TRABALHOS DE TRABALHOS DE ENFERMAGEM

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Biografia de Santo Tomás de Aquino

 
São Tomás de Aquino foi uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: “Quem é Deus?”.


A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.
Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.
Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.
Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado “Doutor Angélico”, Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

BIOGRAFIA DE SÃO TIMÓTEO APÓSTOLO

 
Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: “A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!” (II Timóteo 1,2).

Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.
Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.
Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.
Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.
São Timóteo, rogai por nós!

domingo, 25 de janeiro de 2015

PRISIONEIRO DE MIM MESMO

 
É um tema muito forte para mim, pois acredito que a prisão interior ela abrange não só o passado ,mais atua no presente. Fatores que ocasionam essa prisão nem sempre pode ser um erro do passado, mal ago não vivenciado,um sentimento , um trauma algumas doenças como depressão síndrome do pânico , etc.... Outras pessoas suscetíveis a isso são pessoas invejosas, avarentas, que escondem dentro de si sua essência para viver a essência do outro.Sugestão desse pedido foi exatamente o que acredito que cada um de nós podemos vivenciar e ajudar outras pessoas a superar essa limitação. Olhando o primeiro ponto de vista desse tema podemos só nos atentar a questão emocional e afetiva , é também , mais esse tema é muito amplo, complexo e de difícil superação que exige muito do querer de nós mesmo, mais também é preciso de ajuda de pessoas familiares e amigas. Muitas vezes as pessoas que vivem nessa prisão não são compreendidos porque a humanidade está pressa no seu próprio ego.Quando se toma consciência dessa prisão acredito que uma porta já está aberta para a liberdade interior.Todos nós somos pessoas dependentes do outro ,não só na questão sentimental , ou seja, amorosa e sexual, mais somos dependentes de afetividades , companheirismo e de vida coletiva de forma verdadeira e recíproca. Quando isso venha a faltar na vida de quaisquer pessoa pode- se gerar essa prisão. As vezes julgar que muitas pessoas tem reações como se vivesse uma prisão desse tipo é errônea, pois existem pessoas que usam barreiras para impedir que fatores como esses venham a lhe atingir, Então meu ponto de vista é que a prisão interior ela aprisiona apenas um elemento , mais o causador abrange a muito.Mais para quem tem fé em JESUS CRISTO, isso não é motivo para desespero, e sim de superação, pois Deus, nunca nos abandona, nunca nos deixa sozinhos e o AMOR Dele, supera tudo e a todos."Foi para a liberdade que Cristo nos libertou"(Gl. 5,1).

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O que é o Rito das Exéquias?

 

INTRODUÇÃO
TIDO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS:
Com este trabalho de pesquisa, tenho o intuito de fazer uma viagem pelo rito das exéquias, conhecer um pouco mais e perceber o significado da morte para o cristão.
No trabalho, serão abordados alguns pontos em relação ao conceito e o sentido das exéquias para o cristão; faremos um trajeto histórico desde o século I, passando pelo século VII, onde se tem notícia do primeiro ritual romano de exéquias; seguindo para 1969, com o a celebração das exéquias depois do Vaticano II e algumas novidades, e chegando até os dias de hoje, aqui falaremos dos principais momentos da celebração eucarística das exéquias e de alguns símbolos e ações significativas na ótica de Ione Buyst.

1. O QUE É O RITO DAS EXÉQUIAS?

Exéquia é um conjunto de ritos e orações que a Igreja faz, por ocasião da morte de um fiel cristão, desde o momento que expira até seu cadáver ser colocado no sepulcro ou incinerado.  

O ritual vai além de uma simples cerimônia de encomendação de defuntos durante o velório. Ele é um direito do cristão e um dever dos ministros da Igreja e da comunidade eclesial para com os irmãos falecidos.

Celebrar o rito com o corpo presente é acompanhá-lo até o fim e realizar a sua entrega a Deus. O rito das exéquias deve exprimir a índole pascal da morte cristã e corresponda ainda melhor às condições e tradições das diversas religiões também com relação à cor liturgia.


