, cansaço,
dores nas pernas. Problemas na visão e na audição e doenças nos membros
inferires podendo sofre amputações, segundo os especialistas.
Notamos em diversas cenas do filme onde as
crianças só se alimentam de produtos industrializados como: batata frita
salgados e de bebidas como suco artificiais e refrigerantes.
A obesidade se faz presente em todos os
lares, do mundo onde essa alimentação artificial e industrializada se encontra.
Assim também se originou grandes problemas para as condições de vida e saúde da
sociedade. O Palestrante adverte que os nossos filhos irão viver 10 (anos) a
menos por causa da alimentação.
No decorrer do filme percebemos a preocupação
de diversos profissionais de saúde que busca a solução para a obesidade principalmente
nas crianças. E nisso atribui a diversos fatores que contribui para o aumento e
o que pode ser feito pra que todos possam ter uma vida saudável.
Alguns dos especialistas atribuem a falta de atividade
física, ao s brinquedos cada dia mais voltados para a tecnologia, às crianças
que passam mais de 5 (cinco) horas na TV como fatores que aumentam ainda mais a
obesidade. Porque a criança consome mais
caloria do que a que perde.
O problema se tornou tão sério que as
crianças não reconhecem as frutas e legumes, mais não perde o nome e os sabores
dos alimentos industrializados que oferecem alto índice de gordura e açúcar.
Diante do filme percebe-se que o aumento do
consumo e onde todos procuram achar o causador e vais dando nomes para se
encontrar a forma de reduzir a realidade. Diversas propagandas, onde as crianças
tem como baba a TV como disse um especialista, mais os diretores de marketing
defende: dizendo que é o Governo responsável, pois é ele que fiscaliza que
determina a quantidade e a qualidade de proteínas e calorias; porém o Governo
atribui à sociedade e diz que não a nada a fazer se os pais se deixam
influenciar pelos seus filhos; outro especialista discorda e diz que é covardia
culpar os pais, pois muitos deles passam quase semanas fora de casa.
E enquanto se estende a discussão às empresas
investem cada vez mais em propagandas e o Governo diz que investe na educação
alimentar mais a ANVISA (Agência de Vigilância Alimentar), mostra infográfica
sobre obesidade, mais tem o apoio da coca-cola. O Ministério da Saúde que
recebe um título do McDonald’s, o qual se torna patrocinador das Olimpíadas. A
uma grande contradição.
O que percebemos no filme é que todos buscam
o culpado e todos são corresponsáveis pela questão alimentícias.
O Governo que por sua parcela oferece para
as escolas merendas todas industrializadas, nas escolas não se nota espaço para
educação física na prática e disciplina voltada para educação alimentar e
apóiam empresas que produz alimentos industrializados.
As empresas por vez só está preocupada nas
questões que são rentáveis investem em propagandas, marketing e brinquedos que
atraiam o público infantil.
As famílias que deixam ceder aos caprichos
dos filhos, a perda de valores familiares, onde a família se reunia na mesa. As
famílias deixou com que a TV e os computadores tirassem esse valor tão
importante. O prazer de cozinhar foi muito abordado por especialistas no filme.
E o que muito mim chamou atenção foi à desestruturação familiar, onde existem
muitas famílias composta de mães solteiras que trabalham o dia inteiro e os
filhos só dispõe dessa alimentação como disse uma mãe: “que eu saio para
trabalhar, mais leve a certeza que meus filhos estarão bem alimentados”.
Uma pediatra relatou que há 20 anos se
tratava de crianças desnutridas, hoje se inverteu a situação, é criança acima
do peso, onde o desmame é precoce e as mães fazem leite artificial. E cada dia
mais se acha que criança gordinha é saúde.
Assim chega-se a conclusão
de que a realidade da obesidade depende de tosos para ser mudada. Desde a
família buscando seus valore e cultura, ao Governo que prestem serviços com
qualidade sem deixar que a busca pelo poder aquisitivo tire o foco de uma
sociedade com as escolas que tenham todas as possibilidades possíveis para
atender a prioridade que a sociedade clama.
E as empresas como disse o especialista o
poder está em nossas mãos. Pois é o nosso dinheiro que elas querem e que elas
dependem, Portanto devemos optar por empresas que ofereçam produtos de
qualidade e que seja saudável. Lembrando de que quem trabalha nessas empresas
são pães e mães com os mesmos problemas e muito infelizes com a situação.
Os pais tem o poder de
liderar essa situação, conclui o especialista.
E no discurso final disse o palestrante: “o
meu desejo é que cada um de nós crie um momento sustentável para educar as
crianças sobre hábitos alimentares; inspirar as famílias a voltarem a cozinhar
e fortalecer as pessoas para lutar conta à obesidade”.
O filme dispensa comentários, pois os
especialistas demonstram o mesmo anseio que parte de cada um de nós.
