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sábado, 10 de setembro de 2011

Homilia da Festa da Assunção de Nossa Senhora


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado e a nossa Mãe Maria Santíssima.
Irmãos e irmãs. Quando pronunciamos o louvor a Deus, a Jesus Cristo nós nunca nos esquecemos da Mãe Maria, Não é verdade? Sim. E não o podemos esquecer mesmos. Pois Maria ela é a Mãe de Jesus Cristo o Filho de Deus, isso é dogma de fé. Ela não é deusa, mas é a Mãe do nosso Salvador.
Hoje é um dia por excelência que celebramos o dia da Assunção de Maria. Liturgicamente deixamos o Tempo Comum para da ênfase a esse grande dia que revela essa mulher simples, humilde, mas que se doou totalmente ao chamado de Deus para a realização do seu projeto de salvação, onde Deus O predestinou ornando de graças e de bênçãos lhe concedeu a liberdade de ser a Nova Eva que contraditoriamente ao invés de dizer sim ao pecado Maria deu seu Sim a Deus, tornando-se a Mãe do Salvador Cristo.E assumindo a missão de Primeira Cristã numa intima relação com a Santíssima Trindade que filha de Deus Pai,pois ela foi criada por Deus;Mãe de Deus, pois aceitou ser a Mãe de Jesus e esposa do Espírito Santo,pois o Espírito Santo foi quem gerou em sua puríssima entranha Jesus Cristo.
A festa da Assunção de Nossa senhora celebrada hoje dia 15 de Agosto  nos lembra como Maria foi recebida na glória de Deus em virtude de todos os seus atos na vida terrena. A assunção de Nossa Senhora foi Proclamada dogma pelo Papa pio XII. Por isso a Igreja hoje põe em evidência o caráter especial da santificação pessoal de Maria, a que o pecado não o tocou desde seu nascimento até a sua morte, e que por sua fidelidade a Deus, Ela recebeu a glorificação de corpo e alma.
Maria glorificada na Assunção, isso quer nos dizer que ela é uma criatura que atingiu a plenitude humana da salvação. Para nós cristãos, a Ressurreição é nossa etapa conclusiva da salvação é o que nos diz a primeira leitura de hoje (1Cor15,10-27) que somos chamados por Cristo para a glória. O Apostolo Paulo fala da Ressurreição do Senhor Jesus Cristo da sua vitória sobra a morte. Paulo nos indica que Jesus que Ressuscitou como primícias. As primícias para os judeus eram os frutos da colheita que deveria ser sempre entregues a Deus. Paulo afirma que Jesus como o primeiro a ressuscitar sempre foi entregue para Deus, como o primeiro a ressuscitar para nos dar a certeza da ressurreição. O Apostolo Paulo nos faz lembrar quando ele se refere à comunidade dos Coríntios, que  Jesus vencendo todo o mal, destruirá a morte e reinará sobre todos.Maria foi elevada ao céu,como resultado concreto da Páscoa de Jesus Cristo!E Ela sendo criatura que viveu o perfeito projeto do Pai aqui na terra, vencendo a cada dia o pecado Ela recebe de Deus essa plenificação na eternidade. Plena de graça Ela foi reconhecida quando foi escolhida para ser Mãe do Salvador e plena e da Glória, pois Ela ao contrário da primeira Eva Maria permaneceu fiel a Deus por toda sua vida tornado-se digna e digna da Assunção ao Céu.
