TRABALHOS DE TRABALHOS DE ENFERMAGEM

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Oração de Mãe, passa na frente

 
Maria, mãe de Deus e nossa Mãe, passa na frente... Maria passa na frente e vai abrindo estradas e abrindo portas e portões, abrindo casas e corações. A Mãe indo na frente, os filhos estão protegidos e seguem seus passos. Ela leva todos os filhos sob sua proteção. Maria passa na frente e resolve aquilo que somos incapazes de resolver. Mãe, cuida de tudo que não está ao nosso alcance. Tu tens poderes para isso. Vai Mãe, vai acalmando, serenando e amansando os corações. Vai acabando com o ódio, rancores, mágoas e maldições. Vai terminando com as dificuldades, tristezas e tentações. Vai tirando teus filhos das perdições. Maria passa na frente e cuida de todos os detalhes, cuida, ajuda e protege a todos os teus filhos. Maria Tu és a Mãe também porteira. Vai abrindo o coração das pessoas e as portas nos caminhos. Maria eu te peço passa na frente e vai conduzindo, levando, ajudando e curando os filhos que precisam de Ti. Ninguém pode dizer que foi decepcionado por Ti, depois de ter chamado ou invocado. Só tu, com o poder de teu filho, pode resolver as coisas difíceis e impossíveis. Nossa Senhora, faço esta oração pedindo a tua proteção, rezando um Pai Nosso e três Ave Marias. Amém.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

História de Nossa Senhora das Candeias/ Da Luz

 
A origem da devoção à Senhora das Candeias tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote, a fim de apresentar o seu sacríficio (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se.
Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, teria-lhes dito: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo» (Lucas, 2,29-33).

Com base na festa da Apresentação de Jesus / Purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão (conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: o Nunc dimittis), que promete que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora das Candeias, cujas festas eram geralmente celebradas com uma procissão de velas, para relembrar o fato.
Aparência
A Virgem da Candelária ou Nossa Senhora da Luz apareceu em uma praia na ilha de Tenerife (Ilhas Canárias, Espanha) em 1400. Os nativos guanches da ilha ficaram com medo dela e tentaram atacá-la, mas suas mãos ficaram paralisadas. A imagem foi guardada em uma caverna, onde, séculos mais tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção se espalhou na América. É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da Candelária.
Invocação e expansão do cultoNossa Senhora das Candeias era tradicionalmente invocada pelos cegos (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: «Perguntai aos cegos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora das Candeias [...]»), e tornou-se particularmente cultuada em Portugal a partir do início do século XV; segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, que descobriu uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, no termo de Lisboa. Aí se fundou de imediato um convento e igreja a ela dedicada, que conheceu grande incremento devido à ação mecenática da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I e sua terceira esposa, D. Leonor de Áustria.
A partir daí, a devoção à Senhora das Candeias cresceu, e com a expansão do Império Português, também se dilatou pelas regiões colonizadas, com especial destaque para o Brasil, onde é a santa padroeira da cidade de Curitiba.
Lenda de Nossa Senhora das Candeias
A lenda de Nossa Senhora das Candeias é um mito sobre a fundação de Curitiba. Haveria uma imagem de Nossa Senhora das Candeias, localizada na capela do primeiro vilarejo da região, a Vilinha, ainda às margens do Rio Atuba (Curitiba). Todas as manhãs esta imagem estava voltada para uma dada direção. Interpretando como uma vontade da Santa, foi feito um contato com o cacique dos índios tingüi, o cacique “Tindiquera”. Este teria localizado o novo local e colocado uma vara no chão, dizendo “Coré Etuba”, com o significado de “muito pinhão”. Desta vara teria brotado uma frondosa árvore, sendo este o marco zero da cidade de Curitiba.
Existem outras lendas de Nossa Senhora da Luz em diversos locais do Brasil: Guarabira/PB, Pinheiro Machado/RS, Itu/SP, ou ainda Corumbá/MS. Em Juazeiro do Norte, Ceará, ocorre todos os anos uma grande romaria em sua homenagem.
Nossa Senhora da Luz, dita A Virgem do Carvoeiro. esta última imagem é brasileira do século XVI e está no Museu de Arte Sacra de São Paulo.

Oração a Nossa Senhora da Candeias

 
Virgem Santíssima das Candeias, vós que pelos merecimentos de vosso Filho Onipotente, tudo alcançais em benefício dos pecadores de quem sois igualmente Senhora e Mãe.
Vós que não desprezais as súplicas humanas e nem a elas fechais o vosso coração compassivo e misericordioso.
Iluminai-me, eu vos peço, na estrada da vida, encorajai-me e encaminhai os meus passos e as minhas orações para o verdadeiro bem.
Livrai-me de todos os perigos a que está exposta à minha fraqueza. Defendei-me de meus inimigos, como defendeste o vosso amado Filho das perseguições que sofreu sendo menino.
Não consintais que eu seja atingido por ferro, fogo e nem por peste alguma, e depois de todos estes benefícios de vossa clemência nesta vida, conduzi a minha alma para a morada dos anjos, onde com Jesus Cristo, vosso Filho e Nosso Senhor, viveis e reinais, pelos séculos.
Amém.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

NOVENA DE SÃO SEBASTIÃO

 
Rezar todos os dias, fazer a Oração a São Sebastião e a Oração do Dia



Oração a São Sebastião

Glorioso mártir São Sebastião, nosso valoroso padroeiro e defensor, vós que derramastes vosso sangue e destes vossa vida em testemunho da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, alcançai-nos do mesmo Senhor, a graça de lutarmos contra a desonestidade, a ganância, a corrupção que geram a violência, e que são os verdadeiros inimigos da justiça, da esperança, da paz e do amor.
Protegei, com a vossa poderosa intercessão, os filhos desta Terra de Santa Cruz. Livrai-nos de toda epidemia corporal, moral e espiritual. Fazei que se convertam aqueles que são instrumentos de infelicidade para os outros. Que o justo persevere na fé e propague o amor de Deus, até o triunfo final.
Glorioso batalhador da fé socorrei-nos em nossas fraquezas e necessidades urgentes. Rogai por nós junto ao trono do Altíssimo. Nós queremos tê-lo sempre como nosso especial advogado e protetor. Prometemos nunca deixar de vos honrar e divulgar a devoção para convosco.
São Sebastião, advogado contra as epidemias, a fome e as guerras, rogai por nós sem cessar. Amém.