A morte é um chamado de Deus ao homem, pois Deus chama-o para si, por isso o cristão pode transformar a morte num ato de obediência e amor a Deus deixando a saudade na terra para obter um encontro de alegria com o transcendente. O sentido das exéquias se expressa também, como a última Páscoa do Cristão.

O sentido cristão da morte é revelado também à luz do mistério pascal da Morte e Ressurreição de Cristo, em que repousa nossa única esperança. O cristão que morre em Cristo Jesus deixa este corpo para ir morar junto do Senhor. O dia da morte inaugura para o cristão, ao final de sua vida sacramental, a consumação de seu novo nascimento, iniciado no batismo, a "semelhança" definitiva à "imagem do Filho", conferida pela unção do Espírito Santo, e a participação na festa do Reino, antecipada na Eucaristia, mesmo necessitando de últimas purificações para vestir a roupa nupcial.

A Igreja que, como Mãe, trouxe sacramentalmente em seu seio o cristão durante sua peregrinação terrena, acompanha-o, ao final de sua caminhada, para entrega-lo "as mãos do Pai". Ela oferece ao Pai, em Cristo, o filho de sua graça e deposita na terra, na esperança, o germe do corpo que ressuscitará na glória. Esta oferenda é plenamente celebrada pelo Sacrifício Eucarístico.

As exéquias constituem uma classe de ritos comparáveis aos de outras religiões. Para descobrir os valores especificamente cristãos das exéquias é interessante fazer uma comparação com os ritos funerários pagãos, e podemos perceber que: são ao mesmo tempo um ato profundamente humano e um rito religioso e sagrado; é ao mesmo tempo culto divino e o culto aos mortos; é expressão de comunhão entre vivos e defuntos e manifestação da esperança. Em relação a cada uma destas dimensões, podemos também distribuir os principais valores das exéquias cristãs.

2.1 Celebração litúrgica da morte

Os ritos e orações na morte de um cristão podem ser visto como simples prova de sentimento humano, mas em outras culturas os funerais tiveram um significado religioso, muito mais no cristianismo, para o qual todo o autenticamente humano é susceptível de adquirir sentido sagrado.

A celebração litúrgica tem seu próprio lugar: o viático e a recomendação do moribundo constituem as ações litúrgicas que convertem de um ato fisiológico numa celebração cristã. A morte pode ser objeto de celebração litúrgica quando está ligada com o mistério pascal de Jesus Cristo, única realidade que é de fato celebrada pelos cristãos.

Através das exéquias a Igreja reza pelos defuntos e dá ensinamentos aos vivos, e celebra a morte como um evento de salvação.

2.2 Veneração cristã do corpo

Podemos falar dos ritos funerais como honras fúnebres, mas num sentido diferente ao do paganismo: neste culto o morto adquire um temor supersticioso, ou aspectos somente divinos.

Para o cristão os ritos fúnebres tem razões relacionadas a fé: o corpo do cristão foi instrumento do Espírito Santo e é chamado à ressurreição gloriosa. A mesma realidade corporal que, em vida, havia sido banhada pela água do batismo, ungida com óleo santo, alimentada com o pão e o vinho eucarísticos, marcada com o sinal da salvação, protegida com a imposição das mãos,isto é, aquele cristão que durante sua vida foi instrumento da eficácia dos sacramentos, e que após sua morte é convertido em cadáver, continua sendo objeto de cuidado solícito da mãe Igreja.
O Ritual atual prevê que o corpo do defunto seja aspergido com água bento, iluminado com luzes e tratado com o máximo respeito. O corpo é algo sagrado para o cristão e é objeto da salvação.

2.3 Comunhão entre vivos e mortos

O cristianismo aceita a convicção pagã que o defunto não desaparece nem se afasta totalmente do mundo dos seres vivos, mas a eleva a um plano totalmente iluminado pela fé. Temos alguns aspectos que mostram essas verdades:

A presença da comunidade junto ao cadáver, no inicio tratava-se apenas de um grupo familiar, com o passar dos tempos a comunidade paroquial começou a participar, nem que seja só o pároco desde o momento da morte até os ritos fúnebres.

Nos ritos mortuários, e nas orações e cânticos, há invocações a Virgem Maria, aos anjos e santos. Além de ser um aspecto de petição de intercessão, é preciso ressaltar a intenção primeira da liturgia, a de convocar todos os membros celestiais para que recebam em sua companhia.