Como Técnicos de Enfermagem seguindo as
atribuições anos reservada segundo a Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986. Podemos
utilizar de palestras nas salas de espera e de vacinas, buscar fazer palestras
nas escolas e instituições como: Igrejas, associações, etc. Mostrando a
importância dos bons hábitos alimentares, os alimentos que são importantes para
a saúde e as doenças que podem ser causadas com o consumo elevado de alimentos inadequados.
Sem deixar de salientar sobre as doenças que decorrem da não alimentação saudável
como: obesidade, hipertensão, diabetes e outras.
Assim como diz o filme a família é o primeiro
lugar que deve ser alcançado para educação alimentar. Seguindo do das escolas e
do Governo com as ações preventivas e que correspondam às necessidades da
população
Sabemos que o Brasil e o mundo fazem diversas
leis, mais que na verdade poucas são cumpridas. Mais uma realidade reaviva a
nossa esperança,quando o povo se une a lutar para alcançar os seus objetivos
concerteza teremos uma sociedade sadia, com menos peso e muito mais saúde
Oração de São Jorge
São Jorge cavaleiro
em seu cavalo branco matou o dragão da maldade.
Sua espada Ele pegou
para cortar todo mal que impedem a minha fé em
Nosso Senhor Jesus Cristo
No caminho viajou.
Na casa de Nosso
Senhor Jesus Cristo Chamou:
Saiu um Anjo que
Jesus Cristo mandou despachar
Uma matriz , mais uma Cruz atrás e outra na frente,
peito de aço coração
de bronze.
SE os teus inimigos
tiver olhos não ti enxergarão; Se tiverem pernas ,não ti alcançarão; Se tiverem
armas de ferro para ti intimidar, cairão
das mãos; Se Tiverem arma de fogo para
ti atirar, irá correr água pelo cano, como correu água no Rio de Jordão, onde
foi Batizado São João Batista.
Judas traiu Nosso
Senhor Jesus Cristo na Quinta-feira Santa.
Na paixão de Nosso
Senhor Jesus Cristo a terra tremeu a luz, mais não tremereis dos inimigos com a
proteção de Nosso Senhor Jesus Cristo.
São João que mim
livre de todos os perigos que insiste nesta vida.
O manto de Nossa
Senhora mim cubra, Amém
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
O que é uma Alimentação
Saudável?
A
contagem de carboidratos deve ser inserida no contexto de uma alimentação
saudável, que nada mais é do que aquela capaz de oferecer todos os nutrientes
necessários para o corpo humano, promovendo saúde e bem-estar. Uma boa
alimentação é importante para todas as pessoas, pois é a partir dos alimentos
que o organismo retira os nutrientes necessários para seu crescimento e
desenvolvimento, manutenção de tecidos, resistência às doenças, etc.
Uma das
grandes conquistas na área de nutrição, e mais especificamente na terapia
nutricional em diabetes, é a individualização do plano alimentar, respeitando
necessidades nutricionais, hábitos alimentares, estado fisiológico, atividade
física, medicação e situação socioeconômica.
Assim,
para uma pessoa suprir suas necessidades nutricionais é necessário haver a
combinação de vários alimentos, pois alguns nutrientes estão mais concentrados
em um determinado grupo de alimentos do que em outro.
A
pirâmide alimentar pode ser um bom guia na escolha de alimentos para compor as
refeições do plano alimentar.
CALORIA
DOS ALIMENTOS
Define-se
como caloria a representação métrica de energia produzida por determinados
nutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios)quando metabolizados pelo organismo.
O carboidrato e a proteína, quando totalmente metabolizados no organismo, geram
4kcal de energia por grama, enquanto o lipídio (gordura) gera 9kcal. Em
contrapartida, outros nutrientes, como vitaminas 9 manual oficial de contagem
de carboidratos sbd e minerais (a exemplo do cálcio, do ferro e do iodo), não
geram energia, mas são de extrema importância para o organismo, pois são
compostos que ocorrem em quantidades diminutas nos alimentos e têm funções
específicas e vitais nas células e nos tecidos do corpo humano. A água,
igualmente essencial à vida, embora também não seja geradora de energia, é o
componente fundamental do corpo humano,ocupando dois terços do organismo. O
álcool, por outro lado, é uma substância que, ao ser metabolizada, gera energia
alimentar (1g de álcool possui aproximadamente 7kcal), porém não é considerado
um nutriente por não contribuir para o crescimento, a manutenção ou o reparo do
organismo.
MACRONUTRIENTES
Carboidratos (glicídios)
Apesar de a Associação Americana de Diabetes (ADA, 2003)recomendar que a quantidade de carboidratos seja estabelecida de acordo com as metas de tratamento na prática, utiliza-se uma recomendação diária de 50% a 60%do valor calórico total.