1º Dia

L1 – Pai dá-nos a tua mão! Guia-nos através da escuridão que nos envolve.
T – Senhor indica-nos o caminho certo, porque a noite está escura e nós estamos longe de casa.
L2 – Tu nos levarás pela mão, mesmo por entre pedras e precipícios, montanhas e desertos, até aparecer à luz do dia…
T – Senhor indica-nos o caminho certo, porque a noite está escura e nós estamos longe de casa.
L1 – Antigamente não pedíamos para nos conduzires. Por isso erramos tanto…
T – Senhor indica-nos o caminho certo, porque a noite está escura e nós estamos longe de casa.

2º Dia

L1 – No dia do batismo recebemos uma missão: “Ide pelo mundo inteiro! Pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mt 28,19).
T – Senhor fazei-nos fiéis à nossa missão de evangelizadores.
L2 – Para que o exemplo de São Sebastião nos anime no caminho do bem, apesar de todos os empecilhos…
T – Senhor fazei-nos fiéis à nossa missão de evangelizadores.
L1 – Para que saibamos praticar e viver o que transmitimos para os outros.
T – Senhor fazei-nos fiéis à nossa missão de evangelizadores.

3º Dia

L1 – Para que tenhamos ao menos uma fagulha do zelo que tiveram os santos, rezemos ao Senhor.
T – Senhor, escuta a nossa prece!
L2 – Para que defendamos a justiça e a verdade, mesmo com o risco da própria vida.
T – Senhor, escuta a nossa prece!
L1 – Para que o mundo seja melhor, graças à nossa colaboração desinteressada.
T – Senhor, escuta a nossa prece!

4º Dia

L1 – Senhor, os santos jamais se acomodaram no teu serviço e no serviço dos irmãos. Viviam numa santa preocupação pelo bem e pela verdade.
T – Ajuda-nos a viver as exigências do nosso batismo no dia-a-dia!
L2 – Livra-nos do comodismo na prática do bem.
T – Ajuda-nos a viver as exigências do nosso batismo no dia-a-dia!
L3 – Livra-nos da tentação de “deixar as coisas como estão, para ver como ficam”.
T – Ajuda-nos a viver as exigências do nosso batismo no dia-a-dia!

5º Dia

L1 – Senhor, mesmo que as pessoas sejam egocêntricas e interesseiras.
T – Ajudai-nos a amá-las, mesmo assim.
L2 – O que fizermos hoje pode ser esquecido amanhã.
T – Mesmo assim, ajudai-nos, Senhor, a continuar fazendo o bem.
L1 – Ser honesto, hoje em dia, é o mesmo que ser ridicularizado, ser tachado de bobo.
T – Mesmo assim, ajudai-nos, Senhor, a ser honestos.
L2 – Aquilo que levamos anos para construir, pode ser destruído hoje.
T – Mesmo assim, ajudai-nos a continuar construindo.
L1 – Mesmo se dermos tudo o que temos, corremos o risco da ingratidão.
T – Ainda assim, ajudai-nos, Senhor, a dar e a nos doar sempre. Amém.

6º Dia

A – Para que reine em nossas comunidades o mesmo espírito de fraternidade que animava os primeiros cristãos, rezemos ao Senhor.
T – Senhor, escuta a nossa prece.
L1 – Para que saibamos transformar as cruzes de cada dia em fontes de merecimentos para o céu, rezemos…
T – Senhor, escuta a nossa prece.
L2 – Para que a exemplo de nossos mártires reforce a nossa fé e a nossa união, rezemos…
T – Senhor, escuta a nossa prece.

7º Dia

L1 – Para que sejamos solidários e não solitários.
T – Ajuda-nos, Senhor!
L2 – Para que saibamos propor e jamais impor.
T – Ajuda-nos, Senhor!
L1 – Para que sejamos diferentes, e não indiferentes.
T – Ajuda-nos, Senhor!
L2 – Para que saibamos insistir sem jamais desistir.
T – Ajuda-nos, Senhor!
L1 – Para que saibamos ser úteis e nunca inúteis.
T – Ajuda-nos, Senhor!

8º Dia

L1 – Senhor, pela intercessão de São Sebastião:
L2 – Em nossas dúvidas de fé,
T – Orientai-nos!
L1 – Da fome e das doenças,
T – Afastai-nos!
L2 – Da dependência das drogas,
T – Preservai-nos!
L1 – O caminho da justiça e da verdade,
T – Mostrai-nos!
L2 – Das secas, das tempestades e da guerra,
T – Livrai-nos!
L1 – Do medo e da violência,
T – Protegei-nos!
L2 – Com o fogo do teu Espírito,
T – Transformai-nos!

9º Dia

L1 – No final desta novena invoquemos São Sebastião, que está na glória do céu, pedindo confiantes:
T – São Sebastião roga por nós!
L2 – Ajuda-nos a ser também testemunhas destemidas, para anunciar com ardor o Evangelho de Jesus.
T – São Sebastião roga por nós!
L1 – Para que nada deste mundo desvie nossos olhos do ideal cristão, que é o seguimento de Cristo.
T – São Sebastião roga por nós!
L2 – Para que um dia nos encontremos na glória do céu para, junto contigo e com todos os santos e santas, louvar eternamente a Trindade Santa.
T – São Sebastião roga por nós!