Ao falarmos de procissão, podemos considerar a procissão de exéquias como um tipo especial de procissão litúrgica. Atualmente, com os grandes centros, o trânsito e também porque em muitos lugares as salas onde se realizam os velórios, estão dentro dos próprios cemitérios, está se perdendo o sentido da procissão com o defunto.

A liturgia dos funerais tem como objetivo orar pelo defunto, elevar preces de intercessão pelo defunto, nas dimensões do perdão dos pecados, da libertação das penas do inferno  e na entrada na glória celestial; e também de criar uma intima relação entre vivos e mortos. Tudo isso demonstra a estreita relação entre comunidade dos vivos e o defunto.

A liturgia das exéquias está destinada a catequizar os fiéis vivos. Diante da morte, a Igreja ministra um ensinamento vivo que serve para reforçar os laços de união entre os filhos. As leituras bíblicas, homilia, orações e cânticos constituem uma parte essencial de tal ensinamento catequético.

2.4 Esperança da ressurreição

A esperança da ressurreição é um dos motivos mais manifestos das exéquias cristãs. Os textos das leituras bíblicas, dos salmos, das antífonas e das orações exprimem constantemente a confiança na ressurreição dos mortos.

O rito de enterro também tem este significado. O rico simbolismo da inumação (é o ato de sepultar/enterrar um corpo por exemplo no cemitério), herdado de outras religiões, é o que explica a resistência que a Igreja Católica teve em admitir outro tipo de práticas com relação aos cadáveres.

A atual legislação canônica admite a cremação e incineração, desde que não represente um desprezo pelo dogma da ressurreição e nem se apresente uma atitude anticristã.


3. DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS EXÉQUIAS

3.1 Dos ritos pagãos aos ritos cristãos

Em Roma e no ocidente, os cristãos conservavam para os funerais os costumes próprios da sociedade da época, com algumas modificações inspiradas por sua fé. Sobre Roma e África, século III-IV possui uma documentação baseada em escritos patrísticos e inscrições funerais.

Antes de expirar, o cristão recebe o viático, concedido também aos pecadores excomungados e ainda aos não reconciliados. O viático, que é o alimento necessário para fazer a ultima viagem, substitui a moeda que gregos e romanos punham na boca do defunto para permitir que ele pagasse o pedágio do trânsito. Logo depois, o corpo é lavado e perfumado enquanto se cantam salmos em clima de confiança na ressurreição. 

Com túnica branca, o cadáver é colocado no leito por algumas horas. O sepultamento é feito no mesmo dia, ou no dia seguinte pela manhã em seguida seu corpo coberto só com um lençol é levado em procissão até o lugar da sepultura.

Nos séculos I e II, os cristãos eram enterrados em túmulos entre os pagãos. No início do século III com o crescimento dos cristãos, a Igreja de Roma organiza seus cemitérios em catacumbas, alguns cristãos mais ricos usavam sarcófagos de pedra.

No final do século III, algumas testemunhas atestam a presença de um presbítero que reza uma oração. No século IV, em alguns casos, começa-se a celebrar a eucaristia ao lado do túmulo depois da inumação. Pouco a pouco, a eucaristia é celebrada na igreja, substituindo o refrigerium: os cristãos compreendem que Cristo deixou uma refeição diferente, penhor de comunhão e ressurreição; está eucaristia funerária pretende associar o trânsito do cristão ao mistério pascal de Cristo.

3.2 O ritual romano do século VII

O primeiro ritual romano da morte e exéquias que se tem notícia remonta ao fim do século VII. Quando um cristão morre, recebe a eucaristia que para ele é o penhor da ressurreição, depois o presbítero ou diácono lê o relato da paixão, seguindo com o canto do salmo 113 (Salmo pascal de libertação).

Após a morte e a preparação do cadáver, canta-se o salmo 96, e depois e levado para igreja onde não se celebra a eucaristia, mas um ofício que prevê a recitação de alguns salmos e responsórios, e alguma leitura do livro de Jô. Em particular canta-se o salmo 41 (que exprime o desejo de ser admitido à presença de Deus).