Carboidratos (glicídios)
Apesar de a Associação Americana de Diabetes (ADA, 2003)recomendar que a quantidade de carboidratos seja estabelecida de acordo com as metas de tratamento na prática, utiliza-se uma recomendação diária de 50% a 60%do valor calórico total.
A
classificação dos carboidratos reflete o fato de que todos se transformam a
partir da glicose, originando unidades mais simples e mais complexas. Os
carboidratos simples mais encontrados nos alimentos são glicose, frutose,
sacarose e lactose e, entre os complexos, o amido.
As fibras
são também classificadas como carboidratos e são importantes na manutenção e no
bom desempenho das funções gastrointestinais e conseqüente prevenção de algumas
doenças.
As fibras
são classificadas como solúveis e insolúveis, tendo as primeiras importante
função no controle glicêmico. As fibras insolúveis são importantes na
fisiologia intestinal. A recomendação é a ingestão de 21-30g de fibras,
quantidade igual à aconselhada para a população em geral.
Proteínas
Proteínas
As
proteínas do plano alimentar estão envolvidas na síntese do tecido protéico e
em outras funções metabólicas específicas, como processos anabólicos,fonte de
energia,papel estrutural, etc.
A
recomendação de ingestão diária é, em geral, de 15% a 20%do valor calórico
total. Para pacientes diabéticos que apresentam complicações da doença, a
quantidade protéica a ser ingerida deve receber orientação nutricional
específica.
Lipídios
Lipídios
Os
lipídios são componentes orgânicos dos alimentos que, por conterem menos
oxigênio que os carboidratos e as proteínas, fornecem taxas maiores de energia.São
também importantes condutores de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)e possuem
ácidos graxos essenciais.
Na
prática, recomenda-se uma ingestão diária de até 30% do valor calórico total.
Porém, a Associação Americana de Diabetes recomenda que os lipídios sejam
estabelecidos de acordo com as metas do tratamento, distribuindo os 30% em até
10% de ácidos graxos saturados, 10% de monoinsaturados e 10% de
poliinsaturados.
EFEITOS
DOS NUTRIENTES NA GLICEMIA
Contagem de carboidratos: definição
Contagem de carboidratos: definição
Os
macronutrientes, como geradores de energia, são as fontes exógenas de produção
de glicose. forma, influenciam diretamente a elevação da glicemia. Contudo não
são todos absorvidos e utilizados em sua totalidade ou na mesma velocidade.
Entre 35%e 60%das proteínas são convertidas em glicose em três a quatro horas e
somente 10%das gorduras podem ser convertidas em aproximadamente cinco horas ou
mais.
O
carboidrato é o nutriente que mais afeta a glicemia – quase 100% são
convertidos em glicose em um tempo que pode variar de 15 minutos a duas horas.
Os estudos mostram que os carboidratos simples não necessitam ser tão
restringidos como no passado e podem constituir um terço da ingestão total de
carboidratos. Os não-refinados, com fibra natural intacta, têm distintas vantagens
sobre as versões altamente refinadas, em virtude dos seus outros benefícios,
tais como menor índice glicêmico, maior saciedade e propriedades de ligação com
o colesterol. Por volta de 1980, as Associações Americana e Britânica de
Diabetes finalmente abandonaram a antiquada estratégia de dietas restritas em
carboidratos para os indivíduos diabéticos, visando, em lugar disso, uma dieta
controlada em gorduras, porém mais rica em carboidratos complexos e fibras
alimentares. A Figura 2 mostra a resposta glicêmica de alguns alimentos fontes
de carboidratos.
Desta
forma, os carboidratos, de todos os macronutrientes, são os maiores
responsáveis pela glicemia pós-prandial, evidenciando que a prioridade deve ser
a quantidade total de carboidrato, e não mais a qualidade do mesmo. Vale
ressaltar que os macronutrientes podem estar presentes de maneira combinada em
um único alimento e/ou refeição e podem, desta forma, alterar a resposta
glicêmica.
Onde encontrar carboidratos
Os
carboidratos podem ser conhecidos como glicídios, hidratos de carbonos,
açúcares ou através de algumas siglas, como HC, CHO. Podem ser encontrados
adicionados ou naturalmente nos alimentos. Os alimentos que devem ser
contabilizados quanto à quantidade de carboidratos são: pães, biscoitos e
cereais; macarrão, arroz e grãos; vegetais; leite e iogurtes; frutas e sucos;
açúcar, mel e alimentos que contêm açúcar. Outros contêm carboidrato e
proteína, como feijão, ervilha, lentilha e soja; e ainda existem outras
combinações que contêm carboidrato, proteína e gordura, como pizzas e sopas.
Aplicando a contagem de carboidratos
Aplicando a contagem de carboidratos
Para o
método de contagem de carboidratos é importante levar em conta o total de
carboidratos consumido por refeição. A distribuição deverá obedecer às
necessidades diárias, previamente definidas, deste nutriente associadas com a
anamnese do indivíduo, onde se identifica o consumo real por refeição.