5 motivos para beber mais água

 

1. Hidratação



Além de refrescar, a água é um importante elemento para a hidratação. Beber uma quantidade razoável de água assegura de que o corpo está nutrido. Além do que, a hidratação do corpo combate infecções e auxília no transporte do sangue de minerais, como ferro, importante para fortalecer as defesas do organismo.

2. Ajuda a emagrecer

A ingestão de água diminui a retenção de líquidos e contribui na redução de peso. E, se tomada antes das refeições, ajuda mais ainda. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade Virgínia Tech, EUA, beber de 2 a 3 copos antes das principais refeições ajuda a controlar o apetite.

3. Desintoxica o corpo

Hidratar diariamente o corpo com a água contribui também para a desintoxicação do organismo. É a água que carrega as toxinas acumuladas no organismo para fora do corpo, pela urina e pelo suor. Ou seja, quanto mais água, mais toxinas são eliminadas. A água também amolece as fezes, facilitando a evacuação.

4. Deixa a pele mais bonita

A água ajuda na renovação celular e a diminuir a descamação da pele seca.  Além disso, é um dos elementos fundamentais para retardar os efeitos causados pela idade. 

5. Ajuda na absorção de nutrientes

Nutrientes e glicose precisam da água para serem absorvidos pelo corpo. O líquido é o complemento necessário para transportar esses nutrientes pela corrente sanguínea e distribuí-los pelo organismo.

Os 10 benefícios da água para o corpo

1- Poderosa arma contra a celulite



 



A água ajuda o organismo a eliminar as impurezas, além de facilitar a evacuação e melhorar a circulação sanguínea. O resultado disso evita o aparecimento da celulite.

2- Disfarça as rugas

Quando a pele está hidratada, as rugas se tornam menos perceptíveis e a pele fica mais firme.  

3- Fonte rica de beleza

Controla os níveis nutricionais sanguíneos e favorece a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio celular

4-Unhas e cabelos hidratados

É possível notar se o corpo está hidratado avaliando as características do cabelo e das unhas. A pele é a primeira a sofrer, pois a desidratação provoca diminuição do tônus, textura e elasticidade.

5-Livre-se dos inchaços

Quando o corpo está hidratado, o volume de sangue aumenta e melhora a circulação. Beber água ao longo do dia evita que o organismo retenha sódio, responsável pelos inchaços

6-Equilíbrio corporal

O consumo adequado de água contribui para a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio da pele. Além disso, estimula o intestino que elimina toxinas impedindo que o seu acúmulo seja refletido na pele.  

7) Rejuvenesce

A água é uma forte aliada dos cremes hidratantes, pois ambos trabalham juntos para deixar a pele mais bonita e saudável. Os cremes conseguem atingir a camada superficial da derme, enquanto a água é capaz de hidratar as camadas mais profundas da derme.

8- Contra o envelhecimento

As fibras de colágeno, responsáveis pela sustentação da pele, dependem da água para a sua renovação e seu bom funcionamento.  

9- Ajuda a emagrecer

Beber água antes e entre as refeições ajuda a aumentar a sensação de saciedade. Além disso, auxilia no processo de digestão e melhora a prisão de ventre.

10- Essencial para manter a boa aparência

Interfere na manutenção celular e dos órgãos, no bom funcionamento do sistema imunológico e no equilíbrio hormonal

Oração a São Sebastião


Glorioso mártir São Sebastião,
soldado de Cristo
e exemplo de cristão,
hoje vimos pedir
a vossa intercessão
junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador,
por Quem destes a vida.
Vós que vivestes a fé
e perseverastes até o fim,
pedi a Jesus por nós
para que sejamos
testemunhas do amor de Deus.
Vós que esperastes com firmeza
nas palavras de Jesus,
pedi-Lhe por nós,
para que aumente
a nossa esperança na ressurreição.
Vós que vivestes a caridade
para com os irmãos,
pedi a Jesus para que aumente
o nosso amor para com todos.
Enfim, glorioso mártir São Sebastião,
protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra;
defendei as nossas plantações
e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem
e para o bem de todos.
E defendei-nos do pecado,
que é o maior
de todos os males.
Assim seja.
 

Vida de São Sebastião

 
São Sebastião Protetor contra peste, fome e guerras

São Sebastião nasceu no final do século III, em Narvonne, França,e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado.
São Sebastião, desde cedo, sempre se mostrou forte e piedoso na fé. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à de seus irmãos!
Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Alistou-se nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do império. Sebastião ficou conhecido por muitos cristãos, nessa destacada posição, se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo.
Visitava com frequência as pobres vítimas do ódio pagão, e consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu.
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir
Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo.
Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado, Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão
Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos, ele deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o império era este serviço. Denunciou o paganismo e a injustiça.
O Imperador, com o coração fechado, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas.Tal ordem foi imediatamente cumprida:num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram num tronco de árvore e muitas flechadas sobre ele foram lançadas, depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.
À noite, uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela o escondeu em sua casa, e cuidou das feridas dele. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.
Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos,e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma.
Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287.
Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, e onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, Roma estava assolada por uma terrível peste, que vitimou muita gente.
Entretanto, tal epidemia desapareceu a partir da hora da transladação dos restos mortais desse mártir, que é venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.
As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas,se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo.
São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro.
São Sebastião, rogai por nós

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Palestra Mariana

                                                       Palestra sobre Maria apresentada pelo padre Milton Carraschi na Assembleia dos MECEs  


 
Enfoque mariano a partir das "Sagradas Escrituras, Magistério e Tradição"

Espírito Santo, vinde, rezai em nós para o louvor de Deus Pai, que é o Sumo Bem.
Espírito Santo, vinde, rezai em nós para o louvor de Deus Filho, que é nosso Salvador.
Espírito Santo, vinde, rezai em nós para o vosso louvor e o vosso santo modo de operar.
Espírito Santo, que por Maria, nos destes o Salvador, fazei-nos com Maria bendizer a Deus para sempre.
Amém.

CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR MARIOLOGIA COM MARIOLATRIA

MARIA NÃO DEVE CAUSAR DESUNIÃO OU BRIGAS ENTRE OS CRISTÃOS. COM CERTEZA, NÃO É VONTADE DE DEUS, NEM DE MARIA, QUE ELA SEJA UM MOTIVO DE DIVISÃO ENTRE OS CRISTÃOS.

PECADOS DOS CATÓLICOS EM RELAÇÃO A MARIA – desinformação e idolatria
PECADOS DOS NÃO CATÓLICOS EM RELAÇÃO A MARIA - INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
E PRECONCEITO

Maria não é deusa. É criatura. Mas a melhor entre todas as criaturas do seu gênero (Lc 1,42). Porque foi a que melhor soube servir a Deus (Lc 1, 38).

HÁ MUITAS FORMAS DE APRESENTAR MARIA. MAS A MELHOR É COMO SERVA DE DEUS E DA HUMANIDADE.

NOSSA SENHORA RAINHA
Tornar Maria, rainha, é desvirtuá-la das Sagradas Escrituras. Maria é, foi e sempre será serva de Deus (Lc 1, 38) e da humanidade (Jo 19, 27); assim como seu filho Jesus, que quis estar entre nós “como aquele que serve” (Lc 22, 27).

MARIA: QUEM FOI ESTA MULHER ?
QUASE TUDO O QUE SE DIZ ACERCA DA VIDA DE MARIA É FRUTO DA TRADIÇÃO (QUER SEJA POPULAR OU DO MAGISTÉRIO DA IGREJA). CERTEZA MESMO, É SOMENTE O QUE A BÍBLIA NOS FALA SOBRE ELA.

MARIA SEGUNDO A TRADIÇÃO
PAI:  São Joaquim
Mãe: Santa Ana
Nascimento: No dia 8 de setembro, a partir do ano 15 a.C.
Local: Jerusalém ou Nazaré
Morte: Não há registros históricos do momento da morte de Maria. Diz uma tradição cristã que ela teria morrido (Dormição da Virgem Maria) no ano 42 d.C. e seu corpo depositado no Getsêmani.
Casamento: De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém. É também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim.
Com a morte do pai teria se transferido para Nazaré, onde São José morava. Três anos depois ela se casaria com ele. (aos 15 anos)

MARIA SEGUNDO OS EVANGELHOS
Nos Evangelhos Maria faz uso da palavra por seis vezes, duas delas dirigidas ao Anjo da Anunciação, o Magnificat em resposta a Isabel, duas dirigidas ao seu Filho e uma só e última vez dirigida aos homens (aos servos das bodas de Caná).

            ‘Como poderá ser isto, se não conheço varão?’ (Lc 1,34).

            "Eis aqui a serva do senhor, faça-se em mim, segundo a Tua palavra”
            (Lc 1,38)

            "A minha alma engrandece o Senhor..." (Lc 1,46-55)

            "Filho, porque fizeste isto conosco? eis que teu pai e eu te procurávamos angustiados." (Lc 2,48).

            “Eles não têm vinho" (Jo 2,3).

            "Fazei tudo o que Ele vos disser"
            (Jo 2,5).

A FIGURA DE MARIA EM LUCAS
O QUE NOS INTERESSA EM LUCAS ACERCA DE MARIA SÃO OS CAPÍTULOS 1 E 2. ESSES CAPÍTULOS SÃO CHAMADOS DE EVANGELHO DA INFÂNCIA DE JESUS.

LUCAS MOSTRA A IMPORTÂNCIA DE MARIA, CONTRAPONDO-A A ZACARIAS, AO MESMO TEMPO QUE MOSTA A IMPORTÂNCIA DE JESUS, CONTRAPONDO-O A JOÃO BATISTA.

João Batista

1.         Anuncio do nascimento de João Batista (Lc 1, 5-25).
2.         Nascimento de João Batista (Lc 1, 57-66)
3.         Circuncisão e manifestação de João Batista (Lc 1, 59 - 80)
4.         Conclusão: o menino crescia... (Lc 1,80)

Jesus

1.         Anuncio do Nascimento de Jesus (Lc 1, 26-38)
2.         Nascimento de Jesus (Lc 2,1-20)
3.         Circuncisão e manifestação de Jesus (2, 21-52)
4.         Conclusão: o menino crescia... (Lc 2, 40.52)


O texto põe em relevo Maria, mostrando a superioridade de Maria sobre Zacarias. Vejamos:

Lei x graça

1.      Zacarias é irrepreensível segundo a Lei de Moisés (Lc 1,5-6)


2.      Zacarias é punido por interrogar o anjo (Lc 1,18-20)


3.         O anúncio a Zacarias se encerra com o silêncio imposto ao incrédulo. (Lc 1,20)

Maria é cheia de graça (Lc 1, 28)


2.      Maria não recebe punição por interrogar o anjo (Lc 1,34-37)

3.         O anúncio a Maria termina com a harmoniosa entrega da serva à vontade de Deus (Lc 1,38)

Nenhuma criatura no Evangelho de Lucas (e em toda Sagrada Escritura)  é tão elogiada quanto Maria

