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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O Tempo comum

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 “Tempo comum”, “Tempo ordinário” ou “Tempo durante o ano” são três designações para o período de cerca de dois terços de todo o ano litúrgico (33 ou 34 semanas) e que tem como característica própria celebrar o mistério de Cristo na sua globalidade, em vez de se centrar numa dimensão desse mesmo mistério de Cristo.


As Normas apresentam este tempo litúrgico do seguinte modo (NGALC, n. 43-44):
Além dos tempos referidos, que têm características próprias, há ainda trinta e três ou trinta e quatro semanas no ciclo do ano, que são destinadas não a celebrar um aspecto particular do mistério de Cristo, mas o próprio mistério de Cristo na sua globalidade, especialmente nos domingos. Este período é denominado Tempo Comum.
O Tempo Comum começa na segunda-feira a seguir ao domingo que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à terça-feira antes da Quaresma inclusive; retoma-se na segunda-feira a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das Vésperas I do Domingo I do Advento. Para os domingos e os dias feriais deste tempo há uma série de formulários próprios, que se encontram no Missal e na Liturgia das Horas.

A grande dificuldade em perceber o que é específico do tempo comum está na oposição que estabelecemos com os restantes “tempos” do ano litúrgico. Como chamamos “tempos fortes” ao ciclo do Natal (Advento e Tempo do Natal) e da Páscoa (Quaresma, Tríduo Pascal e Tempo Pascal), tendemos a considerar o Tempo comum como um “tempo fraco”, por oposição aos outros ciclos. O ciclo do Natal e da Páscoa concentram-se numa dimensão do mistério de Cristo, o que lhes dá uma fisionomia própria e facilmente identificável. Mas isso não significa que o Tempo comum não tenha também identidade própria ou se defina apenas pela negativa: o período que não pertence aos dois ciclos celebrativos ditos “fortes”. Num certo sentido, também o Tempo comum é um “tempo forte”, destinado a aprofundar a presença de Cristo na existência cristã. Sem este Tempo comum, as nossas celebrações do ano litúrgico perderiam unidade, pois limitar-se-iam a considerar momentos episódicos da vida de Cristo e do seu mistério, sem contudo os integrar no conjunto da sua existência e, por isso, sem impregnar toda a nossa existência cristã. Além disso, importa ter presente que a semana “comum” ou “ordinária” nasceu, na Igreja, antes de qualquer um dos “tempos fortes”.

O novo Calendário enumera estes domingos de I a XXXIV, designando-os “per annum”. Já quanto aos dias feriais, não têm formulários próprios: usam-se os do Domingo correspondente. Contudo, o Leccionário apresenta leituras específicas para todos os dias feriais.

O que caracteriza este longo tempo litúrgico é a celebração do mistério de Cristo “na sua globalidade, especialmente nos Domingos” (Normas Gerais do Ano Litúrgico e do Calendário, n. 43). Esta globalidade significa que a manifestação do Senhor não se celebra exclusivamente no ciclo natalício, mas continua no Tempo comum; significa que a Páscoa não se celebra apenas no ciclo próprio, mas que ilumina toda a existência cristã ao longo do ano; significa que toda a vida de Cristo, com a salvação que traz e torna presente, acompanha a vivência cristã de todo o ano litúrgico.

É na celebração do Domingo, Dia do Senhor e “Páscoa semanal”, que o Tempo comum encontra o seu centro significativo. Ora, os Domingos do Tempo comum são aqueles que se podem considerar os Domingos no seu estado mais puro: Páscoa semanal e primeiro dia da semana, que dá sentido à vivência de toda a semana. Por isso, as orações da celebração eucarística, ao longo da semana, são as do Domingo.

Ao nível das leituras bíblicas, o Tempo comum tem também características próprias. O Evangelho, a mais importante das leituras bíblicas, é lido de forma semi-contínua. Deste modo, apresenta-nos a vida de Jesus e as suas palavras, não apenas nos grandes momentos, mas também na normalidade quotidiana dos seus gestos e dos seus ensinamentos. Os textos evangélicos aparecem-nos, assim, como a grande escola dos discípulos de Cristo, dos cristãos, que acompanham o Mestre e O escutam no dia a dia; que procuram configurar as suas vidas com a do próprio Cristo. O Tempo comum é tempo de amadurecimento da vivência da fé, até ao momento culminante da solenidade de Cristo Rei.

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