O
termo "doença hepática" se aplica a várias doenças e distúrbios que
fazem com que o fígado funcione de maneira inadequada ou pare de funcionar. Dor
abdominal, amarelamento da pele ou dos olhos (icterícia) ou resultados anormais
de testes da função do fígado sugerem que você tem doença hepática, como:
Abscesso hepático amébico;Hepatite
autoimune;Atresia biliar;Cirrose; Coccidioidomicose disseminada;Agente delta
(hepatite D); Colestase induzida por drogas; Hemocromatose;Hepatite A;Hepatite
B;Hepatite C;Carcinoma
hepatocelular; Doença
hepática devida ao álcool;Cirrose biliar
primária;Abscesso hepático piogênico; Síndrome de Reye; Colangite
esclerosante;Doença de Wilson
Hepatite
Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.
Hepatite A: É transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A hepatite A fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos, sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas de hepatite, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de camisinha. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas dessas hepatites são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado.
Tratamento de Hepatite
Não existe
tratamento para a forma aguda da hepatite. Se necessário, apenas sintomático
para náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante no tratamento da
hepatite pela própria condição do paciente.
A utilização
de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular para o
paciente com hepatite, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para
o paciente sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que o próprio
indivíduo com hepatite defina sua dieta de acordo com sua aceitação alimentar.
A única restrição está relacionada à ingestão de álcool. Esta restrição deve
ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.
Tratamentos hepatite
Os tratamentos são igualmente
próprios aos diferentes tipos de hepatite. As hepatites virais geralmente curam
de maneira espontânea, em um ou dois meses. O tratamento consiste
essencialmente em repouso e proibição de qualquer consumo de álcool, ação que
pode levar à fadiga do fígado. Uma fadiga geral pode persistir.
Tratamentos Hepatite A: não possui forma crônica, o tratamento consiste em repouso.
Tratamentos Hepatite A: não possui forma crônica, o tratamento consiste em repouso.
Não existe tratamento específico
para a hepatite A, sendo que as medidas adotadas visam a redução dos sintomas e
do incômodo sentidos pelo paciente. Não existe necessidade de dieta especial,
entretanto, o uso de bebidas alcoólicas deve ser interrompido
Tratamentos Hepatite B Na
fase aguda, a hepatite B é tratada com medicamentos que combatem
náuseas, vômitos, coceiras e pela administração intravenosa de líquido caso
seja necessária sua reposição. O repouso é indicado e aconselha-se que o
paciente não faça uso de bebidas alcoólicas. É importante sempre ter o
acompanhamento médico na utilização de qualquer medicamento em pacientes com
hepatite B, uma vez que muitos necessitam do bom funcionamento do fígado para
desempenharem sua função.
Na fase crônica da doença, o tratamento pode
ser feito com interferon ou análogos de nucleosídeo, que têm como função
interromper a replicação do vírus e estimular a destruição das células já
infectadas. As drogas mais usadas nessa fase da doença são a lamivudina e o
interferon (convencional ou peguilado); outras opções incluem adefovir,
tenofovir e entacavir. O tratamento injetável tem duração de 4 a 8 meses, sendo
sempre necessária a avaliação médica para decisão da duração total da terapia.
Se a fase crônica evoluir para cirrose ou
insuficiência hepática, aconselha-se o transplante de fígado. Entretanto, como
não há formas eficazes de se evitar a infecção do novo fígado pelo vírus HBV, a
taxa de recidiva da doença é muito alta. No caso de transplante, o paciente
utiliza imunoglobulina anti-HBs para evitar o reaparecimento do antígeno HBsAg.
Os requisitos para recebimento do transplante sã ter menos de 65 anos e não
sofrer de nenhuma doença grave que afete órgãos como rins, pulmões e coração.
Vacina
contra a hepatite B
É
importante lembrar que, um recém-nascido que recebe as três doses da vacina
contra a hepatite B, estará protegido contra o vírus. Note que, em alguns
países de risco é aconselhável a vacinação em recém-nascidos, já nos países de
baixo risco a vacinação é recomendada apenas para as pessoas de risco
Tratamentos hepatite C
As principais drogas usadas para a
infecção crônica da hepatite C são o interferon alfa e ribavirina em esquema
combinado. A eficácia desse esquema é de cerca de 60%, entretanto, nem todos os
pacientes respondem de maneira igual à terapia e varia entre 45 e 55 por cento
no genótipo 1 e ronda os oitenta por cento nos genótipos 2 e 3.
O PEG-interferon alfa é uma
alternativa ao interferon alfa, sendo que essa molécula apresenta absorção e
eliminação mais lentas. É importante que antes de qualquer conduta, um médico
seja consultado.
Os novos
tratamentos, o telaprevir e o boceprevir ativos contra o vírus HCV tipo 1
(vírus majoritário no Brasil) são muito promissores em combinação com os dois
primeiros descritos acima, estes tratamentos já estão disponíveis no Brasil.
Ambas as
drogas melhoram significativamente as chances de sucesso do tratamento (por
exemplo, de 70 a 90% dos pacientes são curados com telaprevir em seis meses ao
invés de um ano como antes).
Estes
dois novos medicamentos que são na verdade, inibidores da protease podem
aumentar a resposta virológica de maneira continua (com uma correlação com a
cura clínica) em comparação com a terapia convencional (interferon e
ribivirina).
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