Lc 1,28 “a mulher que é cheia de graça”
Lc 1,30 “a mulher que encantou Deus”
Lc 1,35 “a mulher que é íntima do Espírito Santo”
Lc 1,42 “a mulher mais importante (bendita) entre todas as outras mulheres”
Lc 1,48 “a única mulher que será lembrada em todas as épocas (gerações) ”
Lc 1,43 “a mulher que é a mãe do Senhor (leia-se: de Deus)”
Lc 1,49 “a mulher que foi favorecida com grandes obras de Deus”

A FIGURA DE MARIA EM MARCOS

O Evangelho de Marcos é o mais conciso e o mais antigo dos quatro Evangelhos. Sobre Maria santíssima existe apenas duas passagens que fala sobre ela:
Mc 3, 31-35
Mc 6, 1-3


Mc 3, 31-35

“Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus; ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo:  Havia uma multidão sentada ao redor de Jesus. Então lhe disseram: «Olha, tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram.»  Jesus perguntou: «Quem é minha mãe e meus irmãos?»  Então Jesus olhou para as pessoas que estavam sentadas ao seu redor e disse: «Aqui estão minha mãe e meus irmãos.  Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»

Mc 6, 1-3

‘Jesus foi para Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam.  Quando chegou o sábado, Jesus começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: «De onde vem tudo isso? Onde foi que arranjou tanta sabedoria? E esses milagres que são realizados pelas mãos dele?  Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não moram aqui conosco?» E ficaram escandalizados por causa de Jesus.’

Questões em Marcos

1.                  Quem é a Mãe de Jesus para marcos?
            R. Sem dúvida, Maria.

2. Quem são os irmãos de Jesus para Marcos?
            R. dúvida e polêmica.

                       
São dez os textos do Novo Testamento que mencionam os irmãos de Jesus: (vejamos)
            Mc 3, 31-35; 6,3;
            Mt 12,46-50; 13,55-56
            Lc 8, 19-21;
            Jo 2, 12; 7, 2-10;
            At 1,14;
            Gl 1,19
            1 Cor 9,5.

Os ‘irmãos’ de Jesus

Há claros indícios de que os chamados ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Maria.

            Vejamos o porquê:

1.      Lc 2, 41-52 – Jesus aos doze anos, foi com Maria e José a Jerusalém para comemorarem a festa da páscoa.
                        A festa durava uma semana. Contando o tempo da festa e o tempo gasto com a viagem (ida e volta), a sagrada família teria ficado fora de casa durante uns 15 dias.
                        Maria não poderia ter ficado fora de casa por tanto tempo, caso tivesse mais filhos com menos idade de Jesus. Porque não poderia deixá-los sozinhos, nem com parentes (todos iam a Jerusalém comemorar a Páscoa), nem levá-los na viagem, por ser uma viagem longa e perigosa.
                        Sabe-se que Jesus era o primogênito de Maria (Lc 2, 6-7) e se ela tivesse tido mais filhos depois de Jesus, os outros seriam mais novos que Jesus e não teriam condições de viajar (logo, Maria deveria ter ficado em casa; mas não, o texto atesta que ela estava em Jerusalém. Tem mais um detalhe: as mulheres não estavam sujeitas a esta obrigação, Êx 23,17, mas mesmo assim Maria estava lá)
                        O texto afirma explicitamente quem foram os que ficaram preocupados com o sumiço de Jesus (foram o pai e a mãe dele), não se menciona irmãos preocupados (ou juntos de Maria e José).

2. Suponhamos que Maria tivesse tido filhos depois dessa peregrinação.
                        Se Maria teve algum filho depois da idade dos doze anos de Jesus, esses supostos filhos de Maria seriam bem mais novos que Jesus.
                        Jesus iniciou sua vida pública aos 30 anos (cfr. Lc 3,23), logo, seus ‘irmãos’ teriam de 18 anos para baixo, quando Jesus iniciou seu ministério público.
                        Caso Jesus tivesse alguns irmãos de sangue bem mais novos do que ele durante sua vida pública, estes não poderiam agir em relação a Jesus (irmão bem mais velho) da forma brutal, autoritária e desrespeitosa com que os Evangelhos narram que eles agiram – chamando Jesus de louco ou fora de si em público, cfr.Mc 3, 21.31 ou desrespeitando o irmão mais velho com falas irônicas cfr. Jo 7, 2-5.
                        As atitudes desses chamados ‘irmãos’ de Jesus são inconcebíveis na mentalidade judaica do tempo de Jesus.
                        Dos irmãos mais novos se exigia um comportamento de reverência e respeito  para com o primogênito.

3. Jo 19, 25-27 Jesus, ao morrer, confiou sua mãe a um tal discípulo amado, que será identificado a João, filho de Zebedeu.

            Este gesto de Jesus é inconcebível se Maria tivesse outros filhos (principalmente homens) em casa.

4. Mc 6, 3 - Outro detalhe a
 ser observado é que em toda
Sagrada Escritura se diz que
Jesus é o filho de Maria
(com o artigo o).

Nunca se diz a ‘mãe de Jesus e seus filhos’, embora fosse muito natural dizer dessa forma se Maria tivesse tido outros filhos.

Mas sempre se diz o filho de Maria (no singular) e os irmãos de Jesus (plural). Nunca se diz: ‘os filhos de Maria’. (veja por exemplo At 1,14)

PRIMEIRA CONCLUSÃO (OU HIPÓTESE)

OS TAIS ‘IRMÃOS’ DE JESUS SÃO, NA VERDADE, SEUS PRIMOS

1.      Aqueles que eram chamados de ‘irmãos de Jesus’, são, na verdade, primos (ou parentes) de Jesus. Não são filhos de Maria.