Após esta celebração dentro da igreja, o defunto é levado em procissão até a sepultura, no trajeto canta-se o salmo 41, 50, 113 e 117. Este ritual possui um evidente caráter pascal. Os salmos 113 e 117 cantados no começo e no final da liturgia, são os mesmos cantados no começo e no fim da refeição pascal hebraica.   

A celebração das exéquias é a celebração do êxodo pascal; o cortejo é a procissão que canta enquanto conduz de sua morada terrena para a Jerusalém celeste. A comunidade acompanha o trajeto o mais longe possível, e na chegada ele é acolhido por aqueles que já fizeram este trajeto, os habitantes do céu.


3.3 A celebração das exéquias depois do Vaticano II

O novo Ordo Exsequiarum foi publicado em 1969 em latim pela Congregação para o Culto Divino. A Constituição conciliar sobre a liturgia declara: "O rito das exéquias deve exprimir mais claramente  a índole pascal da morte cristã. E corresponder ainda melhor às condições e tradições das diversas regiões também com relação à cor litúrgica".

A revisão do ritual deveria corresponder a uma exigência teológica: manifestação mais acentuada do caráter pascal da morte cristã; e uma exigência antropológica: perceber as diversidades das situações de acordo com os países, os ambientes, e a idade do defunto.

Em 1964, o grupo de trabalho para a preparação o novo ritual das exéquias, pesquisou sobre práticas funerais no mundo e constatou três tipos principais de práticas:

1. A celebração litúrgica mais importante ocorria na igreja com missa e absolvição exequial, era costume na Itália e na França.

2. Nos países de língua alemã, o defunto era levado direto no cemitério, e ali se desenrolava o rito litúrgico.

3. A celebração se realizava na própria residência do defunto, isso acontecia por distância da igreja  ou do cemitério, ou ainda por motivos de tradições locais, em algumas regiões da África e  Europa.

A partir disso, estava previsto que o novo ritual seria traduzido e adaptado a critério de cada conferência episcopal (Ordo Exsequiarum nº 22). Na adaptação as conferências episcopais deveriam:
· Examinar quais os elementos tradicionais locais;
· Manter alguns elementos dos rituais anteriores;
· Traduzir os textos adaptando-os ao caráter próprio das línguas e das culturas, e propor os cantos;
· Eventualmente acrescentar textos e rubricas novas;
· Julgar se leigos poderiam presidir as exéquias;
· Decidir sobre a cor litúrgica das exéquias;

No Brasil, com poucas modificações, a nova versão traduzida e adaptada foi publicada em 1971.

3.4 Estrutura do rito

Tendo em vista os três tipos de celebrações das exéquias, podemos destacar alguns elementos fundamentais:

· A consolação da fé dirigida aos parentes do defunto começa o rito de acolhida, de contato humano.
· O segundo passo é a liturgia da Palavra. Os principais temas das leituras são o mistério pascal, a esperança de reencontrar-se no Reino de Deus, a piedade para com o defunto e o valor do testemunho de vida cristã.
· A celebração da Eucaristia é elemento normal da liturgia fúnebre. A missa não é só uma oração pelo defunto, mas uma forma de vincular a passagem do cristão com o mistério da Páscoa de Cristo.
· E no quarto elemento, a recomendação e a última saudação. Este rito substitui o antigo rito da absolvição e tem, sobretudo o significado de intercessão pelo defunto.

3.5 Novidades

O novo rito prevê algumas inovações que merecem ser destacadas:
>> A incineração ou cremação é admitida com a condição que não constitua um gesto anticristão, mas é valido lembrar que a Igreja tem preferência pela inumação pelo fato de confiar o corpo à terra de onde foi tirado. Neste caso, o ritual exequial pode ser celebrado no edifício onde se acha o crematório.

>> O ministro das exéquias normalmente é o sacerdote ou o diácono. A conferência episcopal pode decidir que em sua ausência que os funerais sejam presididos por leigos.

