Assistência de enfermagem - Exame físico com
ênfase nas anotações de enfermagem
Desde 1979, WANDA DE AGUIAR HORTA,
enfermeira, fundamentou a TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS e dividiu os
cuidados de enfermagem em:
Histórico de
enfermagem, Diagnóstico de enfermagem, Plano Assistencial, Plano de cuidado,
Evolução de enfermagem, Prognóstico de enfermagem
Desde então, a enfermagem vem sofrendo reformulações
nos seus cuidados.
SAE - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Segundo ARAÚJO
et al, 1996, SAE é definida como um método para a organização e
prestação dos cuidados de enfermagem, constituído por cinco fases:
Histórico de
enfermagem, Diagnóstico de enfermagem, Planejamento, Implementação, Evolução de
enfermagem.
A SAE é uma atividade privativa do enfermeiro que
norteia as atividades de toda a equipe de Enfermagem, já que técnicos e
auxiliares desempenham suas funções a partir da prescrição do enfermeiro.
EVOLUÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
1. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Evolução de Enfermagem tem como definição um
registro feito única e exclusivamente pelo Enfermeiro após a avaliação do
estado geral do paciente, desse registro devem constar os problemas novos
identificados, um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os
problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes (COREN, 1999).
Para Horta (1979) a evolução de enfermagem é o
relato diário ou periódico das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano
enquanto estiver sob assistência profissional, ou seja, uma avaliação global do
plano de cuidados.
Segundo Horta (1979) e Campedelli et al (1989) a
evolução de enfermagem deve conter a seguinte ordem:
Data, hora, tempo de internação,
Motivo da internação
Diagnóstico médico
Discriminação sequencial do estado geral do paciente
seguindo a ordem do exame físico
Descrição dos procedimentos invasivos realizados
Descrição dos cuidados prestados aos clientes e
apoio psicológico
Descrição das eliminações e secreções
E ao final assinatura do enfermeiro e número do
registro no conselho de classe.
Ana Paula Boaventura (2009) realizou algumas
observações atuais sobre a evolução e anotação de enfermagem:
“ Na prática
existe uma grande dificuldade dos profissionais de enfermagem realizarem a
evolução de enfermagem que na maioria das vezes se confunde com as anotações de
enfermagem.”
“Atualmente é visto o desuso da evolução de
enfermagem principalmente na descrição sequencial do exame físico que está
sendo substituído por instrumentos específicos tipo check-list que são
preenchidos diariamente”.
Ex.:
Evolução de Enfermagem
- Puérpera no ___ dia de pós parto cesáreo / normal, imediato ( 0 a 10 dias)/ tardio (11 a 45 dia)/ remoto (além do 45 dia),
- calma /agitada, lúcida-orientada/desorientada, encontrado no leito em decúbito dorsal / deambulando
- Ao exame: eupneica / dispneica, normotensa/hipertensa/ oscilação de PA, com episódios de hiperglicemia e hipoglicemia, mucosas oculares normocrômica/hipocrômica, escleróticas anictéricas/ictéricas, pele com turgor e elasticidade mantidas, extremidades aquecidas e perfundidas
- Aceitando bem a dieta (aceita parcialmente, refere inapetência)
- Refere eliminações intestinais e diurese com normalidade/ anormalidade
- Uso de AVP em MSE/D, curativo em região pélvica limpo e seco / ou pontos íntegros e secos sem sinais flogísticos, Em uso de sonda de Foley drenando ____ de urina com aspecto normal, sonda nasoenteral para gavagem, solução padrão).
- tórax simétricos / assimétricos, mamas túrgidas (flácidas, ingurgitadas), mamilos protusos , comprido, planos, invertidos), mamas com presença de colostro, abdome globoso e rígido devido ao globo de PINARD (normotenso, doloroso à palpação), involução uterina __cm abaixo da cicatriz umbilical, lóquios rubros fisiológicos (aumentados, diminuídos, quantidade moderada) com odor característico (inodoro, fétido), episiorrafia sem sinais flogísticos (com hematoma, com secreção, deiscência), genitália íntegra com presença de loquiação fisiológica normal / loquiometria. MMSS, MMII sem presença de edema,
- Sem queixa no momento.
