PLACENTA E AS MEMBRANAS FETAIS
A placenta e as membranas
fetais proporcionam a proteção contra traumatismos, oxigenação, nutrição e
eliminação de resíduos degradados do metabolismo fetal (dióxido de carbono,
produtos nocivos decorrentes do processo metabólico. Após o nascimento da criança,
essas estruturas separam-se do útero e são expelidas.
Formação fetal
Apenas ao término do primeiro
mês consegue-se distinguir a cabeça e os rudimentos de olhos, ouvidos e nariz;
o coração e alguns outros órgãos encontram-se em formação (pulmões, sistema
geniturinário), bem como as raízes dos braços e pernas. O embrião, neste
período, mede em torno de 5 mm de comprimento e seu peso é quase
insignificante.
introdução
Após verificarmos o processo de
fecundação e as alterações anátomo-fisiológicas do organismo materno vamos
conhecer alguns aspectos da evolução do concepto e de seus anexos.
Desenvolvimento fetal
Em torno da 6ª-8ª semana, a
cabeça apresenta-se desproporcionalmente grande em relação ao corpo, devido ao
desenvolvimento cerebral – nessa fase é possível visualizar com maior nitidez
os olhos. A posição embrionária assume uma curvatura do dorso para a frente,
como que protegendo os órgãos viscerais em desenvolvimento. Nesta fase, o
embrião tem cerca de 2,5 cm de comprimento e, aproximadamente, 10 g de peso.
Ao término da 8ª semana o
embrião passa à condição de feto. Esta fase é muito delicada para a vida do
novo ser, pois seus tecidos embrionários são muito tenros e frágeis, passíveis
de sofrerem alterações. Considerando tal fato, a mulher deve ser orientada para
evitar o uso de drogas e medicações contra-indicadas, bem como exposição a
radiações (raios X, radioativos, etc.).
Ao término da 12ª semana, o
feto tem perto de 9 cm e 40 g de peso. O tamanho de sua cabeça já é pouco menor
em relação ao corpo, distinguindo-se facilmente os olhos, nariz e boca, com
presença de pálpebras e lábios. Os órgãos sexuais apresentam as características
nítidas do futuro bebê. Inicia-se o período fetal, em que os órgãos e sistemas
estão basicamente formados. Nas semanas subsequentes, ocorrerá a maturação.
Circulação materno-fetal
A circulação materno-fetal se
estabelece a partir da 4ª semana gestacional, por meio da circulação sangüínea
entre o útero e a placenta
(circulação útero-placentária)
e entre a placenta e o embrião (circulação fetoplacentária). O feto está em
contato com a placenta através do cordão umbilical, o qual geralmente está
inserido junto à área central desta. O cordão umbilical apresenta duas artérias
e uma veia - as artérias transportam o sangue fetal (venoso) para a placenta e
a veia leva o sangue materno (arterial) da placenta para o feto.
A PLACENTA
A placenta permite a passagem
de várias substâncias do sangue materno para o sangue fetal, necessárias ao
desenvolvimento do feto, entre elas: oxigênio, água, eletrólitos, glicídios,
lipídios, proteínas, aminoácidos, vitaminas, hormônios, anticorpos e alguns
medicamentos. Da mesma forma, a placenta recebe do sangue fetal o gás
carbônico, água, hormônios e resíduos metabólicos (uréia, creatinina, ácido
úrico, fosfatos, sulfatos) que serão excretados através dos sistemas
circulatório e renal maternos.
BARREIRA PLACENTÁRIA
Outra importante função
placentária é a de proteção. Sabemos que a barreira placentária faz uma espécie
de “seleção” dos elementos necessários ou não ao concepto. Contudo, alguns
destes elementos conseguem “driblar” a barreira e chegar à circulação fetal,
causando danos que, dependendo da idade gestacional, serão de maior ou menor
intensidade. Como exemplos, temos: as drogas, a nicotina e o álcool, alguns
medicamentos e microrganismos.
Os principais microrganismos
que, ao infectarem a gestante, podem transpor a barreira placentária e infectar
o concepto são:
Bactérias – as da sífilis e tuberculose
congênita. Caso a infecção ocorra a partir do quinto mês de gestação, há o
risco de óbito fetal, aborto e parto prematuro;
Vírus –
principalmente nos três primeiros meses da gravidez, o vírus da rubéola pode
comprometer o embrião, causando má-formação, hemorragias, hepatoesplenomegalia,
pneumonias, hepatite, encefalite e outras. Outros vírus que também podem
prejudicar o feto são os da varicela, da varíola, da herpes, da hepatite, do
sarampo e da AIDS;
Protozoários – causadores da
toxoplasmose congênita. A diferença da toxoplasmose para a rubéola e sífilis é
que, independentemente da idade gestacional em que ocorra a infecção do
concepto, os danos podem ser irreparáveis
CONCLUSÃO
Considerando-se esses
problemas, ressalta-se a importância doexames sorológicos pré-nupcial e
pré-natal, que permitem o diagnóstico precoce da(s) doença(s) e a consequente
assistência imediata.
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