>> "As exéquias das crianças foram revistas como exigia a constituição conciliar. Entre o antigo ritual e o novo, a mudança da mentalidade provém do fato de que a mortalidade infantil, que em outros tempos era freqüente e quase normal, se tornou excepcional pelo menos em muitos países. Assim, a morte de criança é sentida de uma maneira muito mais dolorosa do que em outros tempos".

>> Ao falar de exéquias cristãs de crianças não batizadas, o novo ritual esclarece que não se deve minimizar o batismo e sua importância. A liturgia confia a criança à misericórdia de Deus, mas sem afirmar que ela está no céu.

4.CELEBRAÇÃO DAS EXÉQUIAS CRISTÃS

4.1 Principais momentos da celebração de exéquias

O ritual das exéquias é um dos mais ricos da Igreja pela diversidade de situações passíveis de ser atendidas. Isso é resultado de uma sabedoria simbólica e litúrgica acumulada ao longo de dois mil anos.

O ritual de exéquias propícia, desde o início, orações a serem realizadas na casa do morto ou no local onde se espera a chegada do corpo. Propõe também, orações e vigílias durante o velório, e orações quando o defunto é colocado na "essa" (estrado onde se colocado um cadáver enquanto acontecem as cerimônias fúnebres).

Seguindo a liturgia romana, com o corpo presente são propostas três grandes tipos de ritual de exéquias:

a) o primeiro é para ser celebrado na casa do morto, na igreja e no cemitério.
b)  o segundo, é para ser celebrado na capela do cemitério ou junto a sepultura.

c) e o terceiro, é para ser celebrado na casa do morto.


No Brasil, o celebrante pode ser um sacerdote ou leigo ministro de exéquias, na impossibilidade de um ministro da Igreja celebrar, um amigo ou familiar de vida cristã reconhecida e familiarizado com o ritual de exéquias.

Os pontos seguintes destacam cinco momentos principais do ritual: acolhida, celebração da Palavra, a oração do Pai-nosso, e rito de encomendação e a despedida.

>> Acolhida: "No inicio da celebração, o ministro acolhe, simultaneamente, o defunto e a comunidade. Trata-se de um gesto próprio: acolher o cadáver e os irmãos. (...) o fundamental é que a acolhida seja um convite à transcendência, a uma aproximação com o mundo divino, em que se crê que de uma forma ou de outra o defunto foi incorporado. Nesse mesmo sentido, vão a oração ou as preces iniciais".  

>> Celebração da Palavra: Nas exéquias reúnem-se dois pólos: evangelização e liturgia. A Palavra deve ser ouvida! Os ministros devem ler e falar claramente. Para a Igreja, somente a Palavra proclamada e aceita, assegura às exéquias seu caráter de expressão da fé cristã. No novo rito, a Palavra é um elemento imprescindível e fundamental.

>> A oração do Pai-nosso: A oração do Pai Nosso dá início à entrega simbólica do irmão falecido nas mãos de Deus. Essa oração nos abre as portas dos céus, é uma forma de evocar, ao longo de toda a vida, nossa filiação a Deus. No batismo, a comunidade reza o pai-nosso em nome da e pela criança recém-batizada. O cristão retoma esta oração em cada missa, em cada cerimônia religiosa, nos momento de alegria e de tristeza, no desespero e no júbilo. No ritual das exéquias, mais uma vez a comunidade reunida, rezará a oração pai-nosso em nome e pelo irmão falecido. O cristão deixa a comunidade e parte ao encontro de Deus com esse manifesto de filiação.

>> O rito de encomendação e a despedida: A ultima recomendação e despedida ocupa o lugar da antiga absolvição do rito romano, trata-se da ultima despedida com que a comunidade cristã saúda um de seus membros e reza por ele, antes que o corpo seja levado para a sepultura. O ritual se desenvolve da seguinte maneira: o presidente introduz uma monição, depois segue alguns momentos em silêncio, o gesto de aspersão e o cântico de despedida, elemento importantíssimo já que sublinha o caráter pascal e festivo de todo rito. Pode-se autorizar um representante dos parentes
ou amigos do defunto que pronuncie algumas palavras de despedida e gratidão aos presentes.