Entre os
métodos de contagem de carboidratos existem dois que são mais amplamente
utilizados.
Lista de equivalentes e contagem em gramas de carboidratos
No método 1, os alimentos são agrupados de tal forma que cada porção de alimento escolhido pelo paciente corresponde a 15g de carboidratos, classificando-os em categorias (grupo de alimentos) e porções de uso habitual de nossa realidade. Os grupos são formados com base na função nutricional e na composição química.
Lista de equivalentes e contagem em gramas de carboidratos
No método 1, os alimentos são agrupados de tal forma que cada porção de alimento escolhido pelo paciente corresponde a 15g de carboidratos, classificando-os em categorias (grupo de alimentos) e porções de uso habitual de nossa realidade. Os grupos são formados com base na função nutricional e na composição química.
A lista
de equivalentes, trocas, substitutos ou escolhas (Tabela 1)classifica em
categorias e porções baseadas em gramas de carboidratos, proteínas e gordura.
Usar a lista de equivalentes no plano alimentar facilita a contagem de
carboidratos (Anexo 1).
No plano
alimentar, pode haver trocas de porções de amido por porções de frutas. Isto
pode acontecer porque um equivalente de cada porção de amido ou fruta fornece
15g de carboidratos. Os alimentos do grupo do leite fornecem 12g de carboidrato
(Tabela 1).
O método
2 consiste em somar os gramas de carboidratos de cada alimento por refeição,
obtendo-se informações em tabelas e rótulos dos alimentos. Pode-se, de acordo
com a preferência do paciente e com os carboidratos predefinidos por refeição,
utilizar qualquer alimento (Tabela 2). É importante lembrar que o peso do
alimento (em gramas)é diferente do total (em gramas)de carboidrato do alimento.
Um alimento pode pesar 250g e conter apenas 15g de carboidrato.
É
possível utilizar o manual para avaliar gramas de carboidratos de uma refeição
(Tabela 2).
Qual o melhor método?
O método
de contar carboidratos por gramas oferece informações mais precisas, porém mais
trabalhosas, pois para o bom ajuste é importante que se pesem e meçam os
alimentos, utilizando informações de embalagens e tabelas de referência.
Estimar carboidratos por substituições é um método mais simples, mas não tão
preciso.
A escolha
do método deve ir ao encontro da necessidade do paciente e à do profissional
responsável pela orientação, sendo que muitas vezes estes métodos podem ser
utilizados ao mesmo tempo.
Iniciando a contagem de carboidratos
Iniciando a contagem de carboidratos
Após
definidas as necessidades nutricionais (valor energético total [VET]),
calcula-se a quantidade de carboidratos em gramas ou por número de
substituições por refeição.
Contagem de carboidratos em diabetes melito tipo 2 (DM2)
Verifique um exemplo de como poderia acontecer:
* calcula-se o VET de 1.800kcal;
* consideram-se 60%de CHO – isto se traduz em 270g de CHO a serem distribuídos no dia todo;
* de acordo com a anamnese, define-se a quantidade de carboidratos/refeição (na Tabela 3 é apresentada apenas uma refeição: café da manhã).
Contagem de carboidratos em diabetes melito tipo 2 (DM2)
Verifique um exemplo de como poderia acontecer:
* calcula-se o VET de 1.800kcal;
* consideram-se 60%de CHO – isto se traduz em 270g de CHO a serem distribuídos no dia todo;
* de acordo com a anamnese, define-se a quantidade de carboidratos/refeição (na Tabela 3 é apresentada apenas uma refeição: café da manhã).
Deve-se
observar que há diferenças entre os dois métodos no total de carboidratos por
refeição.No método 1, o total é de 60g, relativos a 4 substituições x 15. No
método 2, o total é de 51g. Esta variação não implica erros, mas deverá ser
considerada na prescrição do tratamento, sendo a monitorização primordial para
o sucesso da terapia.
Em
pacientes com controle alimentar exclusivo e/ou em uso de antidiabético oral, é
importante estimular a ingestão das mesmas quantidades de CHO por refeição,
sempre nos mesmos horários. No exemplo são utilizados 51g de carboidratos ou
quatro substituições para o café da manhã.
Existem
situações especiais em que pacientes com controle alimentar e em uso de
antidiabético oral que estimula a liberação da insulina e que é utilizado nas
refeições devem ser considerados pela equipe para maior flexibilização do plano
alimentar.
Contagem de carboidratos em diabetes melito tipo 1(DM1)
Contagem de carboidratos em diabetes melito tipo 1(DM1)
Em
terapia convencional
Seguindo
o exemplo abaixo é possível visualizar as condutas para o DM1 em terapia
convencional.