Irmãos e irmãs ás vezes olhamos para a figura de Maria e achamos que tudo foi fácil para Ela. Mas não!Ela foi, mas do que ninguém submetida a prova vejamos que Ela  teve assumir uma maternidade pelo Espírito , não pela lógica sexual humana. Ela era Virgem prometida em casamento e pelo costume da época corria o risco de apedrejamento; Maria Ela teve que fugir para o Egito logo após ter o Filho de Deus nascido diante da perseguição do Rei Herodes; Ela entregou seu filho ao Pai aos pés da cruz vendo uma aparente derrota, ela precisou crer na vitória Ela precisou crer que o Filho que Ela concebeu era verdadeiramente o Filho de Deus. Ela precisou crer que ele era o Reis dos Reis. E Maria resistiu às provas. Ela sempre acreditou no seu Filho quando ela pronuncia em seu primeiro milagre nas Bodas de Caná “ Fazei tudo o que Ele disser”.Maria venceu todas as provas de fé e nunca foi infiel, ela foi a grande mulher que acreditou e que se entregou totalmente a Deus. Sem dúvidas irmãos devemos ser homens e mulheres de fé, sabemos que assim como Maria não foi, nem é fácil acreditar quando tudo parece nos indicar um caminho diferente. È preciso ser como Maria acreditar totalmente nas promessas de Deus.
Assim a segunda leitura retirada do livro do Apocalipse de São João dá ênfase a tudo que foi vivido por Maria e a perseguição que foi vivida pelos primeiros cristãos. Assim João escreve com a finalidade de animar e de incentivar aquela comunidade a perseverar na fé. Percebemos que de tão grande perseguição que o escritor ele tem que usar formas simbólicas para que a mensagem chegasse até os cristãos. João sabia que os cristãos conheciam o Antigo testamento Palavra de Deus e usa essa grandiosa cena que acontece no céu, e muitos símbolos. Inicialmente ele apresenta a intronização da Arca de Deus no céu. Aqui sem dúvida ele apresenta Maria e a sua Assunção. Pois a Arca da aliança no AT ela continha as tábuas da lei, ela caminhava a frente do povo no deserto, Deus o cobria com uma nuvem indicando sua presença no meio do povo, e depois a construção do seu Templo em Jerusalém onde essa Arca foi colocada no Santo dos Santo . Com certeza esta antiga arca se revela a figura Maria, a verdadeira arca Deus, nela não estava contida as tábuas de pedras, mas o próprio Senhor que ela carregou no seu ventre como vimos no Evangelho quando ela parte ao encontro de Isabel.
Dando seqüências ao que nos diz João no Apocalipse ele apresenta grandiosa cena no céu uma mulher vestida de sol, que indica a glória divina, e com a lua sob seus pés. A lua para os povos antigos, irmão e irmãs era considerada como divindade, para os judeus era símbolo do mal, e o fato de está aos pés da mulher indica que o mal foi vencido definitivamente. O Dragão é o símbolo da maldade, que aparece com grande força e quer eliminar o filho que vai nascer, mas esse filho nasce e é levado para junto de Deus! Neste ponto vemos o que a primeira leitura nos falou da morte e ressurreição de Jesus e a vitória sob o mal! A mulher vai para o deserto, onde o povo de Israel é cuidado e alimento por Deus! Esta mulher primeiramente significa a Igreja, a comunidade dos discípulos do Senhor, mas ao mesmo tempo aplica a Maria da qual todas as atribuições que são feitas a Igreja ela é atribuída a Maria, pois o texto fala da fidelidade do povo e Maria representa toda fidelidade do povo de Israel.
Assim todos nós devemos ser Arca de Deus que é o grande chamado da Igreja e que Maria nos deu o exemplo de assumirmos os compromissos do nosso tempo de levar a presença de Deus ao mundo e que apesar da aparência do mal está sempre presente ele nunca terá a vitoria, pois a vitória vem de Cristo, a vitória é Cristo, e isto nós nunca devemos esquecer. Devemos sempre crer irmãos na vitória do amor e do bem e mesmo que na nossa jornada da vida o desânimo nos abater diante das perseguições e frustrações nunca deveram esquecer-nos do Deus que age no decorrer da história da salvação e nunca abandona o seu povo.