- Administrado medicação
- Segue sob os cuidados e observação da equipe de enfermagem.
2. ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
As anotações de enfermagem devem conter frases
curtas, informações objetivas do cuidado, sinais e sintomas dos pacientes, ação
e efeito das intervenções, sempre precedidos de data e hora em que foram
realizados os cuidados e proceder sempre a assinatura e o número do registro no
conselho de classe (COREN, 2000).
Anotação
|
Evolução
|
Dados
brutos
|
Dados
analisados.
|
Elaborada
por toda equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem).
|
Elaborada
apenas pelo enfermeiro.
|
Referente
apenas a um momento.
|
Referente
a um período de 24 h.
|
Dados
pontuais.
|
Dados
processados e contextualizados.
|
Registra
uma observação.
|
Registra a
reflexão e análise de dados.
|
2.1
Regras para elaboração da Anotação de Enfermagem
1.
Certifique
se o nome do paciente está correto.
2.
Caneta azul (diurno) e vermelha (noturno).
3.
Devem ser
legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas.
4.
Quando
relatar a fala da paciente colocar entre aspas ou SIC (segundo informações
colhidas).
5.
Jamais relatar o que não fez.
6.
Documentar
notificações ao médico com o motivo e as orientações fornecidas por ele.
7. O profissional
não deve confiar na memória, logo o registro das informações deve ser anotado
imediatamente após a realização do procedimento.
8. Preencha
todo espaço de cada linha ou passe um traço ao longo do espaço que sobrou;
9. Nunca
anote as atividades antes de serem realizadas ou chequem coisas que não
fizeram;
10. Quando
errar, sublinhe e coloque estre parentes, escreva ERRO , e escreva o certo em seguida.
11. Os
técnicos de enfermagem devem escrever apenas dados que não requeiram
aprofundamento científico.
12. Obs.: Ler regras do manual de
anotações do COREN- SP
2.2
Roteiro para anotação de enfermagem – O
que anotar ?
Ver
apostila do COREN – SP
1. Comportamento e observações relativas ao
paciente:
Sinais subjetivos(e o que o paciente relata,o que
ele fala para o profissional)
Uso de medicações;
Sinais objetivos(e o que você vê.
Ex,edema,feridas,etc...)
Nível de consciência;
Estado emocional;
Integridade da pele e mucosa;
Hidratação;
Aceitação de dieta;
Manutenção venóclise;
Movimentação;
Eliminação;
Presença de cateteres e drenos.
2. Cuidados prestados aos pacientes:
Mudança de decúbito (posição);
Posicionamento no leito ou na poltrona;
Banho;
Curativos;
Retirada de drenos, sondas, cateteres, etc.
3. Medidas prescritas pelo médico e prestadas pela
enfermagem:
Repouso;
Uso de colete/faixas;
Recusa de medicação ou tratamento.
4. Respostas específicas do paciente à terapia e
assistência:
Alterações do quadro clínico;
Sinais e sintomas;
Alterações de sinais vitais;
Intercorrências com o paciente;
Providências tomadas;
Resultados
5. Orientações educativas:
Nutrição;
Atividade física;
Uso de medicações.
6. Outros fatos relevantes (de qualquer natureza) referidos
pelo paciente ou percebidos pelo profissional:
Acidentes e intercorrências;
Recebimento de visitas.
Obs.: As anotações podem variar de acordo com o setor e tipo de
assistência.
7. Tipos de anotação de acordo com as observações:
·
Dieta
Ex.: Em dieta
hipocalórica e hipossódica, aceitando parcialmente a dieta, tomou apenas o
suco, sem auxílio. Refere falta de apetite.
·
Diurese
Ex.:
Apresentou um episódio de micção espontânea, 200ml diurese amarelo escuro, com
odor fétido, queixa de dor ao urinar.
Evacuação
Ex.:
Apresentou um episódio de evacuação em pequena quantidade, pastosa, odor
característico. Queixa de dificuldade para evacuar.
Mudança de decúbito
Ex.:
Realizada mudança de decúbito para lateral esquerda às 10:30, sendo protegida
região do braço, joelhos e calcâneos com travesseiro.