2.      O aramaico que os judeus falavam no tempo de Jesus, era uma língua pobre de vocábulos. A palavra aramaica e hebraica áh podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos e até parentes mais distantes. Vejamos:

            Exemplo: Gn 13, 8 (Ló era filho de Arã e Arã era irmão de Abraão, portanto, Ló era sobrinho de Abraão, mas no texto, Abraão se dirige a Ló como irmão)

Por que se pode julgar que os tais ‘irmãos de Jesus’ eram, na verdade, primos de Jesus ?

(*1) Somente Mateus e Lucas é que narram a genealogia de Jesus (Mt 1,1-16 e Lc 3, 23-38). Entretanto, ambos apresentam genealogias completamente diferentes. Por quê? Estudiosos das Sagradas Escrituras pensam que Mateus privilegiou a figura de José e Lucas a figura de Maria, nos Evangelhos da Infância, por isso, quando Lucas narra a genealogia de Jesus, na verdade, trata-se dos ancestrais de Maria, embora ele se refira a São José. Caso os estudiosos estejam certos, Maria seria filha de Eli (Lc 3, 23) e não de Joaquim, como atesta a tradição. 

(*2) Alguns autores identificam a Cleofas como sendo Alfeu. Dois nomes, mas eram a mesma pessoa, ou seja, o marido de Maria que era irmã de Maria a mãe de Jesus.

Íntimas relações entre Maria SS. e Maria a esposa de Cleofas. Vejamos:

Provavelmente Maria tenha ficado viúva muito cedo e então tenha ido morar com a irmã (união de famílias, muito comum naquele tempo, considerando o fato ocorrido).

Quando Jesus, aos trinta anos, deixou sua mãe para iniciar sua missão pública, os primos de Jesus, movidos pelo forte senso de família (comum na época), se tornaram solidários com Maria (a tia deles), acompanhando-a em suas saídas (a mulher judia naquela época não podia se apresentar sozinha em público).

Isto explica porque nos Evangelhos Maria apareça sempre em companhia de alguém. Entre esses ‘alguém’ vemos frequentemente Maria em companhia dos ‘irmãos de Jesus’, mas que não eram seus filhos.

SEGUNDA CONCLUSÃO (OU HIPÓTESE)

OS TAIS ‘IRMÃOS’ DE JESUS SÃO, NA VERDADE, MEIO-IRMÃOS, FILHOS DE JOSÉ, NÃO DE MARIA.

3.      Há ainda outras duas  hipóteses para se explicar os tais ‘irmãos de Jesus’. Ambas as hipóteses não tem nenhuma comprovação histórica e se referem a São José que, ao se casar com Maria, começa a fazer parte da vida de Jesus.

            Vejamos:

Primeira hipótese: Os ditos ‘irmãos de Jesus’ seriam filhos de José, nascidos de um primeiro casamento do Patriarca. Este, viúvo e de certa idade, teria se casado com Maria.
            Esta hipótese explicaria a posição autoritária que os tais ‘irmãos de Jesus’ assumiram em relação ao próprio Jesus, pois seriam irmãos por parte de pai (meio-irmâos), portanto, mais velhos que Jesus.

            Segunda hipótese: Os tais ‘irmãos de Jesus’ eram filhos adotivos de José.

POR FIM, UMA ÚLTIMA CONSIDERAÇÃO, A PARTIR DO TEXTO DE MATEUS

Lemos em Mt 1,25 “José não teve relações com ela, até que deu à luz um filho, a quem chamou Jesus”

1.         O texto não está querendo dizer que depois que Maria deu a luz a Jesus, teve relações sexuais com José.

2.         O texto apenas enfatiza que antes de Jesus nascer, Maria não havia tido relações com José, logo, Jesus não era seu filho, mas sim filho de Deus, obra do Espírito Santo (Mt 1, 18).

3.         Portando, a melhor tradução de leitura para este texto, considerando a forma de escrever daquele tempo e a tradução para o nosso tempo, seria: “Embora José não tenha tido relações com Maria, eis que ela deu à luz um filho”. O texto não está querendo dizer, nem insinua, que depois que Maria teve Jesus, relacionou-se sexualmente com José.

A FIGURA DE MARIA EM MATEUS

Somente os capítulos 1 e 2 de Mateus é que nos interessará.
            Esses capítulos são conhecidos como Evangelho da Infância
a) O capítulo primeiro de Mateus realça  a figura de José como marido e pai segundo a lei.
b) O capítulo segundo do Evangelho de Mateus realça a figura de José como guardião/protetor de Maria e Jesus.
Vai nos interessar para essa exposição apenas o primeiro capítulo

*        Mateus vai acentuar mais a figura de São José do que a figura de Maria nos dois primeiros capítulos do seu Evangelho.

*        Porém, ao dirigir-se a  a São José, ele realçará, diretamente a figura de Maria.

*        Nos interessará duas passagens do seu Evangelho:
            Mt 1,16  e  1, 18-24.
           
                        Vejamos:

“ Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Messias”
 (Mt 1, 16)

O versículo 16 quebra o rítimo do texto, pois, em vez de dizer: ‘Jacó gerou José e José gerou Jesus’, (não se considerava a mãe nas gerações) afirma “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Messias”
            Ao narrar dessa forma, o que pretendeu dizer São Mateus?
                        1. José era da descendência de Abrão e Davi.
                        2. José era o esposo de Maria.
                        3. Maria é a Mãe de Jesus.

“A origem de Jesus, o Messias, foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.  José, seu marido, era justo (ou honrado). Não queria denunciar Maria, e pensava em deixá-la, sem ninguém saber. Enquanto José pensava nisso, o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, e disse: «José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados.
            Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: «Vejam: a virgem conceberá, e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco.» Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado: levou Maria para casa, e, sem ter relações com ela, até que deu à luz um filho. E José deu a ele o nome de Jesus”
(Mt 1, 18-25)

Ao narrar dessa forma, o que pretendeu dizer São Mateus?