4.2 Símbolos e ações significativas.

O ritual de exéquias descreve vários tipos de celebrações, e sugere que se aceite o que houver de bom nas tradições familiares e nos costumes de cada região. Abaixo estão algumas ações simbólicas e significativas:

·
Cor litúrgica: se possível usar branco, cor de ressurreição.

·Aspergir o corpo com água benta na casa do morto e na ultima encomendação: lembrança do batismo. Agora está completando sua páscoa, sua ida para a casa do Pai.

·Procissão com o corpo tendo a cruz na frente: expressa nossa vida de seguimento de Jesus, desemboca na morte e na ressurreição, comunhão com todos(as) na casa do Pai.

·A colocação do corpo na igreja: se for leigo (a), com o rosto voltado para o altar, se é ministro ordenado, com o rosto voltado para o povo. Mesmo depois de morto continua fazendo parte do povo de Deus, e será lembrado nas celebrações litúrgicas.

·  Em cima do caixão, o livro do Evangelho ou a Bíblia; ao redor, velas acesas ou o círio pascal junto da cabeça do morto: sentido evangélico e pascal pelo qual foi marcada a vida da pessoa falecida.

·  Em cima do caixão, o livro do Evangelho ou a Bíblia; ao redor, velas acesas ou o círio pascal junto da cabeça do morto: sentido evangélico e pascal juntamente com a oferta pascal de Jesus Cristo. No corpo de Cristo, continuamos unidos (as) com todos (as) que nos procederam na morte, na esperança da ressurreição e do banquete na festa do Reino de Deus. Creio na comunhão dos santos, na ressurreição da carne, na vida eterna...

·Benção do túmulo (com aspersão): pedindo o repouso tranqüilo da pessoa falecida nesta "última morada", na espera da ressurreição definitiva.     


Conclusão

Ao término deste trabalho e com uma visão mais ampla do conceito, do sentido das exéquias cristãs, do desenvolvimento histórico e das ações litúrgicas das exéquias, é possível perceber a riqueza deste rito para o cristão. "O ritual das exéquias é um dos mais ricos da Igreja pela diversidade de situações passíveis de ser atendidas".
Ao caminharmos pela história, podemos também perceber as mudanças feitas ao longo de dois mil anos, e as adaptações de acordo com cada realidade e cultura. No Brasil, com algumas modificações, a nova versão foi publicada em 1971, a partir daí, o ritual das exéquias tomou novos rumos adaptando-se às realidades e as culturas das diversas regiões do Brasil. 


BIBLIOGRAFIA

BORÓBIO, Díonisio. A celebração na Igreja - Os sacramentos. Vol. 2. São Paulo: Loyola, 1993.

BUYST, Ione, Celebrar com símbolos. São Paulo: Paulinas, 2001.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo: Loyola, 1999.

DICIONÁRIO DE PASTORAL, verbete: exéquias. São Paulo, editora Santuário.

MIRANDA, Evaristo E. A foice da lua no campo das estrelas – Ministrar exéquias. São Paulo: Loyola, 1998.

SCICOLONE, Hildebrando. Os sacramentais e as bênçãos. São Paulo: Paulinas, 1993.

SACROSANCTUM CONCILIUM.  Documentos da Igreja. São Paulo: Paulus, 1997.

Elaboração: Fabiano Vuelma

fonte: br.geocities.com/hermes_filosofia/exequias


ORAÇÃO DAS EXÉQUIAS / ENCOMENDAÇÃO, SEPULTAMENTO NO NO RITUAL CATÓLICO

 
RITUAL DE EXÉQUIAS   XENCOMENDAÇÃO
Obs: Aproximando-se a hora do enterro, todos  reúnem ao redor do caixão.Pode-se entoar um canto
 Canto inicial: ( DE acordo a o costume)

D: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
R: Amém.

D: A  graça e a paz da parte de Deus nosso pai e dos Senhor Jesus Cristo estejam convosco.
R: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

D: Meus irmãos, estamos aqui reunidos para rezar por este (a) irmão (ã) que terminou sua caminhada na terra. Queremos agora professar nossa fé na ressurreição e elevar nossas preces ao Deus da vida, para que N. seja acolhido (a) na festa da eternidade.