Intercorrências
Ex.: Criança
apresentou crise convulsiva no domicílio. Genitora informa que criança está com
febre SIC. Verificado T: 40º. Comunicado à enfermeira.
Higienização, Cuidados com o corpo, Higiene íntima e
Higiene oral
Ex.:
Realizado banho de leito, com água e sabonete;
realizado exercícios passivos de flexão e extensão dos MMII e MMSS;
apresentado irritação na pele usado pasta d’agua. Feita higiene íntima, lavagem
do couro cabeludo; Higiene oral com antisséptico e observado mucosa oral ressecada, sangramento
gengival, língua saburrosa e halitose, feita limpeza de prótese dentária.
Curativo
Ex.:
Realizado curativo em MIE (pé) , apresentando secreção purulenta, pequena
quantidade, odor fétido , realizado
curativo oclusivo com SF 0.9% e
Bactroban conforme prescrição médica.
Dreno
Ex.: Em uso
de sonda de foley drenando urina com aspecto normal.
Acesso venoso periférico
Ex.:
Realizado punção venosa no dorso da mão direita, com jelco 22, instalado SF 0,9
% conforme prescrição médica.
Dor
Ex.: Refere
cefaleia. Realizada medidas de conforto, comunicado ao médico plantonista e
administrado medicação analgésica conforme prescrição.
·
Administração
de medicamento
Ex.:
Administrado dipirona EV, amoxicilina VO conforme prescrição médica.
·
Sinais
vitais SSVV e dados antropométricos
Em alguns
casos pode ser feito os dados
antropométricos: peso e altura e em crianças perímetro cefálico de acordo com a
idade;
Ex.: T: 37,5ºC, PA: 120/80 mmHg, R: 18mrpm, P:
75bpm
·
Estado geral:
a) Nível de
consciência: Alerta, Sonolência, Torpor, Coma superficial, Coma profundo.
b) Orientação: calma /agitada,
lúcida-orientada/desorientada
c)
Condição de movimentação: encontrado no leito
em decúbito dorsal / deambulando/ cadeira de roda e etc.
8. Tipos de
anotação de acordo com o processo de internação do paciente na unidade
hospitalar:
Admissão
Pré-operatório
Pós-operatório
Transferência de unidade ou setor
Alta
Óbito
Ø Ex. de anotação de
Admissão:
22/11/13 – 08:00 Gestante admitida no pré parto,
deambulando, acompanhado de companheiro. Apresentando dor abdominal. SSVV:
PA=120/70 mmhg, P=68bpm, R=20mrpm, T=36,5º. Relata ter percebido perda de
sangue em pequena quantidade a cerca de 3 horas. Não faz uso de medicação, não
refere alergias , não ser tabagista e nem etilista. Realizado AVP em MSE dorso
da mão com jelco 22. Orientada quanto aos cuidados no pré parto . Ass: do
profissional
11/04/2013 – 10:30hs – Paciente admitido na clinica
médica, com diagnostico de AVC, acompanhado pela filha, deambulando e
orientado. Trouxe uma sacola plástica contendo roupas: calça preta, uma
blusa vermelha, um par de chinelos, e
pertences de higiene pessoal. Refere
hipertensão arterial e faz uso de Captopril 5mg 2 vez ao dia pela manhã. Nega
diabetes e outras doenças. Não fuma e não ingere bebida alcoólica.
Verificados SSVV: PA 140x80mmHg, ,MSD; R=18mov/min, regular e predominantemente
abdominal; P=88bpm, rítmico, forte e cheio, T= 36,5ºC; peso corporal 72kg e
altura 170cm.
Ø Ex.: Pré operatório
22/11/13 – 09:00 Encontra-se em jejum desde 23:00,
ansiosa e preocupada. Encaminha ao banho de aspersão, feito higiene oral. Orientada quanto a retirada da prótese.
Realizado tricotomia na região pubiana perineal. Relata ser alérgica a iodo.
Encaminhado ao banheiro para esvaziamento vesical. Deixa o setor as 09:40 em
maca, em soroterapia no MSE dorso da
mão. SSVV: PA=130/90 mmhg, P=70 bpm, T=36º C, R=22mrpm. Ass profissional.