Verifique
um exemplo de como poderia acontecer:
* um adulto com diabetes tipo 1;
* calcula-se o VET de 2.500kcal;
* consideram-se 60%de CHO – isto se traduz em 375g de CHO a serem distribuídos no dia todo;
* de acordo com a anamnese, define-se a quantidade de carboidratos/refeição (na Tabela 4 é apresentada apenas uma refeição: café da manhã).
* um adulto com diabetes tipo 1;
* calcula-se o VET de 2.500kcal;
* consideram-se 60%de CHO – isto se traduz em 375g de CHO a serem distribuídos no dia todo;
* de acordo com a anamnese, define-se a quantidade de carboidratos/refeição (na Tabela 4 é apresentada apenas uma refeição: café da manhã).
Deve-se
observar que há diferenças entre os dois métodos no total de carboidratos por
refeição. Utilizando-se o método 1, o total é de 75g, relativos a 5
substituições x 15. Pelo método 2, o total é de 65g. Esta variação não implica
erros, mas deverá ser considerada na prescrição do tratamento, sendo a
monitorização primordial para o sucesso da terapia.
Assim
como no DM2, é importante estimular a ingestão das mesmas quantidades de CHO
por refeição, sempre nos mesmos horários. Nesta terapia não existe a
possibilidade de flexibilização das quantidades de carboidratos a serem
ingeridas, apenas das substituições.
Em
terapia intensiva com múltiplas doses
Neste
tipo de terapia é possível definir a quantidade de insulina rápida ou
ultra-rápida em função da quantidade de carboidratos por refeição.
As doses
de insulina para cobrir os gramas de carboidratos são denominadas bolos de
alimentação e poderão ser aproximadas, em terapia de múltiplas doses, de acordo
com a evolução das glicemias pós-refeição.
Entre as
formas de estabelecer a razão carboidrato versus insulina, algumas regras podem
ser utilizadas, como:
* para o adulto pode-se partir de uma regra geral onde 1UI de insulina rápida ou ultra-rápida cobre 15g ou uma substituição de carboidrato. Pode-se também utilizar o peso corporal para estimar a relação insulina: CHO, de acordo com a Tabela 5;
* para crianças e adolescentes, a relação é de uma unidade de insulina para 20-30g de HC, ou pode-se utilizar a regra de 500, onde se dividem 500 pela dose total de insulina/dia.
* para o adulto pode-se partir de uma regra geral onde 1UI de insulina rápida ou ultra-rápida cobre 15g ou uma substituição de carboidrato. Pode-se também utilizar o peso corporal para estimar a relação insulina: CHO, de acordo com a Tabela 5;
* para crianças e adolescentes, a relação é de uma unidade de insulina para 20-30g de HC, ou pode-se utilizar a regra de 500, onde se dividem 500 pela dose total de insulina/dia.
De acordo
com os exemplos acima, se o paciente estiver em terapia intensiva com duas
aplicações de picos de insulina NPH, utilizando a razão de 1:15, pelo método 2,
consumindo 65g de carboidratos nesta refeição, necessitará de 4, 3UI de
insulina, aproximando-se de 4UI (rápida ou ultra-rápida). Caso seja utilizado o
método 1, isto é, o das substituições, ele estaria utilizando cinco
substituições e necessitaria de 5UI de insulina (rápida ou ultra-rápida).
Estas
regras devem funcionar como um ponto de partida, necessitando ser adequadas
individualmente, conforme o tipo de terapia insulínica, a análise da
sensibilidade insulínica, os fatores que influenciam esta relação, as
particularidades e a rotina de cada um. Isto será considerado pela equipe
durante a fase de adaptação ao método.
Admitindo-se
que possa ocorrer associação entre os picos de ação de insulina NPH e da
insulina de ação rápida e ultrarápida, não se recomenda a aplicação de bolos de
alimentação para os lanches intermediários. Quando em uso de glargina, a
necessidade de bolo para estes lanches deve ser reavaliada através da
monitorização.
Em terapia intensiva com bomba de infusão
Em terapia intensiva com bomba de infusão
Na
terapia com bomba, a contagem de carboidrato é imperativa, pois a bomba é capaz
de liberar com precisão a insulina necessária 24 horas ao dia, tentando imitar
a secreção insulínica de um pâncreas saudável. Em todas as refeições o bolo de
alimentação deverá ser administrado em doses mais precisas.
Utilizando
o exemplo anterior, o paciente não necessitaria aproximar o bolo de
alimentação, ou seja, ele aplicaria exatamente 4,3UI de insulina, e não 4UI.
Embora o
fracionamento das refeições seja sempre enfatizado como uma prática saudável,
torna-se imprescindível nos pacientes em terapia convencional e múltiplas doses
com NPH pelo maior risco de apresentarem hipoglicemia, o que não ocorre com os
pacientes em terapia de múltiplas doses com glargina e bombas de infusão de
insulina.