D: Oremos (pausa) Ó Deus, glória dos fieis e vida dos justos, que nos redimistes pela Páscoa do vosso Filho, concedei a vosso (a) servo (a) N. que, tendo professado sua fé no mistério da ressurreição, participe, agora, da plenitude da vida na glória do céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
R: Amém.
Ou
No tempo Pascal
Oremos (pausa) Deus, nosso Pai, em vós os mortos vivem e os santos exultam de felicidade. Concedei a vosso (a) filho (a) N. o prêmio dos vossos santos. Livre dos laços da morte, contemple a vossa face na luz da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
R: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Leitura da segunda carta de são Paulo aos Corintios (2Cor 5, 1.6-10)

Irmãos: Sabemos que,
se a nossa habitação terrestre,
esta tenda em que vivemos,
for dissolvida,
possuímos uma casa que é obra de Deus,
uma eterna morada nos céus,
que não é feita pela mão humana.
Por isso,
somos sempre cheios de coragem,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
estamos exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos pela fé e não pela visão.
Cheios dessa confiança,
preferimos sair do corpo
para irmos habitar junto do Senhor.
Exatamente por isso nos esforçamos,
que tenhamos de sair dele,
em lhe ser muito agradáveis,
Com efeito,
é necessário que todos nós compareçamos
perante o tribunal de Cristo,
a fim de que cada um receba o que mereceu
quer de bem, quer de mal.
Palavra do Senhor.
R: Graças a Deus.



Salmo Responsorial
Sl 130 (129), 1-2.3-4ab.4c-6.7-8

R: Confia minh’alma no Senhor,
Nele está minha esperança.

Das profundezas eu clamo a vós Senhor,
Escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
Ao clamor da minha prece!

R: Confia minh’alma no Senhor,
Nele está minha esperança.

Se levardes em conta nossas faltas,
Quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
Eu vós temo e em vós espero.
R: Confia minh’alma no Senhor,
Nele está minha esperança.

No Senhor ponho a minha esperança,
Espero em sua palavra.
A minh’alma espera no Senhor
Mais que o vigia pela aurora.

R: Confia minh’alma no Senhor,
Nele está minha esperança.

No Senhor se encontre toda graça
E copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
De toda a sua culpa.



Aclamação ao Evangelho

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem crê em mim não morrerá para sempre.
Aleluia...


Evangelho

D: O Senhor esteja convosco
R: Ele está no meio de nós.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João (11,17-27)

D: Quando Jesus chegou a Betânia,
Encontrou Lázaro sepultado havia  quatro dias,
Betânia  ficava a uns três quilômetros de Jerusalém.
Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta para as consolar  por causa do irmão.
Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele.
Maria ficou sentada em casa.
Enquanto Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedirdes a Deus, ele to concederá.”
Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”
Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia.”
Então Jesus disse:
“EU SOU a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais.
Crês isto?”
Respondeu ela:
“Sim, Senhor; eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo.”

D: Palavra da Salvação.
R: Amém

Breve reflexão

Preces

D: Irmãos e irmãs, rezemos confiantes ao Senhor, que, por sua ressurreição, nos garante a vida em plenitude e digamos: Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!
R: Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!

Cristo, Filho do Deus vivo, que ressuscitastes vosso amigo Lázaro, ressuscitai para a vida da vossa glória nosso (a) irmão (ã) N.
R: Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!

Cristo, consolador dos aflitos, que, restituindo a vida à filha de Jairo, enxugastes as lágrimas de seus parentes, consolai hoje os que choram a morte de nosso (a) irmão (ã) N.
R: Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!

Cristo, vós que ressuscitastes da morte ao terceiro dia, concedei aos nossos falecidos a vida eterna.
R: Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!

Cristo, que prometestes preparar para nós um lugar na casa do Pai, concedei a morada do céu aos fieis que vos serviram na terra.
R: Senhor, vós sois a ressurreição e a vida!

Outras intenções...

D: Inclinai, Senhor, vosso ouvido às preces que brotam de nosso coração, ao implorarmos vossa misericórdia para com vosso (a) filho (a). Acolhei-o (a) com ternura no convívio de todos os Santos. Por Cristo nosso Senhor.
R: Amém.