(extraído Profª. Marilia Cavalcate, UNICENTRO, 2009 )
Ø Ex.: Pós operatório
22/11/13 – 07:30 - Puérpera no 2º dia de pós parto
cesáreo, encontrado no leito em decúbito dorsal, calma, lúcida, orientada,
mamas com presença de colostro, curativo em região pélvica limpo e seco, uso de
AVP em MSE, Em uso de sonda de Foley drenando 200ml de urina com aspecto normal, sonda
nasoenteral para gavagem, solução padrão. Refere eliminações intestinais e diurese
com normalidade. Segue sob os cuidados e observação da equipe de enfermagem.
Ø Ex.: de anotações de
Internamento
03/08/2012 – 9:00horas – Paciente encaminhado ao
banho de chuveiro. Realizou a higiene corporal e oral sem ajuda. Aceitou no
desjejum 180ml de leite, 50ml de café e 1 pão com manteiga .
04/08/2012 – 10:00horas – Paciente urinou
espontaneamente 250ml de urina amarelo claro e odor característico .
04/08/2012 – 11:00horas – Paciente encaminhado para
Rx de tórax, de cadeira de rodas, orientado, acompanhado pela aluna Flávia.
Encaminhado prontuário do paciente.
04/08/2012 – 16:00horas – Paciente apresentando
náuseas. Não foi administrado medicamento no horário das 16horas. Comunicado a
enfermeira Kátia.
Ø Ex.: Alta
10/08/2012- 10:45horas- Paciente saiu de alta
acompanhado pela esposa, em cadeira de rodas, orientado. Entregue a esposa uma
sacola contendo uma calça preta, uma camisa vermelha, uma par de chinelos e
pertences de higiene pessoal. Orientado uso das medicações e orientado para
comparecer ao retorno no dia 10/12/12. Encaminhado prontuário e exames
complementares para arquivamento.
3. Sequência da anotação para o técnico de enfermagem
•
Data – Hora
•
Dia de
internação (DIH)
•
Tipo de
tratamento (HD- hipótese diagnóstica)
•
Estado
geral: Nível de consciência ,
orientação , condição de movimentação.
•
SSVV por
escrito
•
Dieta :
tipo, via e aceitação
•
Eliminação :
diurese e evacuações
•
Alterações
observadas (de acordo com as normas do conselho)
•
Queixas do
paciente
•
Procedimentos
realizados
•
Carimbo e
assinatura
EXAME FÍSICO
O exame físico é o conjunto de técnicas e
manobras de alguns profissionais de saúde com o intuito de diagnosticar
uma doença ou problemas
de funcionalidade, entre outros. Os profissionais de saúde que se utilizam
desse instrumento visam a detecção de anormalidades para possíveis intervenções
e para prevenção do agravamento do estado do paciente.
O exame físico compreende a inspeção (observar),
palpação (sentir), ausculta (escutar) e percussão (produzir sons). (http://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_f%C3%ADsico)
O Técnico de enfermagem, pela legislação do
conselho, não está apto a realizar a evolução de enfermagem, mas é muito comum
encontrar em instituições esse profissional realizando diariamente a evolução.
Em vista dessa realidade, esse profissional deve
conhecer o processo de exame físico, pois deve saber as alterações possíveis de
ocorrer em um corpo humano.
O Técnico de enfermagem precisa observar essas
alterações, pois o profissional deve avisar ao enfermeiro ou médico as
alterações no paciente.
Essas observações são realizadas pelo Enfermeiro.
O Técnico de enf. poderá, durante os cuidados ao
paciente, realizar observações e informar ao enfermeiro e médico. As anotações
devem seguir as normas do conselho.
A sequência lógica do Exame Físico é a seguinte:
Ø Pele; Cabeça e Pescoço; Tórax e pulmões; Mamas;
Sistema Cardiovascular; Genitália; Sistema Neurológico; Sistema Musculoesquelético.
Essa sequencia deve ser seguida nas evoluções de
enfermagem.
OBSERVAÇÕES
PARA O EXAME FÍSICO
1. PELE (inspecionar)
• Lesões: úlceras,
cicatrizes, ferimento, nódulos, manchas que mudam de cor e ou textura,
verrugas, petequeias, equimoses, hematomas, etc.