O momento
para aplicação de insulinas de ação rápida e ultra-rápida:
- insulina rápida – 30 minutos a uma hora antes das refeições;
- insulina ultra-rápida –15 minutos ou imediatamente antes das refeições.
Estas
recomendações devem ser seguidas por aquelas pessoas que têm certeza que vão
consumir integralmente o que foi estabelecido para uma determinada refeição. No
caso das crianças, sugere-se que a aplicação dos bolos seja feita imediatamente
após a ingestão do alimento, sendo a quantidade ajustada à real ingestão.
CONSIDERAÇÕES
IMPORTANTES
Açúcar e doces
Açúcar e doces
Os
portadores de diabetes podem incluir o açúcar em seu plano alimentar desde que
o total de carboidratos fornecidos por ele seja contabilizado dentro da
proposta de uma alimentação saudável.
É
importante alertar, porém, que doces e açúcares não contêm fibras, vitaminas ou
minerais e, além disso, mesmo que em pequenas porções, contêm muitas calorias,
podendo conduzir ao ganho de peso.
Fibras
Fibras
As fibras
são encontradas nos vegetais, principalmente em folhas, talos, raízes,
sementes, bagaços e cascas. As principais fontes são frutas, verduras, legumes,
farelos de aveia e de cevada, além das leguminosas.
As fibras
diminuem a absorção dos carboidratos. Como mencionado, embora pertençam ao
grupo de carboidratos, as fibras não são digeridas e absorvidas como os demais
de sua referida classe. Sua função principal é auxiliar no melhor desempenho
gastrointestinal, sendo basicamente expelidas por completo. Em alguns casos,
quando o alimento contiver cinco ou mais gramas de fibras por porção, deve-se
subtrair tal valor do total de gramas de carboidrato calculado, a fim de
determinar quanto carboidrato será convertido em glicose.
Por
exemplo: em um alimento que contém 48g de carboidrato e 8g de fibra, devemos
reduzir os 8g de fibra do total de carboidrato:
* 48g de carboidrato - 8g de fibra = 40g de carboidrato disponível (a ser transformado em glicose)
* 48g de carboidrato - 8g de fibra = 40g de carboidrato disponível (a ser transformado em glicose)
Deve-se
ficar atento à quantidade de fibras encontradas nos rótulos dos alimentos,
principalmente no caso de frutas secas e farelos.
Índice glicêmico
Os alimentos diferem na sua resposta glicêmica e, embora as dietas com baixo índice glicêmico possam reduzir a resposta glicêmica pós-prandial, os estudos a longo prazo não têm confirmado estes achados. Desta forma, a monitorização da glicemia ainda é considerada um guia para identificar as respostas específicas de cada alimento sobre a glicemia.
Proteínas
Índice glicêmico
Os alimentos diferem na sua resposta glicêmica e, embora as dietas com baixo índice glicêmico possam reduzir a resposta glicêmica pós-prandial, os estudos a longo prazo não têm confirmado estes achados. Desta forma, a monitorização da glicemia ainda é considerada um guia para identificar as respostas específicas de cada alimento sobre a glicemia.
Proteínas
As
quantidades de proteína são importantes, embora não sejam o principal foco na
contagem de carboidratos. Aproximadamente 35% a 60% da proteína ingerida é
convertida em glicose, elevando a glicemia em aproximadamente quatro horas. O
efeito das proteínas na glicemia deverá ser considerado se ultrapassar uma
porção (na refeição), como acontece.
Veja o exemplo abaixo:
* 1 bife (médio)=90g;
* raciocínio: 90g carne = 25g proteína. Considerando que 60% se convertem em glicose, 25 x 0,6 = 15g de carboidrato.
Veja o exemplo abaixo:
* 1 bife (médio)=90g;
* raciocínio: 90g carne = 25g proteína. Considerando que 60% se convertem em glicose, 25 x 0,6 = 15g de carboidrato.
É
conveniente, também, lembrar que, quando ingerimos quantidades excessivas de
proteína em uma refeição, acabamos por ingerir mais gordura e,se a perda
ponderal for indicada, isto deverá ser levado em consideração.
Gorduras
Gorduras
A gordura
dos alimentos também eleva a glicemia apenas quando ingerida em grandes
quantidades, embora tenha alto teor calórico. Isto porque apenas 10% do seu
total é responsável pelo aumento da glicose. Além disto, por ser um
macronutriente de lenta absorção, tal elevação resultante pode ocorrer apenas
quatro a cinco horas após sua ingestão.
Os
portadores de diabetes com excesso de peso devem reduzir a quantidade de
gorduras na dieta por serem estas extremamente calóricas. A redução de peso
corporal resultará na melhora da ação da insulina e conseqüentemente na melhora
do controle glicêmico. A diminuição da gordura na dieta também trará como
benefício a redução do colesterol e dos triglicerídeos.
