Informações sobre esta doença tropical, forma de transmissão do vírus, vacina, sintomas, mosquito aedes aegypti :mosquito transmissor da febre amarela urbana
O QUE É A FEBRE AMARELA?
A febre amarela é uma
importante doença que, infelizmente, faz milhares de vítimas em nosso país.
É uma doença provocada por um tipo de vírus (flavivírus), encontrado em primatas não-humanos que habitam regiões de florestas. Este vírus pode ser
transmitido aos seres humanos de duas formas:
- Pela pipcada da fêmea do
mosquito conhecido por “Aedes Aegypti”, desde que o inseto esteja
contaminado (após picar um ser humano com a doença). Esta é conhecida como
febre amarela urbana.
-
O segundo tipo de febre amarela é a silvestre, que
ocorre através da picada do mosquito Haemagogus.
Regiões
de maior
incidência
Esta
enfermidade ocorre principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, em função
das condições climáticas favoráveis para a procriação e desenvolvimento
deste tipo de mosquito. A região amazônica, por exemplo, é um importante
local de disseminação da doença, pois o clima quente, as chuvas e a grande
quantidade de rios facilita a reprodução
deste insetos e o
alastramento da doença.
Transmissão
da doença
Após
ser picado pelo mosquito, a pessoa contaminada começa a apresentar uma série
de sintomas: febre alta (podendo chegar a 40 ou 41 graus centígrados), fortes
dores de cabeça, vômitos, problemas no fígado e hemorragias.
Outras
informações
O
nome da doença está relacionado à cor a qual a pele da pessoa fica após
contrair a doença. O doente fica com ictirícia, pois ocorre o derramamento da
bilirrubina em diversostecidos do corpo . Quando espalha-se pela corrente sanguínea,
a pessoa fica com uma cor amarelada na pele e também nos olhos.
Esta
doença infecciosa pode permanecer no corpo da pessoa doente por aproximadamente
duas semanas. Em alguns casos, a pessoa pode morrer, em função do agravamento
da doença e dos danos provocados pelo vírus no corpo e nos órgãos.
A vacina contra a febre amarela foi
criada, no ano de 1937, pelo médicoe virulogista sul-africano Max Theil
É necessário informar a população sobre a
ocorrência da doença e como evitá-la. O risco da reintrodução da febre
amarela urbana pode ser reduzido com o controle do Aedes aegypti. O
mosquito transmissor prolifera em qualquer local onde se possa acumular
água limpa parada, como caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de
vidro e vasos de plantas. Grandes campanhas de prevenção foram
realizadas a partir da descoberta do agente transmissor da doença, mas
ainda há o risco de retorno da febre amarela nas áreas urbanas. É que na
década de 80, com a reintrodução do mosquito Aedes aegypti no Brasil,
voltou a possibilidade de aparecimento de casos da doença nas áreas
urbanas, a exemplo da dengue. O combate ao mosquito deve ser
feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e,
principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Dos ovos surgem as
larvas, que, depois de algum tempo na água, vão formar novos mosquitos.
Com se adquire?
Existem, entre nós, dois tipos diferentes de
transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre, um terceiro tipo
intermediário é responsável por surtos na África. A principal diferença é
que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.
Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais
transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que
picam preferencialmente esses primatas.
Esses mosquitos vivem nas vegetações à beira
dos rios. Picam o macaco doente e depois, o homem. “É importante
ressaltar que a febre amarela silvestre só ocorre em humanos
ocasionalmente. Os macacos são os principais hospedeiros”. “Os mosquitos
transmissores só picam homens que invadem o habitat dos macacos”.
O último caso de febre amarela urbana
registrada no Brasil foi em 1942, no Acre. Entretanto, a forma silvestre
da doença provoca surtos localizados anualmente. A maior incidência da
doença acontece nos meses de janeiro a abril, nessa época, há um aumento
da quantidade do mosquito transmissor e deslocamento de mais pessoas às
áreas de risco.
O que se sente?
Os sintomas são: febre, dor de cabeça,
calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos
ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e
urina). Após a picada do mosquito transmissor a doença começa a se
manifestar dentro de 3 a 6 dias (chamado período de incubação). Nas
zonas endêmicas, boa parte dos casos, não apresenta sintomas (quadros
assintomáticos). Nos sintomas chamam atenção, a febre e a mialgia (dor
muscular), principalmente nas costas. Cefaléia intensa (dor de cabeça),
perda do apetite, náuseas e vômitos completam o quadro clínico. Com mais
3 ou 4 dias de evolução a maioria dos pacientes melhora e os sintomas
desaparecem. Cerca de 15 % dos pacientes dentro 24 horas entram na fase
chamada tóxica.
Desenvolvendo icterícia (derramamento de
bílis), dor abdominal, petéquias (hemorragias na pele), hemorragia
urinária, de gengivas, estômago, intestinos e melena (hemorragia
digestiva com eliminação de fezes pretas), e epistaxe (hemorragia nasal)
A função renal se compromete, podendo se acompanhar de perda da função
do fígado e do coração, quando isto ocorre, a mortalidade se aproxima de
50 %, sendo maior entre as crianças e os idosos.
Como se transmite?
A febre amarela é transmitida pela picada dos
mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa
não existe.
Como se trata?
Não existe tratamento curativo, ele é baseado
em evitar complicações e dar suporte efetivo caso as funções vitais
estejam comprometidas. O tratamento é apenas sintomático e requer
cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve
permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas,
quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa
Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente não receber assistência
médica, ele pode morrer.Como na Dengue o emprego de aspirina é
formalmente contra-indicado
Como se diagnostica?
O diagnóstico é essencialmente clínico, os
exames complementares informam sobre as complicações e comprometimento
das funções vitais. Os exames virológicos são decisivos na confirmação
dos primeiros casos.
Prevenção
As únicas formas de evitar a Febre Amarela Silvestre são a vacinação
contra a doença, a educação da população e a conscientização sobre sua
responsabilidade na prevenção FEBRE AMARELA - DENGUE . A vacina é
gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano e
nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
presentes em todos os portos e aeroportos do País. Nos últimos três
anos, mais de 60 milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil. A
vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem ou se dirigem para
áreas nacionais de risco da doença (zona rural da Região Norte, Centro
Oeste, estado do Maranhão, parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde há
casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais
(macacos), e para algumas áreas internacionais. Em viagens
internacionais, para vários destinos, é necessário o registro da vacina
contra Febre Amarela no Certificado Internacional de Vacinação. Ela deve
ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de
transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 12 meses e é
válida por 10 anos. A vacina é contra-indicada para gestantes,
imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas
alérgicas a gema de ovo. Para os nascidos em zonas endêmicas a
vacinação é realizada rotineiramente e a partir dos 6 meses de idade.
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