• Cor da pele: cianose, palidez, hiperemia.
• Vascularidade:
má perfusão periférica.
• Turgor (elasticidade): desidratação, edema
(observar localização e extensão).
• Temperatura: pele
fria, umidade (sudorese intensa).
•
Sensibilidade: manchas com ausência de
sensibilidade (hanseníase)
2. CABEÇA (inspecionar e palpar)
• Couro cabeludo:
presença de tumorações, nódulos, abaulamento, afundamentos, parasitas,
seborréia, queda de cabelo, fontanelas, higiene.
• Face: simetria, manchas que mudam de cor e ou
textura (CA de pele)
• Olhos: simetria do
olhar (assimetria); pupilas (diâmetro, midríase, miose, anisocoria e
fotossensibilidade); acuidade visual e campo visual ; conjuntivas (hiperemia, inflamação e lesão) e
escleróticas (hiperemia, icterícia,
pterígio), movimentos oculares (nistagmo – batimentos rápidos);
implantação dos cílios (tracoma) e sobrancelha
(madarose – ausência de pelos ), pálpebras (ptose), lacrimejamento uni
ou bilateral , exoftalmia (tumores e hipertireoidismo) , enoftalmia (
desidratação).
• Nariz: batimento de asas, lesões, coriza,
congestão nasal.
• Orelhas: lesões, presença de secreção no
conduto auditivo, implantação no RN e acuidade auditiva.
• Boca e Faringe: lábios, mucosa bucal, língua, faringe,
palato: processos infecciosos, fissuras, lesões.
Observar sintomas gerais: mucosas descoradas hipercoradas,
cianóticas ou ictéricas; dor e desconforto oral (odontalgia, glossalgia,
disfagia, priaprismo, dor de garganta), lesões (úlceras, escoriações, cistos,
placa branca), estomatite, edema, hiperemia, sangramento gengival, gengivite,
descamação, diminuição ou falta de salivação, língua saburrosa, halitose e
cáries
• Gengivas e dentes: implantação, lesões
(encaminhar ao serviço de odontologia caso haja anormalidades).
• Movimentos involuntários (convulsão focal),
dificuldade para manter a cabeça ereta, equilíbrio;
•
Tamanho e formato (micro ou macrocefalia)
3. PESCOÇO (Inspecionar e palpar)
•
Traquéia: mobilidade
•
Gânglios cervicais: edemas.
•
Tireóide:
massas, aumento de volume.
•
Vasos:
pulsação, estase jugular.
•
Movimento: extensão, rotação e inclinação,
flexão (rigidez de nuca)
4.
TÓRAX E PULMÕES (Inspecionar e palpar)
• pele, pelos,
circunferência, abaulamentos e retrações, manchas, cicatrizes, circulação
colateral (veias muito visíveis e palpáveis que chamam a atenção pode ser sinal
de tumor de mediastino)
• Implantação e simetria mamária: nódulos,
secreção mamilar;
• Tórax em Barril: pacientes com DPOC.
• Tórax em Funil: peito escavado por depressão
na porção inferior do externo, comum no raquitismo.
• Tórax de Pombo: peito carinado - resultado do
deslocamento do esterno para frente com aumento do diâmetro ântero-posterior,
pode estar presente na Asma.
• Tórax cifoescoliose: elevação da escápula com
a coluna em forma de “S”, ocorre na osteoporose e doença esquelética.
• Expansão pulmonar, retração ou abaulamento dos
espaços intercostais e simetria
• Frequência respiratória, ritmo (períodos de
apneia), esforço respiratório, tiragem intercostal (na expiração: Asma)
• Respiração paradoxal: na inspiração há
expansão de um lado e retração do outro, e na expiração o lado afetado expande
e o lado normal retrai: fratura de costela.
Ausculta
• Murmúrios
vesiculares: ausculta normal – resultado da entrada e saída de ar nos pulmões,
ouvido em todo campo pulmonar.
• Roncos: inflamação,
excesso de muco ou secreção – característica de sons grosseiros e graves
geralmente expiratório, em alguns casos podendo ser inspiratórios, causando
alterações na tosse.