Bebidas alcoólicas
Bebidas alcoólicas
A
ingestão de bebidas alcoólicas, sem alimentos, pode provocar hipoglicemia tanto
em pessoas que usam insulina como naquelas que utilizam hipoglicemiantes orais.
Assim, não se deve beber de estômago vazio. Deve-se observar o comportamento do
organismo com a ingestão de álcool, realizando glicemias antes e duas horas
após, para avaliar e adequar a dose de insulina a ser administrada. O álcool
não é convertido em glicose, e sim metabolizado de forma semelhante às
gorduras. Não deve ser considerado escolha de carboidrato no momento da decisão
de quantas unidades de insulina devem ser aplicadas. Um grama de álcool
contribui com 7kcal no plano alimentar.
Portadores
de diabetes que utilizam antidiabéticos orais podem apresentar reações como
palpitações, rubor facial e calor ao ingerirem bebida alcoólica. O limite de
ingestão de álcool recomendado pela ADA é de duas porções/semana, ou seja, duas
latas de cerveja (350ml cada), ou duas taças de vinho seco (150ml cada), ou
duas doses de bebida destilada (50ml cada).
Monitorização
Monitorização
O maior
objetivo da terapia nutricional é alcançar o controle glicêmico; assim, a
automonitorização se torna imprescindível tanto no DM1 quanto no DM2.
Deve-se
incentivar o paciente a medir as glicemias pré-prandiais e duas horas
pós-prandiais e, em seguida, inserir os dados das glicemias em um diário e/ou
programa específico do glicosímetro, para que os resultados sejam revisados,
avaliados e utilizados, auxiliando na determinação de suas necessidades
nutricionais, esquema medicamentoso e atividade física.
A equipe de saúde deve negociar individualmente as metas de glicemia e freqüência, evidenciando que todo e qualquer resultado obtido na glicemia será útil,ajudando a avaliar quando as metas estão sendo alcançadas, ou quando precisamos rever algum detalhe. Nem toda glicemia alterada é reflexo de um abuso alimentar. Estresse, infecção, mudança na atividade física, dose incorreta da medicação são causas que devem ser investigadas.
A equipe de saúde deve negociar individualmente as metas de glicemia e freqüência, evidenciando que todo e qualquer resultado obtido na glicemia será útil,ajudando a avaliar quando as metas estão sendo alcançadas, ou quando precisamos rever algum detalhe. Nem toda glicemia alterada é reflexo de um abuso alimentar. Estresse, infecção, mudança na atividade física, dose incorreta da medicação são causas que devem ser investigadas.
Aos
pacientes em terapia insulínica intensiva podem-se ensinar técnicas de como
corrigir as hiperglicemias. Ao avaliar as glicemias pré e pós-prandiais,
monta-se a tabela de correção, onde a equipe evidencia intervalos de glicemia,
determinando respectivas doses de insulina rápida/ultra-rápida a serem
aplicadas.Outra técnica utilizada é que 1UI diminui a glicemia em 45mg/dl
aproximadamente.
Vale
ressaltar que a sensibilidade insulínica, ou seja, a capacidade média da
insulina em baixar a glicemia plasmática, é individual, não podendo ser
aplicada uma mesma regra para todos os indivíduos. Tempo de diabetes, horários,
quantidade total de insulina no dia podem auxiliá-lo.
Hipoglicemia
Hipoglicemia
A
automonitorização é útil para a identificação de hipoglicemias que podem
ocorrer sem sintomas, principalmente nos pacientes com muito tempo de
diagnóstico do diabetes.
Na
presença de glicemias inferiores a 60mg/dl, deve-se proceder da seguinte
maneira:
* ingerir 15g de carboidratos simples, como, por exemplo:
– uma colher de sopa rasa de açúcar;
– 150ml de refrigerante comum (não-dietético);
– 150ml de suco de laranja;
– três balas de caramelo;
* aguardar 15 minutos e verificar a glicemia (ponta de dedo) novamente. Caso a glicemia permaneça menor do que 70mg/dl, repetir o esquema anterior.
* ingerir 15g de carboidratos simples, como, por exemplo:
– uma colher de sopa rasa de açúcar;
– 150ml de refrigerante comum (não-dietético);
– 150ml de suco de laranja;
– três balas de caramelo;
* aguardar 15 minutos e verificar a glicemia (ponta de dedo) novamente. Caso a glicemia permaneça menor do que 70mg/dl, repetir o esquema anterior.
O consumo
de açúcar poderá acontecer desde que o controle glicêmico esteja perfeito. O
consumo excessivo desses alimentos acarretará ganho de peso e aumento da
necessidade de insulina, que poderá ser prejudicial à saúde, além de não
contribuir com nutrientes essenciais.