Vejamos a seguir:

1.         Maria tem um contrato nupcial com José.
2.         Maria fica grávida durante o período do contrato nupcial e o filho não é de José. (É obra do Espírito Santo)
3.         José também recebe o anuncio do anjo, não somente Maria. Diferentemente ocorre no Evangelho de Lucas (só Maria).
4.      Mateus está enfatizando o valor de José (varão) ao elucidar a grandeza de Maria (mulher).
5.      Mateus enfatiza a São José que Maria, embora grávida, é virgem. Para isso se embasa na profecia de Is 7,14. (ou seja, ela não foi adúltera)
6.      Maria seria a mãe do messias, José seria o Pai, segundo a Lei, pois era ele quem daria o nome a Jesus. (ou seja, sem um pai segundo a lei, Jesus não vingaria... Talvez, nem a Mãe – esta seria apedrejada, caso José denunciasse que o filho não era dele – cfr. Lv 20,10 e Dt 22, 22-24)
7.         José é obediente a Deus e faz tudo conforme Ele ordenou através do anjo. (o mesmo ocorre com Maria)

A FIGURA DE MARIA EM JOÃO

O Evangelho de São João foi o último a ser escrito, por isso supõe-se tratar-se de uma reflexão mais madura e profunda acerca de certos temas. Inclusive a visão de Maria. O quarto Evangelho apresenta duas passagens particularmente significativas para se compreender a figura e o papel de Maria na obra da salvação humana:
            As bodas de Caná (Jo 2, 1-11) e a do pé da cruz (Jo 19, 25-27).

Vejamos cada uma:

AS BODAS DE CANÁ
(Jo 2, 1-11)

No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava aí.  Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos.
Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: «Eles não têm vinho!»  Jesus respondeu: «Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou.»  A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: «Façam o que ele mandar.»
 Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. Jesus disse aos que serviam: «Encham de água esses potes.» Eles encheram os potes até a boca. Depois Jesus disse: «Agora tirem e levem ao mestre-sala.» Então levaram ao mestre-sala.
 Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo  e disse: «Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora.»
Foi assim, em Caná da Galileia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele.

Frase 1: ‘No terceiro dia, celebrava-se um casamento em Caná da Galileia; aí estava a Mãe de Jesus’ ( Jo 2, 1)

A frase é simbólica: Terceiro dia – tempo teológico, simboliza a ressurreição. Casamento – simboliza alegria e festa.
Significado:   Na ressurreição do Senhor, que é uma grande festa para a humanidade, Maria se faz presente.

Frase 2: ‘Eles não têm vinho’
(Jo 2,3)

‘Eles não têm mais vinho’

“Eles não têm vinho”, significa que não havia a presença de Jesus (Deus) ressuscitado. É o mesmo que dizer: “Eles não tem Deus”.
Quando se diz “eles não têm mais vinho”, significa que havia e depois acabou. No caso, não havia! Começa a haver por Maria.

‘Eles não têm vinho’
(Jo 2,3)

1) Trata-se da observação da Mãe de Deus em relação a humanidade em suas faltas/angústias.

2) A frase também pode representar a observação da Mãe de Deus que olha para o passado de Israel (sem Jesus, ou seja, “eles não têm vinho”, para o futuro de Israel, a partir do sim de Maria que, em Jesus, representa (ou traz) o vinho novo)
 
            Maria não apenas verifica, mas pede (intercede) a seu Divino filho para que Ele se manifeste.

Frase 3: ‘Que queres de mim mulher? Ainda não chegou a minha hora.’
(Jo 2, 4)

Frase que indica estranhamento de Jesus. Quem é esta mulher que pode se aproximar dele e lhe pedir algo tão grande, a ponto dele ter que antecipar, de certo modo, a grande hora (ou seja, morte na cruz e ressurreição – cfr. Jo 7,30; 8, 20, etc) ou realizar algum sinal que prenuncie a glorificação de Jesus ?

            A resposta que o texto dá acerca de quem é esta mulher está nos versículos seguintes que mostram Jesus realizando o pedido desta Mulher, ou seja, Maria SS. sua mãe.

Quanto ao termo Mulher. Trata-se de uma expressão teológica usada por João e posta na boca de Jesus para indicar que Maria é a Nova Eva, ou seja, Maria é a imagem da Nova Mulher, ‘Mãe da nova humanidade’ (Jo 19, 26) por excelência, já que foi ela quem deu a luz ao Vencedor da morte.

Frase 4: ‘Fazei o que Ele vos disser’
(Jo 2,5)

Maria não sabe como Jesus vai proceder, mas é uma mulher de fé e tem certeza que Jesus não ficará indiferente ao pedido de sua mãe, daí a ordem dada aos serviçais.

Teologicamente essa é a única frase que Maria estaria dirigindo a todos os homens. Ela nos ensina a fazer somente a vontade de seu Filho Jesus.

Conclusão acerca de Maria nas bodas de Caná

MARIA é a mulher atenta e providente, que compartilha as necessidades da humanidade e as trata de minorar, levando-lhes solução: é por ela que Jesus faz seu primeiro sinal; ela está no limiar da vida pública de Jesus, intercedendo pelos homens.

É a fé de MARIA que obtém o sinal que provoca a fé dos discípulos: “Ele manifestou a sua glória e os discípulos creram nele’ (Jo 1, 11)

Maria ao pé da Cruz
(Jo 19, 25-27)

‘A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto à cruz.  Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: «Mulher, eis aí o seu filho.» Depois disse ao discípulo: «Eis aí a sua mãe.» E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa.’