Assim vemos o Evangelho (Lc.1,39-56) de hoje que chegando a plenitude do tempo Deus envia seu Filho gerado pelo Espírito no seio da Virgem Maria. Mulher do sim. Mulher do serviço, mulher da caridade que parte apressadamente ao encontro de sua parenta idosa e grávida. O texto de hoje aborda a cena do encontro de Maria com Isabel, o encontro de duas crianças que estavam sendo geradas no ventre de duas mulheres distintas! No ventre de Maria, crescia Jesus O salvador do mundo. Aquele que daria sua vida para nos resgatar! E no ventre estéril, de Isabel já de idade avançada, crescia o menino que pulou de alegria ao sentir a presença de Jesus. João batista o grande profeta, o precursor, aquele que iria preparar o caminho para a entrada de Jesus na história da salvação.
 Esse texto aborda o Deus que age no Antigo e Novo Testamento quando a criança agitou no ventre de Isabel, recorda a história de Rebeca grávida dos gêmeos  Jacó e Esaú pulavam no seu ventre (Gn.25,22)e Isabel iluminada pelo Espírito saúda Maria:” você é bendita entre as mulheres , e bendito é o fruto do teu ventre faze-nos também lembrar das mulheres do Antigo Testamento Jael (Jz5,24) e Judite(JT13,23), ambas mulheres fortes que aniquilaram os opressores do seu povo.
Maria levou exultação e alegria a Isabel, junto com seu gesto de serviço e caridade. Será que a nossa presença cristã no mundo está levando alegria e esperança aos nossos irmãos?Será que nós como cristãos inspirados no testemunho de Maria estamos tendo gesto de caridade para com os nossos irmãos na nossa comunidade? Nós estamos  levando alegria ou tristeza?Estamos sendo transmissores de esperança ou de medo diante dos pequenos e fracos? Eles encontram em nós alegria ou condenação?Bastaria para nós nesse dia tão forte que lembramos essa figura que nos deu tamanho exemplo de vida  aproveitarmos e fazermos um longo exame de consciência pessoal e olharmos de que forma estamos agindo no mundo. E de olharmos para a Assunção de Maria e lembrarmos de que essa vida terrena ela é passageira que a nossa meta é o Céu.
Para que como Maria cantou o Magnífica agradecendo a Deus pelas grandes coisas que ele realizou através do povo pobre e humilde,possamos nós reconhecer também as maravilhas que Deus fez no decorrer da história,mas precisamente hoje devemos olhar para nossa vida e reconhecer as maravilhas que Deus faz em nós e cantar como Maria cantou.
O Magnífica de Maria é a voz que grita em defesa do pobre que busca nela, a confiança e a resistência para lutar e vencer os poderosos.Ela vem reforçar a confiança dos pobres, ao mostrar que neles O Poderoso realiza maravilhas de libertação. Serva fiel, bem-aventurada porque acreditou nas promessas, solidária com os necessitados, é a mãe das comunidades que luta contra os dragões que procuram matar as sementes do reino e roubar as esperanças.
O Canto de Maria estimula a lutar pelo mundo novo já iniciado com a ressurreição de Jesus. Esse mundo vai se tornando realidade concreta se formos cidadãos conscientes e responsáveis é o que o Magnífica nos sugere.
Assim sendo, irmãos e irmãs contemplamos Maria na glória de Deus, como nos indica a festa de hoje, sendo a conclusão lógica daquela que foi toda de Deus e toda dos irmãos. Uma mulher forte que assumiu a sua vocação de modo pleno, viveu profundamente a sua fé, a esperança e a caridade. Uma mulher santa que deu a todos nós a oportunidade de receber Jesus e a salvação, colaborando ativamente em sua obra redentora.
Hoje de modo particular somos chamados a sermos como Maria a gerar Cristo em nossas vidas, de levar Cristo aos irmãos. E como Discípulos e discípulas do Mestre Jesus somos convocados a assumir como Maria esse Deus que salva, chama e envia. Que possamos nós nesses 70 anos de Diocese olhar nossa caminhada Missionária e Pastoral e se colocar cada vez mais como anunciadores e propagadores do Reino de Deus no mundo. Que assim seja, Amém
  


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