Importante
fazer as seguintes orientações:
* ingerir somente a quantidade de carboidrato planejada;
* testar a glicemia de 1h30 a 2h e 4h a 5h após a refeição;
* o ideal é que depois de duas horas a sua glicemia esteja menor do que 140mg/dl (de 100 a 140 mg/dl).
* ingerir somente a quantidade de carboidrato planejada;
* testar a glicemia de 1h30 a 2h e 4h a 5h após a refeição;
* o ideal é que depois de duas horas a sua glicemia esteja menor do que 140mg/dl (de 100 a 140 mg/dl).
O
profissional da saúde deverá orientar o paciente nas ocasiões especiais.
Exercício e condicionamento físico
Exercício e condicionamento físico
O
exercício físico é recomendado pela ADA como um componente do tratamento do
diabetes. Tanto no diabetes tipo 1 como no tipo 2, o exercício físico pode
melhorar a sensibilidade à insulina, baixar os níveis de glicose sangüínea e
ter efeitos psicológicos positivos. Para prevenir hipoglicemias e
hiperglicemias, são necessários ajustes na dosagem de insulina, monitorização
capilar e atenção com o plano alimentar, principalmente em torno do horário da
atividade física. O condicionamento determina a fonte a ser utilizada durante a
prática de atividades físicas. Quanto menos condicionada a pessoa para certo
exercício específico, maior a probabilidade de queda glicêmica. Com o tempo,
conforme o indivíduo adquire condicionamento, os depósitos de glicogênio se
expandem, a eficiência muscular aumenta e a glicemia sofre menor ou nenhuma
queda. Note que isto também vale para atividades que envolvam diferentes
músculos.
A conduta
a ser adotada dependerá do tipo de insulinoterapia aplicada. Em pacientes com a
bomba de insulina, a função de redução temporária da basal (insulina
administrada para a glicose do fígado) é ativada e a prévia ingestão de
alimentos será necessária apenas se a glicemia estiver abaixo do patamar
estipulado pelo método. Também os usuários da bomba têm liberdade de praticar
esportes mais espontaneamente, já que não existe insulina estocada, não sendo
necessário considerar os picos de insulina NPH.
Para os
pacientes em múltiplas doses, a contagem de carboidratos será mais uma aliada
no combate às hipoglicemias provocadas pelo exercício físico, pois com a
técnica será possível aumentar a quantidade de gramas de carboidratos sem mexer
com a dose de insulina (bolo)relativa à refeição anterior à atividade física,
proporcionando, assim, uma relação menor de insulina/CHO ou, ainda,
principalmente no caso do paciente com excesso de peso, diminuir a dose da
insulina do bolo da refeição anterior à atividade física sem mexer com a
ingestão dos carboidratos. No esquema convencional de insulina é recomendado
apenas adicionar cotas de carboidratos na refeição que precede a atividade
física e manter a monitorização. A quantidade e o tipo de carboidrato a ser
adicionado deverão ser condicionados à intensidade e ao tempo de duração da
atividade física e às variações individuais de sensibilidade. É importante
lembrar que os efeitos da atividade física podem ser tardios e, mais uma vez, a
monitorização passa a determinar o tipo de intervenção.
Em
qualquer caso, porém, a prática de atividades físicas é recomendada e
bem-vinda, pois os exercícios aumentam a sensibilidade à insulina, tendendo a
diminuir o nível de glicose no sangue.
Gestação
Gestação
A sensibilidade
insulínica varia no decorrer da gestação, sendo imprescindível a monitorização
constante para reconhecer as variações da sensibilidade insulínica,
determinando-as e alternando-as em tempo correto.
Desta
forma, deve-se também atentar para prováveis alterações das relações de bolo x
carboidrato ao longo do dia e conforme o ciclo gestacional.
Rótulo dos alimentos
Rótulo dos alimentos
É
importante conhecer a composição dos alimentos que serão consumidos observando
o rótulo contido na embalagem. A informação nutricional do alimento mostra as
quantidades de macronutrientes, fibras, entre outros, em gramas por porção do
alimento. Vale ressaltar a importância de os pacientes serem estimulados à
pesagem dos alimentos que serão consumidos para definição do tamanho da porção,
caso a informação contida no produto seja por 100g (Tabela 6).
Como
proceder à leitura de rótulos com informação nutricional por porção (na
embalagem):
* checar o tamanho da porção que está sendo avaliada na embalagem (nem sempre é o tamanho da porção que será consumida);
* quantidade total de gordura:até 5g/porção de alimento é saudável;
* quantidade total de carboidratos;
* valor calórico.
* checar o tamanho da porção que está sendo avaliada na embalagem (nem sempre é o tamanho da porção que será consumida);
* quantidade total de gordura:até 5g/porção de alimento é saudável;
* quantidade total de carboidratos;
* valor calórico.
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