• Estertores ou
crepitações (congestão pulmonar): caracterizado por atelectasia, inflamações
(pneumonia), excesso de líquido (edema agudo pulmonar, ICC descompensada) e
excesso de muco, som descontínuo.
• Sibilos (asma,
DPOC), broncoconstrição ou estreitamento das vias aéreas por broncoespasmo: som
musical agudo contínuo (chiado de gato), geralmente expiratório, em alguns
casos podendo também ser inspiratórios.
• Tosse e expectoração: tempo de duração,
aspecto, coloração, quantidade, presença de sangue.
5.
ABDÔMEN (Inspecionar e palpar)
O abdômen deve ser separado em quadrantes para
melhor identificação do local da queixa.
Hipocôndrio direito, Flanco direito, Fossa ilíaca
direita, Região epigástrica, Região mesogástrica e umbilical, Região
hipogástrica (baixo ventre), Hipocôndrio esquerdo, Flanco esquerdo, Fossa
ilíaca esquerda
• Pele: lesões (herpes
zoster, manchas com ausência de sensibilidade, escabiose, trajeto venoso
dilatado).
• Forma: plano, flácido, globoso, escavado,
distendido, ascítico.
• Simetria: igualdade dos quadrantes (presença
de hérnia ou massa).
• Ausculta: ruído hidro-aéreo (presente, ausente
ou aumentado).
• Percussão: sons timpânicos: gases; sons
maciços : órgãos, vísceras com fezes ou líquidos.
• Palpação: massa, globo vesical, dor à
palpação.
6.
REGIÃO INGUINAL
Aspecto: lesões, hérnias (com queixa de dor),
hiperemia, dor, presença de gânglios, presença de parasitas.
7.
GENITAIS FEMININOS
• Aspecto: lesões,
odor, dor às micções, prurido, presença de secreção (esbranquiçada, amarelada,
escurecida, incolor).
• Estar atento às DSTs, uso de preservativo e
ultima coleta de C.O..
• Pelos pubianos: presença de parasitas.
• Período menstrual: regularidade, volume, odor,
coloração, dor.
• Cólica menstrual: intensidade e
sinais/sintomas associados - pele fria, palidez, náuseas, vômitos.
8.
GENITAIS MASCULINOS
• Aspecto: lesões,
odor, dor às micções, frequência e duração do tempo miccional, prurido,
presença de secreção (esbranquiçada, amarelada, escurecida).
• Estar atento as DST e uso de preservativo.
• Bolsa escrotal: edema, hiperemia.
• Pelos pubianos: presença de parasitas.
9.
REGIÃO ANAL E PERINEAL (Inspecionar)
Integridade, edema, ulcerações, hemorroidas,
abscesso, fissuras, fístulas, prolapsos.
Obs.: este procedimento somente deverá ser realizado
se a queixa for específica e se o cliente estiver totalmente à vontade para
realização do procedimento e não simplesmente ter autorizado por
constrangimento. Em situação de recusa do paciente, anotar em prontuário.
10.
MEMBROS SUPERIORES
Tônus muscular (diminuído ou ausente), tremores,
força (diminuída ou ausente), articulação (edema, dor e rigidez), lesões, hematomas, petequeias, turgor,
hidratação, edemas, perfusão periférica.
11.
MEMBROS INFERIORES
• Tônus muscular
(diminuído ou ausente), tremores, força (diminuída ou ausente), coordenação
motora, lesões, hematomas, petequeias, turgor, hidratação, edemas, perfusão
periférica, articulações (edema, hiperemia, dor, rigidez e alteração da
marcha).
Obs: em
pacientes idosos e obesos atentar-se à avaliação dos joelhos.
12.
UNHAS
• Sinais de infecção
(abscesso) ou fungos.
• Baqueteamento dos dedos (extremidades dos
dedos com forma de baqueta de tambor): sinal de doença pulmonar com condições
hipóxicas crônicas.
13.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Realizar exame neurológico seguindo avaliação da
Escala de Glasgow.
• Anotações de enfermagem – Profª. Marilia
Cavalcate, UNICENTRO, 2009.
• Manual
de Anotação de Enfermagem – COREN/SP
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