Quem estavam, de fato, presentes ao pé da cruz, quando Jesus foi crucificado?
Resposta: Mulheres

Mateus, Marcos e Lucas não mencionam a Mãe de Jesus na crucificação. Apenas supõe-se que ela estava lá.
            Mt 27, 55-56
            Mc 15, 40
            Lc 23, 48-49

João é o único que menciona explicitamente a presença de Maria. Jo 19, 25
           
Por quê?  É o que veremos a seguir:

Detalhe curioso
O nome da mulher que mais aparece na crucificação de Jesus é o de Maria Madalena (aparece em Mt, Mc e Jo)

Maria ao pé da Cruz
Diante de Jesus crucificado está a Mãe dele, com outras mulheres.

Mais uma vez Jesus se dirige a sua mãe, chamando-a de mulher. Havia chegado a sua hora e a Mulher-Mãe presente no início de seus sinais (Jo 2,4) é a mesma Mulher-Mãe presente quando chegou sua Hora (Jo 19,26).

O termo mulher deve ser entendido igual em Jo 2, 4, ou seja, Maria é a nova Eva, a nova mãe de todos os viventes... E seu filho lhe é apontado concretamente: o discípulo amado, que representa todo gênero humano. Assim é confirmada a maternidade espiritual de Maria de toda humanidade.

Conclusão acerca de Maria ao pé da cruz

No suplício da Cruz, Jesus salvara toda a humanidade. Ele é o novo Adão. (Rm 5, 14-15; 1Cor 15,22).

Maria, estando presente e num certo sentido, participando da dor do Filho, ao vê-lo crucificado; ela se torna a Nova Eva, a Mãe espiritual de todo vivente (Gn 3,20); que no sofrimento de ver o Filho morrendo na cruz, torna-se Mãe de toda humanidade. (Jo 19, 27)

BIBLICO
1.      (Maria e o Anjo)
 Ave Maria cheia de graça,
o Senhor é convosco. (Lc 1,28)

(Maria e Isabel)
Bendita sois vós entre as mulheres,
e bendito o fruto do vosso ventre, Jesus. (1,42)

                                                                      

IGREJA
2. (Maria e a proclamação da Igreja) (Concílio de Éfeso – 431)
Santa Maria, Mãe de Deus,

(Maria e o reconhecimento do fiel)
rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém.

A oração da Salve Rainha é atribuída ao monge Herman Contrat que a teria escrito por volta de 1050, no mosteiro de Reichenan, na Alemanha.

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia,
vida e doçura esperança nossa, salve!
A Vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia pois, advogada nossa,
esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e depois deste desterro mostrai nos Jesus,
Bendito fruto do vosso ventre,
ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.
Rogai por nós Santa mãe de Deus,
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo
Amém.

Dogma

‘MARIA, MÃE DE DEUS’

Proclamado pelo Concílio de Éfeso em 431.  "Mãe de Deus" (em grego Theotokos e em latim Mater Dei).

O Concílio de Éfeso proclamou que "se alguém não confessa que o Emmanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema (Dz 113)”

DOGMA

MARIA É VIRGEM ANTES , DURANTE E DEPOIS DO PARTO’

No Símbolo apostólico se diz: "Nascido da virgem Maria“.
Nas antigas liturgias é freqüente o titulo de Maria sempre virgem.
No Concílio Romano do ano 649 se defini Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto.

DOGMA

‘IMACULADA CONCEIÇÃO’

Concebida sem a mancha do pecado original.

O Papa Pio IX, na Bula Ineffabillis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição, aos 08 dezembro de 1854.

"Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis" (Dz. 1641).

DOGMA

‘ASSUNÇÃO AO CÉU’

Refere-se à elevação de Maria em corpo e alma ao Céu.

Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII em 01 de Novembro de 1950, na encíclica Munificentissimus Deus.

"Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à gloria celeste" (Dz. 2333).

A Dormição de Maria, por Duccio di Buoninsegna, 1308, Museo dell'Opera del Duomo, Siena.

Não há registros históricos do momento da morte de Maria. Diz uma tradição cristã que ela teria morrido  no ano 42 d.C. e seu corpo depositado no Getsêmani.
Desde os primeiros séculos, usou-se a expressão dormitação, do lat. dormitáre, em vez de "morte". Alguns teólogos e mesmo santos da Igreja Católica, por devoção, sustentam que Maria não teria morrido, mas teria "dormitado" e assim levada aos Céus; outra corrente, diversamente, sustenta que não teria tido este privilégio uma vez que o próprio Jesus passou pela morte.
Do ponto de vista oficial do magistério, entretanto, a Igreja Católica, sobre esta matéria, nunca se pronunciou, o que coloca o tema na livre devoção dos fiéis.  Sobre a dormição de Maria, entretanto, João Paulo II assim se manifestou:
(...) O Novo Testamento não dá nenhuma informação sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio induz supor que se produziu normalmente, sem nenhum fato digno de menção. Se não tivesse sido assim, como teria podido passar desapercebida essa notícia a seus contemporâneos sem que chegasse, de alguma maneira até nós?
No que diz respeito às causas da morte de Maria, não parecem fundadas as opiniões que querem excluir as causas naturais. Mais importante é investigar a atitude espiritual da Virgem no momento de deixar este mundo. A este propósito, São Francisco de Sales considera que a morte de Maria se produziu como efeito de um ímpeto de amor. Fala de uma morte "no amor, por causa do amor e por amor" e por isso chega a afirmar que a Mãe de Deus morreu de amor por seu filho Jesus (Tratado do Amor de Deus, Liv. 7, cc. XIII-XIV).
Qualquer que tenha sido o fato orgânico e biológico que, do ponto de vista físico, lhe tenha produzido a morte, pode-se dizer que o trânsito desta vida para a outra foi para Maria um amadurecimento da graça na glória, de modo que nunca melhor que nesse caso a morte pode conceber-se como uma "dormição".