Pai Nosso

D: Rezemos confiantes a oração que o Senhor nos ensinou.
R: Pai Nosso...


Oração de Despedida

D: Com fé e esperança na vida eterna, recomendamos ao Pai de misericórdia este (a) nosso (a) irmão (ã) que morreu na paz de Cristo.

Momento de Silêncio

D: Ó Pai de misericórdia, em vossas mãos entregamos este (a) nosso (a) irmãos (ã) N... na firme esperança de que ele ressuscitará no último dia com todos os que no Cristo adormeceram. Abri para ele (a) as portas do paraíso; e a nós, que aqui ficamos, consolai-nos com a certeza de que um dia nos encontraremos todos em vossa casa. Por Cristo, nosso Senhor.
R: Amém.

Pode aspergir o corpo com água benta e incensa-lo

D: Santos de Deus, vinde em seu auxilio; Anjos do Senhor, recebei na glória eterna este (a) servidor (a) N...
Cristo, nosso Senhor, te chamou, Ele te acolha no paraíso para o descanso eterno.
R: Amém.

D: Daí-lhe, Senhor, o repouso eterno.
R: E brilhe para ele (a)  a vossa luz.
D: Descanse em Paz.
R: Amém
 Canto Final
 


SEPULTAMENTO


Pode-se entoar um canto antes de o caixão ser colocado na sepultura


D: A nossa proteção está no nome do Senhor.
R: Que fez o céu e a terra.
D: Daí-lhe, Senhor, o repouso eterno.
R: E brilhe para ele (a) a vossa luz.


D: Irmãos e irmãs, para o Apóstolo Paulo, o túmulo é como uma sementeira: coloca-se nele um corpo corruptível e ressuscita um corpo glorioso. Oremos pedindo que Deus abençoe esta sepultura.

Momento de silêncio.

D: Senhor Jesus Cristo, permanecendo três dias no sepulcro, santificastes os túmulos dos que crêem em vós, para lhes aumentar a esperança da ressurreição. Concedei, misericordioso, que o corpo deste (a) vosso (a) filho (a) descanse em paz neste sepulcro, até que vós, que sois a ressurreição e a vida, o (a) ressusciteis, para que possa contemplar, no esplendor de vossa glória, a luz eterna no céu. Vós que sois Deus, com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
R: Amém.


D: Cristo, que ressuscitou como primogênito dentre os mortos, transformará o corpo deste (a) nossa (a) irmão (ã) à imagem de seu corpo glorioso. O Senhor o (a0 receba na sua paz e lhe conceda a ressurreição no último dia.

Enquanto se coloca o copo na sepultura, canta-se um salmo ou um hino.

D: Confiantes na bondade de Deus que é Pai e solidários com os familiares de N. rezemos a oração que o Senhor nos ensinou: Pai Nosso...



RITOS FINAIS


Aspergindo com água benta o túmulo e o caixão, quem preside diz:

D: Na água e no Espírito fostes batizado (a). O Senhor complete em ti a obra que Ele mesmo começou no teu batismo.


Incensando o túmulo, quem preside diz:

D: Teu corpo foi templo de Deus. O Senhor te dê a eterna alegria de viver em sua casa.


Jogando terra sobre o caixão, quem preside diz?

D: Da terra fostes tirado e à terra voltas. Mas o Senhor te ressuscitará no último dia.


Colocando flores no túmulo, quem preside diz:

D: É preciosa aos olhos do Senhor a morte de seus fiéis!


Colocando a Cruz junto ao túmulo, quem preside diz:

D: A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo seja para nós sinal de vida e ressurreição.


Oremos (pausa) Ó Pai de bondade, vossos dias não conhecem fim e vossa misericórdia não tem limites. Lembrando a brevidade de nossa vida e a incerteza da hora da morte, nós vos pedimos que nosso Espírito Santo nos conduza neste mundo, na santidade e na justiça. E, depois de vos servirmos na terra, possamos chegar ao vosso Reino no céu. Por Cristo nosso Senhor.
R: Amém.


D: Que N. e todas as pessoas falecidas, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.
R: Amém.

Pode-se entoar um cântico a Nossa Senhora ou outro apropriado.